por José Roitberg
Você lembra daquela "aumento sem precedentes do antissemitismo nos EUA" no início de 2017, quando havia várias ameaças diárias de bombas contra centros comunitários judaicos, sinagogas, instituições beneficentes e outras? Os Democratas entre a Comunidade Judaica Norte-Americana desde o primeiro telefonema ameaçador, acusavam os "nazistas apoiadores de Trump", então recém-empossado, por atacar as instituições judaicas.
Aí, o FBI, investigando corretamente, apesar da pressão burra e exposição xenófoba na mídia, encontrou o primeiro autor de um grupo de telefonemas ameaçadores. Tratava-se de um jornalista negro (e é preciso tipificar, neste caso, pois isso é importante no contexto), conhecido por ser autor de Fake News, já tendo sido demitido de empresas da mídia por causa disto, que decidiu incriminar uma ex-namorada branca, ameaçando em nome dela, fazendo-a ser considerada nazista, quando ela não era.
Os Democratas e a esquerda, uns preferiram não acreditar em primeiro momento e outros preferiram ignorar completamente. O sujeito já foi preso e vai ser colunista do jornalzinho da cadeia por vários anos.
Mas depois da prisão dele, as ameaças continuaram até que uma ação conjunta do FBI com a segurança digital da polícia de Israel achou o responsável pela imensa maioria das ameaças. Para surpresa do mundo judaico que se interessa por isto e para desespero dos detratores de Trump, não era um neo-nazista, mas um jovem, então com 17 anos, com dupla-cidadania, americana e israelense que vivia na cidade de Ashdot, no litoral entre Israel e Faixa de Gaza.
Ao mesmo grupo de pessoas que ignorou ou não aceitou a prisão anterior do jornalista norte-americano, juntou-se uma gama de outras pessoas, daquelas que acham que em Israel não tem nada de errado e não tem gente ruim, maluca ou criminosa, como existe em todas as sociedades do mundo.
Pois bem. No dia 5 de fevereiro, o jovem, hoje com 18 anos, e mantido preso já há vários meses em Israel, foi a uma audiência para ouvir as acusações contra ele no tribunal e ser dado o início ao seu processo. A mídia israelense, tanto a boa quando a má, insistem em chamar o sujeito de 18 de "teenager", adolescente, quando pelas leis de tudo quanto é país, inclusive as de Israel, é um adulto. Pessoalmente eu não entendo a campanha mundial já de mais de 10 anos para caracterizar a adolescência até os 23 anos de idade, como propõe hoje alguns cientistas que parecem não ter nada de útil para fazer.
Ao terminar a audiência, o jovem, cujo nome, e foto, estão em segredo de justiça por ordem do juiz do caso, ao passar da porta do prédio para o estacionamento, resolveu fugir algemado. E aí tem gente que ainda reclama da corrente nos pés do Cabral. Não é tortura! É para não tentar fugir. Correu mais de 100 metros até que seus guardas se jogassem sobre ele, metendo sua cara no concreto, o que foi bem merecido. A imagem da fuga existe pelas câmeras de segurança da Corte Distrital de Jerusalém.
Mas agora, temos as acusações formais e isto irá surpreender a todos os leitores e são as seguintes:
1) 245 telefonemas com ameaças à instituições judaicas e escolas judaicas nos EUA, aviação civil, entre janeiro e março de 217. Para fazer isto, ele usou um serviço de chamadas telefônicas pela internet com capacidade de disfarçar a voz de quem fala e manter a identidade em sigilo.
As ameaças tiveram também um custo financeiro, Vários aviões de passageiros precisaram descartar combustível e fazer pousos de emergência em outros aeroportos, caças militares decolaram para escoltar aviões ameaçados, escolas precisaram ser evacuadas, polícia, esquadrões anti-bomba, corpo de bombeiros e FBI precisaram ser acionados além de outras situações caóticas individuais causadas pelas ameaças.
2) 28 acusações de fazer ameaças telefônicas e dar falsas informações à polícia da Flórida.
3) 3 acusações de ameaça telefônicas na cidade de Atenas, na Geórgia (EUA).
Até o momento ainda não existem acusações relacionadas com ameaças telefônicas feitas por ele no ano de 2016, que principalmente atingiram companhias aéreas da Europa e da Austrália.
A defesa e a família, alegam que o jovem é VÍTIMA e não autor, por ter um tumor cerebral e estar no que é considerado pela medicina como dentro do espectro do autismo. O advogado dele declarou no Canal 10, da TV israelense que o rapaz tentou cometer suicídio por cinco vezes em duas semanas, em maio de 2017, já preso, mas a polícia israelense não confirmou.
A foto é dele com a mãe na audiência do dia 5. As fotos podem ser tiradas, mas os rostos não podem ser mostrados, enquanto a ordem de embargo judicial à mídia estiver em vigor.
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