terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Judeus são descendentes dos macacos e porcos!

Essa é uma afirmação recorrente dos discursos e prédicas religiosas muçlulmanas disponíveis nos últimos 15 anos, mas deve ser bem anterior. Recentemente, o sheik Abd Al-Jalil Al-Karouri é o mais importante clérigo muçulmano do Sudão foi mais além. Essa declaração seria só racismo ou teria fundo religioso?

Porcos, como uma ofensa relacionado à proibição do consumo de carne-de-porco?

Macacos, relacionado com Darwin e não com o mito da criação? 

Não é nada disso. Al-Karouri não só disse que isso estava escrito no Corão, como também constaria no livro que Deus (Allah) teria transformado todos os judeus de Eilat em macacos e porcos (Eilat nem existia) e que os judeus são descendentes destes castigados por Deus que viviam em Eilat.

Resolvi correr atrás e consultei o Corão. Obviamente, não há nenhuma citação à Eilat, como não há nenhuma à Jerusalém, seja pelo nome hebraico ou árabe. As cidades fora da Arábia não foram citadas.

Essa coisa dos animais vem da Surat Al-Mā'idah, uma das mais violentas contra judeus e cristãos.

No verso 5:60 está escrito que "aqueles que Deus amaldiçoou (os judeus) e com quem Ele ficou furioso, os transformou (no passado) em macacos e porcos e escravos de Taghut."

Essa palavra, Taghut não é uma pessoa ou povo. Seria o último estágio da descrença em Deus e creio que podemos definir como "politeísta". Então teríamos que "no passado, Deus transformou os judeus em macacos e porcos e os fez escravos dos politeístas."

Estaria isso se referindo à escravidão dos Hebreus no Egito? Não há como saber, mas parece que sim.

Assim, temos no cerne da religião muçulmana ou islâmica - como a mídia está preferindo atualmente - um certificação divina, passada pelo profeta Maomé e seguida pelos "submissos" a ferro e fogo de que os judeus não são seres humanos, pois descendentes de macacos e porcos não podem ser homens "como nós."

domingo, 22 de janeiro de 2012

O Egito revolucionário acabou hoje

O Egito revolucionário acabou hoje

A dinastia militar deposta, era a revolução de que depôs o Rei Farouk em 1952. Os militares eram a modernidade, o secularismo, a aproximação com os valores ocidentais e também uma fortíssima pressão antissemita e anti-Israel. Em quatro anos levou o Egito à Guerra de Suez (1956) e expulsão comunidades judaica milenar do Egito, em 15 anos à Guerra dos Seis Dias (1967) e em 21 anos à Guerra do Yom Kippur (1973) onde a promessa de varrer os judeus para o mar, quase foi cumprida.

Mas Farouk não era "bom" neste contexto. Ele lançou todo o peso do Egito sobre Israel logo após a independência (1948) e criou os "fedayim", guerrilheiros árabes que se infiltravam para ações terroristas em Israel, incessantemente, desde o final da Guerra Pela Sobrevivência (1948-49).

Os militares que o sucederam, tendo em mãos a Faixa de Gaza cheia com sua população árabe-egípcia, evoluiu o conceito de "fedayim", sem agenda política real, para OLP - Organização Para a Libertação da Palestina, criando Yasser Arafat no Cairo como quadro fundamental, mas não seu primeiro líder, que foi Ahmed Shuqeiri.

Mas Farouk não era "bom" neste contexto. Assumindo o poder em 1936, foi ele que permitiu o Egito se transformar num refúgio para oficiais nazistas após 1945 - mesmo que o Egito tivesse abrigado a principal resistência inglesa no Norte da África durante a WW2, e foi ele quem integrou estes oficiais no treinamento político e ideológico das tropas egípcias. E antes dele, seu pai, Fuad I, foi quem abriu o Egito ideologia nazi, publicando, em acordo com o Irmandade Muçulmana, trechos selecionados do Mein Kampf (de Hitler), nos jornais, já em 1934. 

Não imagine que este Egito que aí está é um país antigo. De 1882 a 1922 era colônia Inglesa, antes era francesa, ocupado por Napoleão. Concedida sua independência em 1922, empossado Fuad I, bastaram 6 anos para surgir a fundamentalista (já naquela época) Irmandade Muçulmana.

Uma das primeiras ações culturais de Farouk foi a impressão da tradução completa do Mein Kampf para árabe em 1937. Também fugido da Alemanha destruída, o Cairo acolheu Haj Amin Al Husseini (Mufti de Jerusalém), que já possuía sua agenda de genocídio dos judeus na Palestina desde meados dos anos 1920 e era um dos homens da Irmandade Muçulmana.

Então note o que se teve no Egito: a Irmandade Muçulmana, Haj Hamin (o mufti genocida e tio de Yasser Arafat), oficiais nazi treinando as forças armadas - e estas forças armadas treinadas com estes ideais depondo a família real e assumindo o poder.

Aliás, você ouviu falar da Brigada Judaica, composta por judeus da Palestina que lutou sob uniforme e bandeira inglesa na WW2. Mas o que você ouviu falar sobre a "Brigada Egípcia?" O que você ouviu falar sobre as dezenas de milhares de soldados egípcios que lutaram ao lado dos ingleses para defender seu próprio território das tropas nazistas do Afrika Korps, do Marechal Rommel? Não ouviu falar nada? É porque isso nunca existiu. O exército egípcio não participou da guerra e não lutou contra os alemães que invadiam seu território com o objetivo inicial de conquistar o Canal de Suez e em seguida a Palestina.

Assim, resumindo temos: Rei Fuad = criação da Irmandade Muçulmana e difusão do nazismo no Egito; Rei Farouk = incremento da difusão do nazismo em árabe, acolhimento de oficiais nazistas em fuga oficialmente como conselheiros, acolhimento de Haj Amin Al Husseini (Mufti de Jerusalém), como "presidente da palestina", varrer os judeus para o mar em 1948-49, criação dos "fedaym"; General Gamal Abdel Nasser = fechamento do Canal de Suez e do Golfo de Aqaba, criação da OLP, Guerra de 1956 e Guerra de 1967; General Assad = Guerra de 1973 e depois a paz com Israel, tendo ido à Jerusalém em sua visita oficial ao Knesset com uma gravata com enormes suásticas pretas e brancas em fundo vermelho, depois foi morto pela Irmandade Muçulmana por ter feito a paz; General Hosni Mubarak = manutenção de uma paz oficial com Israel mas fortíssima ajuda ao terrorismo palestino com o envio de armas, explosivos e dinheiro, perseguiu a Irmandade Muçulmana. 

E a Irmandade Muçulmana, criada em 1928 no Cairo com o lema "A Jihad é o único caminho. Morrer pela Jihad de Deus é a nossa única esperança" esteve envolvida em todos os acontecimentos, sendo que o assassinato de Assad por um oficial "irmão" infiltrado deu origem a Al Qaeda, tanto que Aiman Al Zahawiri, o atual líder da Al Qaeda, na época médico no Cairo, foi o planejador da ação terrorista no desfile militar que comemorava a "vitória egípcia na Guerra de 1973"

Não pretendo imaginar que a mídia ocidental sequer saiba destes fatos históricos ou que os estagiários e editores sem cultura geral alguma sequer entendam que tais fatos existem e são fundamentais para se entender o contexto e entender que com 47% do parlamento, somados aos 24% do partido salafista (mais radical ainda) significam que "democraticamente" o Egito vai deixar de ser uma democracia e será implementara da sharia, a lei islâmica, como Irmandade e Salafistas pregaram abertamente em toda a campanha eleitoral.

Não há dúvidas de que as eleições foram livres. Votam homens e mulheres e o POVO egípcio, democraticamente escolheu sua ruína (em nossa visão), pois na visão dos que votaram, é a grande vitória de Deus e uma libertação. Isso aconteceu uns anos atrás com os palestinos com a vitória eleitoral limpa do Hamas. Fico pasmo com os milhões de mulheres árabes que VOTAM SECRETAMENTE para sua segregação total na sociedade. A primeira coisa que vai acontecer no Egito nos próximos dias é a convocação de uma assembléia constituinte e os fundamentalistas com seus 72% de apoio popular vão tornar LEI o que prometeram. 

Entre as coisa do novo Egito, promessas eleitorais que a ingenuidade dos analistas internacionais dessa mídia ignorante continuam chamando de democracia estarão: proibição das mulheres na praia (inclusiva turistas); obrigatoriedade do véu islâmico ou talvez até mesmo a burka; fechamento das lojas de discos e outros tipos de música e vídeos (como ocorreu com o talibã no Afeganistão e em Gaza); fechamento dos cabelereiros para mulheres; imposto dhimmi para não muçulmanos terem direito a ficar no Egito como cidadãos de segunda classe; penas judiciais pela sharia (como apedrejamento de adúlteras, enforcamento de quem consumir álcool, decepação de mãos e narizes de presos por furto e roubo, permissão para o estupro de prisioneiras, dissolução automática do casamento de qualquer mulher presa, açoitamentos etc); provável destruição de material do período dos faraós que está nos museus e universidades; perseguição imediata ao judeus e renúncia ao acordo de paz com Israel etc.

O Egito da incômoda estabilidade com Israel acabou, minha gente. O Irã é muito longe de Israel. A preocupação maior está na fronteira sul. Agora, o que há de novo na agenda de quem está no poder no Egito ao longo do século XX? Nada! Continua tudo como sempre foi e termos 80 milhões de pessoas na fronteira novamente insufladas para varrer Israel do mapa como uma prática Divina, e não mais como agenda política. 

Entra oficialmente no controle do Estado egípcio o grupo que prega "Morrer pela Jihad de Deus é a nossa única esperança."
 
Saudades do Bin Ladden...

José Roitberg - jornalista