Há estudos psicológicos muito antigos afirmando a incapacidade do ser humano de entender a palavra ‘não’ e números muito grandes. Quantas vezes você ouviu, numa entrevista em telejornal, alguém ser perguntado sobre o que faria se ganhasse 200 milhões na Mega Sena, e a resposta ser um emocionado: “Vou comprar uma casinha para minha mãe.” As pessoas não realizam o significado de 200 milhões, exceto se estiverem nos cárceres da Lava-Jato. Ainda assim, a população compreende o que são 20 centavos e vai às ruas para reclamar, mas não compreende o que são 20 bilhões da Petrobras e deixa isso para lá. Não se trata de compreensão de pessoas mais instruídas ou inteligentes e pessoas menos instruídas. É característica do ser humano.
Assim, acreditar que 6 milhões de civis judeus foram assassinados torna-se uma impossibilidade psicológica. Muitos destes desacreditadores, elaboram a descrença deles, e tornam-se negadores, utilizando os mais variados artifícios para mostrarem a si mesmos e aos outros a impossibilidade técnica ou tecnológica de matar 6 milhões de almas judias burocraticamente.
Ao preparar este material, fiz uma pergunta simples a dois jornalistas não judeus e um sujeito muito interessado, nosso operador de áudio na Rádio Manchete. Era apenas: quantos aviões de combate você acha que foram destruídos na Segunda Guerra Mundial? Pense você antes de continuar a ler. Um dos jornalistas respondeu 400. Outro respondeu, uns 100 e quando eu disso que isso pouco, aumentou sua aposta para 500. O colega da Rádio, no ar, disse que eram muitos, certamente mais de mil. A resposta correta é em torno de 430.000 aviões militares abatidos ou destruídos em terra. Isso mostra-nos os números que as pessoas consideram como “muitos”. A saber, os EUA perderam 95.000 aviões, a Inglaterra perdeu 42.000, o Japão, 50.000, a Alemanha 77.000 e a União Soviética uns 146.000.
Então decidi compilar para vocês vários números da Segunda Guerra Mundial, que tornam os 6 milhões mais fáceis de considerar. Não são números absolutos, contados até a última casa, mas números aceitos pelos historiadores.
Mais de 60 milhões de pessoas morreram na Segunda Guerra Mundial. Destas, 38 milhões eram civis e 25 milhões eram soldados. Vestiram farda mais de 95 milhões de soldados, dos quais 68 milhões sobreviveram, incluindo 25 milhões de feridos. Não há dados sobre o número de feridos que faleceu após a guerra em decorrência de sua condição física. Dos 38 milhões de civis mortos, 20 milhões morreram por fome e doença.
Na matança sistemática de civis, foram mortos 5.894.000 judeus, 285.000 ciganos, 250.000 deficientes físicos alemães (os que foram mortos em primeiro lugar com apoio a população), 15.000 homossexuais alemães, 2.000 padres, freiras e outros sacerdotes católicos (os alemães eram majoritariamente luteranos) e 1.000 testemunhas de Jeová. Estes números mostram porque o Holocausto é sobre os judeus e não sobre a lista toda como muita gente e a ONU quer fazer parecer que foi.
A Inglaterra perdeu 383 mil soldados; os Estados Unidos, 407 mil soldados; a Itália, 302 mil; o Japão, 2.120.000 soldados; a Alemanha 4.500.000 e a União Soviética perdeu 8.700.000 soldados.
Dentro da propaganda de esquerda, faz-se dos Estados Unidos o grande vilão por ter lançado duas bombas atômicas contra o Japão, que só se rendeu pois pensava que os EUA tinham outras bombas e iriam destruir outras cidades, mas havia apenas aquelas duas. Os números de mortos nestes ataques variam muito. Em Hiroshima estima-se entre 90.000 e 166.000 mortos, que a propaganda define como civis, ignorando o fato de lá ser a sede do Segundo Exército Geral japonês com um efetivo de 40.000 soldados. Em Nagasaqui estima-se entre 39.000 e 80.000 mortos, dos quais 9.000 homens do Segundo Exército. Só que nunca se fala sobre quanta gente os japoneses mataram em sua marcha sobre o Sudeste Asiático e na invasão e conquista de vastas regiões da China, numa guerra iniciada no começo dos anos 1930 e terminada apenas em 1945.
Os números da matança japonesa são assustadores. A Indonésia era colônia da Holanda. Sob domínio japonês foram mortos 4 milhões de pessoas. No Vietnã, na época Indochina Francesa, mais 1 milhão. Na Coréia sob ocupação nipônica foram-se outros 483.000 civis. Agora, na guerra contra a China, os japoneses mataram nada menos que 3 milhões de soldados chineses, 8 milhões de civis e outros 5 milhões de civis morreram por fome e doenças.
Estes números de contexto talvez mostrem às pessoas como foi de fato possível que quase 6 milhões de judeus tenham sido mortos pelos nazistas e os aliados dos nazistas.
Há ainda negadores do Holocausto e Revisionistas que vendem a ideia de os judeus terem faturado com o Holocausto depois da guerra, inventando a história toda para fazer o que os judeus sempre fizeram: roubar. Isso faz parte do contexto antissemita histórico e histérico. Na imagem desta matéria, gostaria que você lesse e copiasse, guardasse, difundisse por aí, o recorte da primeira página do jornal O Estado de Minas de 8 de maio de 1945 onde foram publicados os termos da rendição alemã. O item mais importante para a questão da reparação aos judeus e também para o reconhecimento oficial de que o Holocausto existiu é o décimo-primeiro:
“Restauração ou reparação de todas as propriedades roubadas aos judeus e outras vítimas da opressão nazista”
Nosso querido Ronaldo Gomlevsky tem uma frase muito assustadora sobre estes valores. Diz ele: digamos que um sapato custasse 30 dólares. Só em sapatos de judeus mortos teríamos uma reparação de quase 18 milhões de dólares da época. Imagine em casas, terrenos, veículos, mobília, roupas, sinagogas, objetos litúrgicos, clubes, escolas, bibliotecas, teatros etc.
© 2015 José Roitberg - jornalista e pesquisador
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