Israel aos 65 anos! Que data não redonda para comemorar. O sonho sionista se realizou. Israel se constituiu uma nação moderna arrancada dos pântanos e desertos. Tudo floriu. Em todos os lugares se plantou e tudo deu. Seus bosques tem mais vida, e a vida em seu seio, mais amores. De pé, anda sobre berço ancestral. Anda de cabeça erguida, anda com orgulho de seu povo, anda admirado por seus vizinhos.
Israel aos 65 anos é uma democracia que respondeu à Questão Judaica. Uma nação onde os judeus podem ser judeus, sempre que quiserem, sem temer serem espancados, roubados e assassinados apenas por se manterem firmes com a primeira religião monoteísta. Israel aos 65 é orgulho entre as nações, com povo respeitado pelos vizinhos. Com comércio alavancado com seus maiores clientes para produtos agrícolas e tecnológicos: Egito, Jordânia, Líbano e Síria. Israel aos 65 anos é reconhecido como um benfeitor da região, como um país que favoreceu o desenvolvimento espetacular dos países vizinhos, tão avançados tecnologicamente quanto Israel.
Israel aos 65 anos mostrou aos muçulmanos que se os judeus podem viver numa democracia, eles também podem. O fervor da liberdade total de expressão judaica se alastrou por toda a região. A vontade dos judeus de se dedicar aos estudos, fez florescer uma universidade atrás da outra por todos os países do Oriente Médio. Os judeus, oprimidos por séculos, mostraram que um país que se dedica a educação consegue chegar lá e seus vizinhos copiaram suas soluções e também lá chegaram.
Israel aos 65 deu e vendeu toda a sua tecnologia de irrigação para os países do mundo e com isso aplacou a fome mundial através de gotinhas de água lançadas ao ar ou pingando no solo. Não há um governo sequer que não se curvou e agradeceu publicamente a criatividade dos judeus de Israel. E não há um ministério da saúde sequer que não adotou as curas criadas pelos judeus de Israel, pois é o caminho óbvio a ser seguido.
Israel aos 65 é um país de paz interna e externa. É um lugar onde os judeus de todas as correntes religiosas judaicas se respeitam e cooperam. A cada festa religiosa, a cada data fundamental para o judaísmo, aumentam as multidões multifacetadas clamando em conjunto a glória ao Senhor e a compreensão Dele sobre as pessoas. Nada é mais lindo que vermos todas as cores judaicas lado-a-lado, irmanadas nas festas de Purim a Bikurim que enchem ruas e avenidas. Nada mais solene que uma nação inteira contemplativa em 9 de Av. Nada mais justo que as trocas de rabinos entre comunidades e sinagogas durante Rosh Hashaná e Iom Kippur. A democracia de um Estado Judeu, a liberdade para ser judeu, permitiu a realização de grandes festas e cerimônias coletivas onde as lideranças de todas as correntes judaicas ficam de braços dados sob o mesmo teto ou sob o mesmo céu, nas dezenas de praças espalhadas pela nação, com esta finalidade. E nada mais lindo que a linha de um milhão de pessoas que se forma todo ano nos penhascos do litoral para o Tashlich em Rosh Hashaná. Aos 65 Israel entendeu que o Terceiro Templo foi construído, enorme, pujante, vivo, se estendendo de Eilat a Rosh Hanikra.
Israel aos 65 anos vive em paz. Não teme à ninguém. Não é ameaçado por ninguém. Israel aos 65 anos parece com Israel aos 130 anos tamanho foi o desenvolvimento tecnológico e social oferecido pelos bilhões de dólares anuais não mais necessários para as atividades militares. Israel aos 65 anos tem judeus mais felizes, judeus mais jovens e judeus menos soldados. A defesa contra o extermínio não é mais necessária. Sua população árabe há muito já mostrou aos outros árabes e muçulmanos as benesses judaicas e como se aproveitar bem dos judeus em simbiose, não em exclusão. A união interna de todas as correntes judaicas mostrou aos poderosíssimos muçulmanos que ambas religiões preveem a paz e que unidos alcançarão a riqueza e a prosperidade, enquanto desunidos apenas idealizam o Paraíso. Essa foi uma das lições religiosas mais importantes ditadas pelos judeus nos últimos anos e que transformou a face do planeta.
Israel aos 65 anos é a realização do sonho sionista. Praticamente todos os judeus do mundo estão lá. As outras soluções à Questão Judaica do século 19 ficaram bem para trás. A esquerda judaica que militou por mais de 100 anos para os judeus ou se assimilassem ou serem colocados em regiões autônomas judaicas DENTRO de cada um dos países, finalmente se dispersou e compreendeu que Israel é a região autônoma judaica ENTRE os países todos. Uma diferença gramatical e geográfica que fez toda a realidade.
Israel aos 65 anos é a realização do sonho de Theodor Herzl, que ainda no século 19, quando o mundo tentava criar novas relações de trabalho para os novos empregos que surgiam com a revolução industrial e de serviços, estabeleceu no seu fundamental "O Estado dos Judeus", o turno duplo de trabalho e 7 horas, consolidado pelas sete estrelas em sua proposta bandeira nacional. Não fosse isso, Israel não seria o que é hoje. Herzl propôs o sistema de trabalho que dobraria a capacidade de produção, dobraria o número de empregos e permitiria uma melhor qualidade de vida e educação da todas as pessoas. O sistema de trabalho de Herzl, implantado em Israel desde o primeiro imigrante sionista pisar na Terra Prometida. foi copiado por todos os países. Nele, o primeiro turno trabalha das 7 às 11h, tem livre (para estudar, se exercitar, resolver seu problemas, se alimentar, descansar) das 11 às 14h, volta a trabalhar das 14 às 17, enquanto o segundo turno completa o dia das 17 às 21h. Assim há dois salários por posição e 14 horas trabalhadas por dia no total. Um visionário! Mais um sucesso que os judeus deram ao mundo! Todo o desenvolvimento mundial foi multiplicado por dois desde que Israel mostrou que a solução de um jornalista do século 19 era melhor que a todos os economistas juntos.
Iom a Haztmaut aos 65 anos é o Dia do Perdão. O dia em que os líderes mundiais pedem perdão pelos gloriosos massacres e perseguições movidas pelos seus antepassados contra os judeus e agradecem por todos os avanços nas relações de trabalho, nas ciência, na tecnologia, na medicina, na economia, na educação, que os judeus deram ao mundo.
José Roitberg - Jornalista, historiador e esquizofrênico