terça-feira, 18 de novembro de 2014

Exposição do Centenário de 1922

Uma das primeiras grandes obras após o desmonte do Morro do Castelo foi a construção da Avenidas das Nações, nome que faz pouco sentido para quem passa por lá nos dias de hoje, e encontra apenas o consulado dos EUA. Em 1922, construída a avenida foi criada uma grandiosa exposição com pavilhões internacionais (portanto, das nações), bem ao estilo das grandes exposições mundiais que ocorriam desde o século 19. Por exemplo o Palácio Monroe, foi o pavilhão do Brasil na Exposição de Saint Louis em 1904, projetado para ser desmontável. Foi trazido e montado no RJ em 1906.

Vamos então resgatar os belíssimos pavilhões da Exposição de 1922 através dos cartões postais emitidos oficialmente para a ocasião. Vamos começar com o Pavilhão da França, pois é o único que sobreviveu, como a Academia Brasileira de Letras. As fotos dos postais levam a assinatura dos Malta.

É até difícil de acreditar que há tão pouco tempo atrás tivemos estes prédios magníficos no centro do Rio, e na Avenida Beira Mar. Olhamos hoje para o terreno e não conseguimos visualizar onde ficava tudo isto.

Exposicao do Centenario 1922, Franca

Exposicao do Centenario 1922, America do Norte

Exposicao do Centenario 1922, Inglaterra

Exposicao do Centenario 1922, Pavilhao da Belgica, Grandes

Exposicao do Centenario 1922, Pavilhao da Belgica

Exposicao do Centenario 1922, Pavilhao da Suecia

Exposicao do Centenario 1922, Pavilhao das Industrias Particulares

Exposicao do Centenario 1922, Pavilhao de Festa

Rio De Janeiro, World Expo, Independence 1922
Abertura da Exposição com desfile militar no Pavilhão de Festas

Exposicao do Centenario 1922, Caca e Pesca

Exposicao do Centenario 1922, Districto Federal

Exposicao do Centenario 1922, Vista parcial

Exposicao do Centenario 1922  2

Exposicao Do Centenario 1922 - meixco

Exposicao Do Centenario 1922 - Italial

RIO DE JANEIRO PAVILHAO DA TCHECO SLOVACA EXPOSICAO CENTENARIO 1922

EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL DE 1922 PAVILHÃO DA TCHECOSLOVÁQUIA , PAVILHÃO DA NORUEGA ENTRE OUTROS
Pavilhões da Tchecoslovaquia (primeiro plano), Noruega (escuro) e outros

EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL DE 1922 PAVILHÃO DE ESTATÍSTICA E PAVILHÃO DE CAÇA E PESCA
Pavilhões da Estatística e da Caça e Pesca

PAVILHÕES DA EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL DE 1922 COM VISTA DO PÃO DE AÇÚCAR PAVILHÕES BRAHMA E ANTARCTICa
Pavilhões da Brahma (primeiro plano) e Antártica (claro)

terça-feira, 11 de novembro de 2014

INTERESTELAR, O FILME

Se você acredita em críticos de cinema, então vá ler outro post. Vá embora! Se você curte ficção científica, leia e assista o filme. Com um ridículo bonequinho adormecido no Globo, Interestelar é uma obra de arte da ficção científica. A primeira resposta contundente a 2001 Odisseia no Espaço. Tenho quase certeza que os críticos anônimos em nossos jornais, provavelmente estagiários sem noção ou conhecimento do passado, jamais assistiram 2001.

Como aconteceu com Prometeus, apenas os fãs que conhecem os filmes anteriores conseguirão entender corretamente as citações. Eu não vou mostrar nenhuma delas, pois é chocante perceber como o roteiro de Interestelar foi trabalhado remetendo ao que há de melhor em 2001 e indo mais além.

O filme atual não é um remake: é melhor. Quando Kubrik fechou o roteiro de 2001, ele se inspirou em alguns pontos do livro de Arthur Clarke, e deixou outros de fora. Decidiu transformar em esoterismo aquela questão do monolito, da dilatação temporal e da viagem pelo hiperespaço, coisas de fato complicadas para o final dos anos sessenta. Quando li o livro, pensei: por que não fizeram o filme de acordo com a história, principalmente o final? Ia ser muito mais espetacular.

E Interestelar, pega os elementos mais científicos do profeta Clarke e os coloca na tela. Ainda não foram todos. Ainda não tiveram coragem para ir em vídeo onde Clarke foi em texto, mas um dia, chegaremos lá. Os roteiristas foram de 2001 o livro a Encontro com Rama, o livro. O filme é um drama impressionante. Uma senhora que estava ao meu lado, passou uma boa meia hora de olhos arregalados e mãos no rosto. O casal que estava atrás e ficou meio que de sacanagem nos primeiros 30 minutos, calou-se o resto do filme. Os sacos de pipoca ficaram pela metade. Depois da primeira hora do filme, nem mais barulho de papel de bala tinha no cinema e ainda faltavam quase uma hora e quarenta, que passam, assim, rapidinho, como as dilatações do tempo da relatividade, exploradas a fundo neste roteiro.

A decisão de fazer um filme denso com atores de primeiríssima linha em papéis secundários foi mais que acertada. Dê uma banana para o bonequinho dorminhoco, pois ele é cria de uma escola Rubensewaldiana, que recentemente utilizou 15 minutos de programa de TV para conclamar o público a não ir assistir SIM City II, sob a bananal alegação de que o filme "é feio, todo preto, sem roteiro". Mande os críticos para a latrina, o lugar mais digno para eles.