por José Roitberg
Após vetar ontem a resolução do Conselho de Segurança da ONU contra Israel ser a capital de Israel, uma nova batalha será travada nesta quinta-feira na Assembleia Geral da ONU.
A Donald Trump não está nem aí para os roteiros de séries como House of Cards ou Designated Survivor. Para ele, política-real é algo diferente, e poder é para ser utilizado abertamente.
Assim, o presidente dos Estados Unidos, declarou há algumas horas atrás algo que jamais esperaríamos escutar de qualquer presidente, menos do Putin.
"Deixe eles votarem contra nós. Vamos economizar um bocado", ao avisar que poderá cortar as ajudas de custo e financiamentos a todos os países que apoiarem a resolução que não é contra Israel e sim contra os Estados Unidos, pretendendo alguns países anular a decisão que só cabe aos Estados Unidos.
Se você acha que votos capitaneados por adversários vão fazer os Estados Unidos, voltarem atrás numa decisão feita há 22 anos por seu Congresso e implementada por seu presidente, bem, você seria muito naif.
É óbvio que é antissemitismo negar aos judeus o direito de escolher a capital de seu país. É óbvio que é antissemitismo negar aos judeus o direito de manter fronteiras conquistadas em guerras como TODOS OS PAÍSES DO MUNDO o fizeram, talvez menos a Austrália... É óbvio que é antissemitismo quando o Patriarca Católico Ortodoxo de Jerusalém vai à Ramallah pedir ajuda aos palestinos muçulmanos sunitas, contra a "judaização de Jerusalém", após Trump decidir mudar a embaixada americana para a Cidade Santa.
Todas as religiões são absolutamente livres numa Jerusalém capital do Estado Judeu, coisa que nunca aconteceu sob o domínio muçulmano, mas os católicos ortodoxos sempre odiaram muito mais os judeus que os muçulmanos.
"Eles recebem bilhões de dólares e votam contra nós. Bem, vamos observar estes votos. Deixe eles votarem contra nós. Nós vamos economizar muito. Eu não me importo." Disse Trump e prosseguiu: "As pessoas estão cansadas dos Estados Unidos - as pessoas que vivem aqui, nossos grandes cidadãos que amam este país - estão cansadas de estarem levando vantagens sobre nós, e não vão mais se aproveitar de nós."
A PIADA DO DIA PARA QUEM ESQUECE A HISTÓRIA.
O ministro palestino das relações exteriores Ryad al-Malki, afirmou que "Washington está ameaçando os países membros da Assembleia Geral da ONU por seus votos". Qua coisa bizarra. Logo um membro antigo da OLP que passou a década de 1970 ameaçando todos os países do mundo com sucessivos sequestros de avões com todos os seus passageiros. Uma OLP que desde 1963, não só ameaça, mas efetivamente assassina judeus em Israel não gosta quando é ameaçada... Ah... Vão catar tâmaras....
ENQUANTO ISTO NO BRASIL...
Nas mídias sociais, tolos judeus companheiros meus cobram da CONIB (Confederação Israelita do Brasil) uma posição firme diante do governo Temer (logo agora?). Cobram isto, porque a CONIB desfraldou suas bandeirolas elogiando a posse de Aloysio Nunes Ferreira como ministro das relações exteriores, mesmo ele tendo sido comunista de carteirinha e participante da luta armada contra o povo brasileiro nos anos 1960 e 1970. Sobre o ministro há duas coisas: a CONIB o chama de amigo; e os entendidos em política dizem que ele abandonou o comunismo faz muito tempo.
Ao contrário da maioria de meus amigos eu acredito que as pessoas mudam, que pesem os erros do passado e trilhem novos caminhos. Mas ficarei positivamente surpreso se Aloysio votar a favor dos Estados Unidos amanhã. E se votar será pelos interesses do Brasil e manter os braços dados com os EUA e não por interesses do Brasil com Israel ou influência perpendicular da CONIB.
UM FINAL ENGRAÇADO.
Tem gente que acha que pode vencer o Trump em negociações... Tadinhos...
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