Estou lendo a transcrição da audiência pública sobre terrorismo e algo me preocupa muito. Não pensei que nesta altura do desenvolvimento das relações entre a comunidade judaica e o Estado (e o erro não é por parte da Comunidade), o Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Sr. Jorge Armando Félix viesse com o parágrafo:
"Tivemos o exemplo de um país também com um grau de risco bastante baixo, nossa vizinha, a Argentina, que sofreu, na década de 90, em 1992 e 1994, 2 atentados bastante sangrentos. Inclusive, no atentado contra a Associação Mutualista Israelense na Argentina, em 1994, teve o maior número de morte de cidadãos israelenses entre todos os perpetrados até hoje. Inclusive aqueles no próprio Oriente Médio, dentro de Israel ou fora de Israel... ...Esse exemplo mostra que, apesar de o país ter um grau de ameaça bastante baixo contra ele, isso não é válido com relação às instituições de outros países localizadas no interior deste País
É muito preocupante que a ABIN confunda judeus argentinos com cidadãos israelenses e erre o nome da AMIA (Associação Mutual Israelita - judaica - Argentina)... Ainda estou na página 4 de 63, mas para mim, isso compromete totalmente a avaliação. Está absolutamente clara a colocação de que 'os judeus são cidadãos de Israel e suas instituições são ESTRANGEIRAS nos países onde se localizam.. Terrível !!! Espero que este email seja pego no monitoramento da internet - que deve ser feito - e chegue a quem de direito.
Mais adiante em seu discurso, o Ministro faz questão de distinguir especificamente entre árabes e muçulmanos (mas não entre árabes cristãos, árabes muçulmanos e muçulmanos de outras origens), e a transcrição pública da fita diz que há 8 a 10 BILHÕES (vc leu direito) de descentes de árabes e muçulmanos no Brasil. Quer dizer, o ponto onde deveria haver uma clara definição entre os descentes árabes cristãos, árabes muçulmanos e muçulmanos brasileiros, imigrantes pós 1982, convertidos ou já descendentes fica todo embolado e sem esclarecimento. É claro que são "milhões", mas transcrição é transcrição. Sò se corrige numa revisão final por autoridade competente.
No ataque à embaixada de 1992 houve cidadãos israelenses mortos. No ataque à AMIA, não houve. Eu tenho uma página, que não atuallizo desde 2003, onde há o que se sabia da AMIA naquela altura. Pesquisei e coloquei lá TODOS os nomes, nacionalidades, idades, religião e ocupações dos assassinados no atentado, conforme as informações policiais argentinas públicas. http://www.angelfire.com/journal2/midiajudaica/especiais/Amia/AMIA-1994-2003.htm
Quem não for dar uma olhada, pelo menos fique com a informação mais resumida: 33 das vítimas fatais eram cristãs, 53 das vítimas fatais eram judias, 26 delas eram funcionários da AMIA ou DAIA, 22 delas estavam na rua ou em prédios vizinhos, 240 outras pessoas ficaram feridas (quase na totalidade não judias)
Mas as pessoas comuns que lêem apenas a fragmentos de notícias e não possuem o "arquivo" em suas cabeças, não vão lembrar dos dados certos e vão pautar suas reações e decisões pelo fato novo mais recente, que é este: o errado. Pior, é pela informação errada que o governo brasileiro vai se pautar...
Abs,
José Roitberg - jornalista
"Tivemos o exemplo de um país também com um grau de risco bastante baixo, nossa vizinha, a Argentina, que sofreu, na década de 90, em 1992 e 1994, 2 atentados bastante sangrentos. Inclusive, no atentado contra a Associação Mutualista Israelense na Argentina, em 1994, teve o maior número de morte de cidadãos israelenses entre todos os perpetrados até hoje. Inclusive aqueles no próprio Oriente Médio, dentro de Israel ou fora de Israel... ...Esse exemplo mostra que, apesar de o país ter um grau de ameaça bastante baixo contra ele, isso não é válido com relação às instituições de outros países localizadas no interior deste País
É muito preocupante que a ABIN confunda judeus argentinos com cidadãos israelenses e erre o nome da AMIA (Associação Mutual Israelita - judaica - Argentina)... Ainda estou na página 4 de 63, mas para mim, isso compromete totalmente a avaliação. Está absolutamente clara a colocação de que 'os judeus são cidadãos de Israel e suas instituições são ESTRANGEIRAS nos países onde se localizam.. Terrível !!! Espero que este email seja pego no monitoramento da internet - que deve ser feito - e chegue a quem de direito.
Mais adiante em seu discurso, o Ministro faz questão de distinguir especificamente entre árabes e muçulmanos (mas não entre árabes cristãos, árabes muçulmanos e muçulmanos de outras origens), e a transcrição pública da fita diz que há 8 a 10 BILHÕES (vc leu direito) de descentes de árabes e muçulmanos no Brasil. Quer dizer, o ponto onde deveria haver uma clara definição entre os descentes árabes cristãos, árabes muçulmanos e muçulmanos brasileiros, imigrantes pós 1982, convertidos ou já descendentes fica todo embolado e sem esclarecimento. É claro que são "milhões", mas transcrição é transcrição. Sò se corrige numa revisão final por autoridade competente.
No ataque à embaixada de 1992 houve cidadãos israelenses mortos. No ataque à AMIA, não houve. Eu tenho uma página, que não atuallizo desde 2003, onde há o que se sabia da AMIA naquela altura. Pesquisei e coloquei lá TODOS os nomes, nacionalidades, idades, religião e ocupações dos assassinados no atentado, conforme as informações policiais argentinas públicas. http://www.angelfire.com/journal2/midiajudaica/especiais/Amia/AMIA-1994-2003.htm
Quem não for dar uma olhada, pelo menos fique com a informação mais resumida: 33 das vítimas fatais eram cristãs, 53 das vítimas fatais eram judias, 26 delas eram funcionários da AMIA ou DAIA, 22 delas estavam na rua ou em prédios vizinhos, 240 outras pessoas ficaram feridas (quase na totalidade não judias)
Mas as pessoas comuns que lêem apenas a fragmentos de notícias e não possuem o "arquivo" em suas cabeças, não vão lembrar dos dados certos e vão pautar suas reações e decisões pelo fato novo mais recente, que é este: o errado. Pior, é pela informação errada que o governo brasileiro vai se pautar...
Abs,
José Roitberg - jornalista
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