sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Obama vence o Nobel da Paz contra 204 concorrentes !!! Mas por que?

É um BBB rápido que sempre acompanho. Ao serem anunciados, ficamos sabendo de feitos tecnológicos e da medicina que sequer sabíamos ter existido. Este ano, desde o primeiro anúncio fiquei com minhas orelhas em pé. Não as de burro...

Um atrás do outro surgiram nomes autores de feitos espetaculares, nomeados na época deles e simplesmente desprezados e esquecidos. Note que a maioria desenvolveu coisas nos anos 1960 que definem nossa vida hoje. Eram pessoas só 50 anos a frente do resto da humanidade e os julgadores do prêmio acharam bobagem na época e fizeram justiça agora. Ainda bem que todos os estão vivos e espero que recebendo royaltes pelas suas incríveis descobertas e projetos.

Mas aí temos um problema: nada se fez nestes últimos dois anos digno de nota? Que coisa...

Mas aí temos uma surpresa: Obama Nobel da Paz... Que sejam condescendentes comigo e apliquem a sua apregoada liberdade de imprensa e não me neguem o visto americano se eu vier a pedir, mas o que ele fez? Venceu uma eleição presidencial, prometeu um monte de coisas que não conseguiu cumprir ainda, não aderiu ao Protocolo de Kioto, mantém corretamente (em minha honesta opinião) a pressão sobre Iraque, Afeganistão, Al-Qaeda e Irã. Só discordo com o embargo a Cuba que ele mantém sem entender que Cuba é mercado e fonte de etanol e para acabar com o regime fidel ao ditador comunista, basta terminar o embargo que o capitalismo assume o controle.

O que Obama fez para ser igualado aos outros vencedores? Ações humanitárias relevantes? Acordos de paz? Mediação de conflitos? Luta por direitos civis e contra o racismo e a segregação? Não fez nada disso. Apenas enfiou centenas de bilhões de dólares em empresas americanas para estancar o pús das bolhas pútridas da economia norte-americana e até agora apenas com um sucesso parcial.

Então nos resta neste surpreendente ano Nobel ver se o comitê tinha alternativa. Sabe quantos indicados ao prêmio da paz havia? 205, divididos em 172 indivíduos e 35 organizações. Cá para nós, um abuso. Então vamos ver quem estava concorrendo com Obama. A lista está abaixo:

Não viu? Não achou a lista? Bem, no meu blog ela só vai aparecer se algum descendente meu continuar com o blog, pois a política IMBECIL da comissão do Nobel é manter a lista em sigilo por 50 anos. Acha que estou maluco? É isso mesmo. Hoje só estão disponíveis as listas de 1901 a 1956. Eles não respeitam nem seu própria regra e de 1957 a 1959 ainda não foram divulgadas.

Portanto, nem OBAMA vai saber com quem ele concorreu e alguém certamente nem você nem eu ficaremos sabendo. Basta esperar até 2059... Deve ser perigosíssima a divulgação destas listas.

Que obabaquice...

por José Roitberg - jornalista

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Uma oportunidade perdida em Nova York

Artigo de Claudio Lottenberg, presidente da CONIB, publicado nesta quarta-feira na seção Tendências e Debates do jornal Folha de S. Paulo

Acompanhei recentemente, com especial atenção, a cobertura jornalística da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Nova York. Estava ansioso por saber, entre outras questões, como o dirigente máximo de nosso país transmitiria ao iraniano Mahmoud Ahmadinejad a ideia de que negar a ocorrência do Holocausto representa um repugnante e vil desrespeito à memória das vítimas do nazismo e aos sobreviventes que escaparam dessa barbárie. E muitos deles aportaram em terras brasileiras, onde foram acolhidos com especial hospitalidade e refizeram suas vidas.

Somos descendentes de vítimas desse massacre. E quando deparei com a foto do presidente Lula com Ahmadinejad, fiquei profundamente decepcionado com a forma como o presidente do meu país cumprimentou alguém que questiona a ocorrência do Holocausto.

Imaginei, por exemplo, o que um sobrevivente do Holocausto que encontrou refúgio no Brasil estaria sentindo ao ver aquela imagem. Pensei em nós, filhos e netos de vítimas da máquina mortífera do nazismo, que nos empenhamos tanto nas últimas décadas em manter viva a memória daqueles homens, mulheres e crianças massacrados na Segunda Guerra Mundial.

Evocar interesses de Estado, como faz o governo brasileiro, para buscar a aproximação com Ahmadinejad me deixa perplexo. Fiquei pensando se poderia ver o presidente Lula estendendo a mão para alguém como o general Augusto Pinochet em nome dos interesses de Estado.

Imaginemos que o regime militar, felizmente na lata do lixo da história, ainda imperasse em Santiago, e o Brasil, com a estratégia de liderar o subcontinente latino-americano, recorresse a razões de Estado para justificar eventual aperto de mão com o pinochetismo.

Afinal, alguns assessores do nosso presidente costumam dizer que não cabe ao Brasil distribuir "certificados de bom comportamento" a governos estrangeiros, o que explicaria a atual aproximação com ditaduras, como Irã e Coreia do Norte.

No caso iraniano, imagino também o que devem ter sentido integrantes das minorias sexuais e religiosas perseguidas sistematicamente por Ahmadinejad ao vê-lo cumprimentando, com um largo sorriso, uma liderança de reconhecida envergadura internacional como o presidente Lula, que carrega uma trajetória intimamente ligada à luta por liberdades civis e pela democratização de seu país.

Guardo algumas perguntas ao governo. Por que prestigiar alguém cujo regime não hesitou em reprimir com mortes e violência as recentes manifestações nas ruas de Teerã? Por que prestigiar alguém que representa um regime que viola sistematicamente os direitos civis de mulheres, homossexuais e minorias religiosas, que persegue grupos de esquerda e pró-democracia? Por que prestigiar alguém que, com suas ambições nucleares, desponta como um fator de desestabilização do cenário internacional e que defende a destruição de Israel, um Estado integrante da ONU?

Não é convincente a argumentação de que isolar Ahmadinejad é pior. Pior é recompensá-lo com prestígio e aproximação econômica.

Em minha visão, o presidente Lula, que ganha destaque cada vez mais intenso como uma liderança com influência que atravessa as fronteiras do Brasil, desperdiçou uma valiosa oportunidade de condenar, com o devido peso e ênfase, um fenômeno abjeto como a negação do Holocausto e as violações sistemáticas aos direitos humanos cometidas pelo regime iraniano.

Felizmente, vivemos num país democrático e, ao contrário da população do Irã, podemos manter um diálogo fluído e livre com o nosso governo.

Conheci Lula em Israel, na abertura de um evento esportivo, nos anos 1990. Desde então, pude desenvolver com ele uma relação de profundo respeito e admiração. Mas, como cidadão de um Brasil cujos soldados também combateram o nazismo, e em honra à memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes, não posso deixar de externar, com a máxima transparência, que, neste momento, estamos em profundo desacordo.

No respeito e na minha relação com a memória de meus antepassados, permito-me ser inflexível. Ahmadinejad personaliza não apenas o desrespeito à história. Personaliza também o desrespeito à democracia, a liberdades civis e à estabilidade mundial.

Microsoft fora do dicionário da Sun

Tá certo que guerra é guerra, mas "Microsoft" estar fora do dicionário de correção do BR Office da SUN é demais da conta. Note aí em cima as opções de correção.Eu não fazia a mínima idéia de que essas palavras existiam... Isso talvez mostre que o dicionário VERO é mais completo do que o necessário... Aproveite e veja a opção AutoCorreção que eu indico no post abaixo. Nesse caso vc deve Adicionar.

Acelerando a digitação no BR Office e dicionário com a nova ortografia

Enquanto a Microsoft come mosca a Sun já disponibilizou o dicionário de português com as novas regras ortográficas para o BR Office, suite cada vez mais utilizada, ainda mais com a quantidade enorme de micros e notebooks que vê com Linux. Algumas das instalações como a dos Positivo é muita boa e muito completa com praticamente qualquer programa que você possa precisar: todos gratuitos.

Na verdade é uma excelente opção você se livrar de um MS Office pirata e instalar um BR Office gratuito. É mais uma forma de dizer a Microsoft: ok já chega, 30 ou 40 bilhões de dólares de fortuna pessoal é mais que suficiente - BAIXE O PREÇO DOS PRODUTOS, BILL !!!

Quem está acostumado com o Word (nas versões mais modernas) e se deu ao trabalho de digitar sem se preocupar com til, cedilha, a maioria dos acentos etc, percebeu que o Word coloca isso sozinho. É o sistema de auto-correção ou auto-completamento das palavras. A maioria das pessoas não sabe que isso existe. É muito prático para quem tem notebooks com teclados americanos onde a configuração das teclas é diferente da ABNT2. Mas acelera a digitação de qualquer um.

No Word, ao digitar uma palavra certa, sem acentos ou outras coisas, que o programa não conseguiu corrigir sozinho, mande verificar o texto e na caixa de correção que se abre ao invés de clicar no botão corrigir, clique no auto-correção. Assim o Word manda aquela palavra para seu banco de dados e daí em diante toda vez que você digitar sem os sinais gráficos o programa os coloca para vc.

No BR Office no programa Writer a coisa é simples. Como no Word, as palavras não reconhecidas são sublinhadas de vermelho. Ao colocar o cursor numa delas e clicar com o botão direito, abre-se um menu. Ao invés de corrigir a palavra pela lista de palavras (pode ser apenas uma) que aparece no topo deste menu, veja mais abaixo a opção auto-correção. Clicando ali, abre-se a mesma lista só que ao escolher por esta opção, vc manda a palavra para o banco de dados de auto-correção e nunca mais vai precisar digitá-la com "ção" por exemplo. Deixe isso por conta de seu computador! É para isso que vc paga por ele!

Agora, no Writer, vá em ferramentas, idioma, mais dicionários online. Iisso abre uma página na web - procure português do Brasil, dicionário VERO (é o único oferecido mesmo) e mande instalar. Na própria janela que se abre, desabilite o dicionário que vc estava usando. O VERO já vem com nova ortografia. Atualmente isso faz muita diferença.

Espero ter ajudado mais um pouquinho

José Roitberg - jornalista

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Um Ahmadinejad judeu ???

Explode pelo mundo com estrondo maior que uma bomba atômica uma informação que pode ser uma mera asneira ou pode colocar por areia abaixo algumas das pretenções de Ahmadinejad. Sua trajetória em termos de antijudaísmo é tão semelhantemente violenta a de Hitler que o expoente do islamofacismo agora é taxado de judeu. Hitler também foi. Dizia-se que teria um antepassado judeu, parentes seus teriam trabalhado para judeus e por isso vinha seu ódio.
 
Na visão racista antijudaica, só judeus seriam capazes de cometer tamanhas atrocidades contra judeus...
 
Nas matérias que circulam sobre Ahmadinejad a história é basicamente a mesma: seu ódio à Israel e sua implicância doentia em relação ao Holocausto seria para encobrir que é judeu de nascimento! Odiar os judeus sabemos ser um dos princípios mais comuns dos conversos para fora do judaísmo e temos aí Karl Marx como um ícone deste ódio. Odiar os judeus seria uma proteção contra acusações de deslealdade ao islã pelos aiatolás que controlam o Irã.
 
Já escreveram igualzinho do Hitler, e sobre Herman Goering, o verdadeiro braço político do paratido nazista, cuja mãe foi amante de um rico comerciante judeu quando empregada em seu castelo, com a complascência de seu pai. Goering passou parte da infância e a adolescência neste castelo e por isso teria ódio dos judeus... Mesma conversa mole.
 
O jornal inglês Daily Telegraph examinou o documento de identidade que Mahmoud usou na eleição de 2008 (foto - não é a de 2009) que saiu numa das fotos. Lá, encontraram o nome familiar original de seus pais - Sabourjians - considerado um nome judaico persa tradicional e a data da conversão da família ao islã, posterior a do nascimento do pequeno Mahmoundinho.
 
É um objetivo do islã a conversão de infiéis, portanto, ao contrário do que mais de 200 matérias repetidas afirmam por aí, a família e ele são muçulmanos e disso não há dúvida. Apesar de muitos judeus também não aceitarem, não existe algo como "judeu convertido" ou "muçulmano convertido." Ao efetivar-se a conversão torna-se judeu e muçulmano com todas as obrigações e direitos religiosos, no caso do islã, direitos sociais e políticos nos países teocráticos.
 
Por outro lado, há um preceito judaico que nascido judeu, não importa a conversão posterior: se é judeu para sempre, para alguns grupos religiosos ou se pode retornar ao judaísmo, sem conversão, fazendo a "teshuvá" até o momento de sua morte. Então, para estes grupos e apenas estes Ahmadinejad pode ser um judeu de fato.
 
Não há como apurar daqui do Brasil se o sobrenome Sabourjians é judeu, é exclusivamente judaico, ou é um sobrenome compartilhado entre judeus e muçulmanos persas. É preciso de um especialista para isso. A semelhança com Hitler via um pouco mais além pois Adolf Hitler, não nasceu com este sobrenome, que é de um tio, mas com o sobrenome Schikelgruber. Em relação ao sobrenome Hitler, tenha a certeza de que "Hittler" com dois "t" é um sobrenome judaico, tradicional alemão: eu vi! Eu conheci uma família e ela pertencia a comunidade judaica carioca. Agora vive em Israel.
 
O curioso é que até o momento de fechar esta matéria havia mais de 950 ocorrências do sobrenome Sabourjians neste caso de Ahmadinejad, no Google, e NENHUMA ocorrência sem ele. Simplesmente é algo que não pode ser pesquisado na Internet e se é ou foi um sobrenome judaico relevante na Pérsia e no Irã moderno, ninguém se deu ao trabalho sequer de se referir a ele até hoje.
 
por José Roitberg - jornalista