Mas vamos nos concentrar em 1970 quando a transmissão inicial de TV no Brasil, pela Tupi, completava já 20 anos. Naquele momento havia 90 milhões de brasileiros. Hoje somamos mais de 210 milhões. Havia apenas 5 milhões de aparelhos de TV em todo o Brasil. Número até difícil de acreditar. E se a estatística apontava para 18 pessoas por aparelho, em minha casa, onde moravam eu e meus pais, defronte ao apartamento onde moravam meus avós, a conta era de um aparelho para oito pessoas. Ainda levaria dois anos para meu pai poder comprar uma TV Motorola portátil preto-e branco de 14 polegadas contrabandeada. Era vendida por camelôs.
A imprensa dizia que pelo menos 20 milhões de brasileiros iam assistir ao primeiro jogo da Copa de 70 e “recomeçarão a exercitar seus olhos na difícil tarefa de sempre: distinguir, em tons de cinza, o que é verde e o que é vermelho”, como publicou a Veja em maio de 1970. Se você é jovem e nunca assistiu a um jogo em preto e branco, é fácil, basta regular sua TV full HD e ver como era o sofrimento. Seleção Canarinho só nas revistas semanais, pois na TV era seleção cinza-e-cinza. Até mesmo o México já tinha liberado as vendas de TVs a cores em 1968 e seus habitantes assistiram a copa colorida em seu próprio país.
O Ministro das Comunicações na época era o coronel Higyno Caetano Corsetti (na foto da VEJA, acima). Ele dizia: “Antes de tudo é preciso ficar bem claro que o governo não é nem poderia ser contra a televisão a cores ou qualquer espécie de avanço tecnológico, mas é preciso não perder de vista que a realidade da TV brasileira envolve três elos de uma só corrente – o fabricante de aparelhos de TV, cujos lucros aumentam em ritmo pequeno; o mercado consumidor, que cresceu em progressão lenta; e as estações de TV, algumas delas precisando se recompor de crises”. As tais crises a que o ministro Corsetti se refere, são os vários incêndios que destruíram praticamente todas as sedes de redes de TV, em sequência, e nunca foi provado se tiveram origem criminosa ou não.
O ministro ainda afirmava que o governo não iria permitir que nenhum dos fabricantes de TV corresse sozinho na fabricação de TVs coloridas e que a AFRATA – Associação dos Fabricantes de Rádios, Televisores e Eletrônicos, havia se comprometido a começar a fabricação de aparelhos coloridos apenas no primeiro semestre de 1972, quando todas as marcas já teriam condições de faze-lo. O mercado produtor estava meio assustado com os acontecimentos no México, onde a entrada da TV a cores em 1968 imediatamente derrubou a venda de TV preto e branco em 35%. Os ricos não compravam mais aparelhos que não fossem coloridos.
Os fabricantes não estavam sintonizados com a questão de que a existência da transmissão a cores iria eliminar os aparelhos preto e branco. Achavam que pela diferença de preço, ainda iriam conseguir manter aparelhos desatualizados por vários anos no mercado. E por outro lado, não havia capacidade industrial para substituir, nem a médio prazo, os tais 5 milhões de aparelho preto e branco nas casas brasileiras. Em 1970, a estimativa de preço para um aparelho a cores no Brasil era de 5.000 cruzeiros.
Praticamente o valor nominal em que entrariam no mercado, décadas depois, as telas planas de plasma e posteriormente as TVs 4K. Ou seja: aparelhos para ricos, de fato.
O sistema NTSC foi criado nos EUA pela RCA que se tornou também emissora de televisão. Daqui de longe, parecia uma maravilha tecnológica já em 1953. Mas o brasileiro não a assistia. Hoje, ao definir sua TV moderna para o sistema NTSC ou PALM, você não vê muita diferença nas cores, apesar de existirem. Isto porque o NTSC evoluiu. Mas já em 1968 era um sistema considerado ultrapassado e desagradável para o consumidor. Então podemos afirmar que os EUA desenvolveram seu poderosíssimo sistema TV com um sistema ruim? Sim, podemos.
O ministro ainda afirmava que o governo não iria permitir que nenhum dos fabricantes de TV corresse sozinho na fabricação de TVs coloridas e que a AFRATA – Associação dos Fabricantes de Rádios, Televisores e Eletrônicos, havia se comprometido a começar a fabricação de aparelhos coloridos apenas no primeiro semestre de 1972, quando todas as marcas já teriam condições de faze-lo. O mercado produtor estava meio assustado com os acontecimentos no México, onde a entrada da TV a cores em 1968 imediatamente derrubou a venda de TV preto e branco em 35%. Os ricos não compravam mais aparelhos que não fossem coloridos.
Os fabricantes não estavam sintonizados com a questão de que a existência da transmissão a cores iria eliminar os aparelhos preto e branco. Achavam que pela diferença de preço, ainda iriam conseguir manter aparelhos desatualizados por vários anos no mercado. E por outro lado, não havia capacidade industrial para substituir, nem a médio prazo, os tais 5 milhões de aparelho preto e branco nas casas brasileiras. Em 1970, a estimativa de preço para um aparelho a cores no Brasil era de 5.000 cruzeiros.
Praticamente o valor nominal em que entrariam no mercado, décadas depois, as telas planas de plasma e posteriormente as TVs 4K. Ou seja: aparelhos para ricos, de fato.
PALM OU NTSC, A VERDADE SOBRE A ESCOLHA DO MODELO DE TRANSMISSÃO
Na foto acima, típica câmera de estúdio preta e branca dos anos sessenta |
NTSC significa somente National Television System Committee, mas desde o início os técnicos norte-americanos o apelidaram, corretamente, de "Never Twice the Same Color" (Nunca Duas Vezes a Mesma Cor). Isto se explica por dois fatores técnicos. Um deles é bem conhecido. A imagem a cores é formada por três cores básicas: azul, verde e vermelho. No sistema NTSC as ondas na transmissão eram não sincronizadas, portanto o amarelo deste instante era, tecnicamente diferente do amarelo do instante seguinte. Isso fazia com que a percepção do espectador fosse ruim? Não. Ao assistir, tudo parecia lindamente normal.
O segundo problema era que as TVs NTSC tinham, obrigatoriamente, quatro botões para regulagem das cores. O primeiro exigia um critério subjetivo do espectador para ajustar a cor como ele, o espectador, achasse melhor: era o TINT. E o segundo, definia se as cores estavam claras ou escuras: era o TONE. Havia ainda o HUE que ia do mais verde ao mais vermelho e por fim a INTENSIDADE das cores, algo como a saturação. Não bastasse, havia ainda que controlar o contraste o o brilho da imagem. Portanto, uma combinação de seis controles analógicos o que certamente fazia com que cada espectador assistisse um programa bastante diferente do que tinha sido produzido.
Os fantasmas! Jovem, não se assuste! O NTSC não era feito pelos poltergeists!!! Fantasma na TV é algo que grande parte do público mundial atual nunca viu. Na transmissão de sinal analógico, as ondas do sinal batiam em morros e prédios, gerando ondas paralelas de interferência e a antena de sua TV captava todas elas, colocando tudo na tela ao mesmo tempo. Ou seja, você não assistia a uma imagem, mas sim a um grupo de imagens ligeiramente deslocadas umas das outras, sendo a primeira, o sinal mais forte original. Uma das desgraças deste sistema era você ter uma antena razoavelmente ajustada, e aí, construírem um prédio novo perto do seu e ele introduzir um fantasma chato para caramba.
Os fantasmas no sistema NSTC eram terríveis, pois não havendo sincronização entre as três ondas básicas – verde, azul e vermelho -, os fantasmas eram irisados.
Nas imagens seguintes, a TV com fantasmas, como assistíamos.
Mas precisamos levar em consideração algumas coisas de geografia e arquitetura. A maior parte das cidades norte-americanas são completamente planas, então não há problemas de fantasmas com montanhas. No Brasil, Brasília, por exemplo é plana, com prédios afastados e antenas centrais. São Paulo é essencialmente plana com as antenas colocadas lá na Avenida Paulista e muitos bairros só com casas. Já o Rio de Janeiro, entremeado de montanhas, com prédios encostados uns nos outros sempre foi um pesadelo para o sinal de rádio e TV, assim como Nova Iorque. Este é um dos motivos de termos as antenas na montanha do Sumaré e uma do lado da outra, para que as antenas nos prédios pudessem ser direcionadas para apenas um vetor.
O sistema de cores escolhido pelo Brasil foi o PAL, criado pela Telefunken alemã em 1967, que rapidamente invadiu a Europa. O PAL significava Phase Alternative Line e podemos simplificar afirmando que as três cores básicas eram agora transmitidas de forma sincronizada o que aliviou a confusão de cores dos fantasmas do NTSC. Os fantasmas do PAL, costumavam ser brancos. Para o espectador, os confusos dois botões do NTSC, qualidade de cor e luminosidade da cor, foi substituído por apenas um de tonalidade em que sempre se tentava ajustar para o melhor tom de pele possível. O PAL permitia equipamentos tecnicamente mais simples que o NTSC e o sinal se propagava bem em áreas edificadas e montanhosas.
A escolha do sistema PAL para o Brasil foi realizada por uma comissão de estudos já em 1967, no mesmo ano em que foi criado. Então, uma portaria do Ministro das Comunicações Carlos Simas, proibiu a transmissão de programas a cores no Brasil até 1972. A portaria colocava em dúvida a validade do sistema escolhido. A portaria manteve sua validade e a primeira transmissão oficial a cores no Brasil ocorreu em 19 de fevereiro de 1972, quando em pool, as emissoras transmitiram a Festa da Uva de Caxias do Sul.
Muitos falam que o sistema que o Brasil deveria ter adotado era o SECAM francês (Sequential em Couleurs à Memoire). Como o nome diz, a transmissão era não sincronizada como no NTSC e a eletrônica do aparelho sincronizava tudo internamente. Os aparelhos eram tecnicamente mais complicados. Em compensação não existia mais a necessidade de qualquer ajuste de cor por parte do espectador. O SECAM foi adotado pela União Soviética e a fragilidade do sistema estava na sua péssima propagação de sinal em áreas edificadas o que mataria a TV no Brasil. Assim, foi descartado. O território russo é essencialmente plano também,
Em 1969 o ex-Presidente Costa e Silva, ao inaugurar a estação de transmissão de TV da Embratel em Itaboraí, quase colocou o sinal colorido NTSC no ar para o Brasil inadvertidamente. Naquela época, a Embratel recebia o sinal norte-americano e quem trabalhava lá em Itaboraí já assistia TV a cores. Os técnicos brasileiros da Embratel criariam a interface que convertia o sinal NTSC em PAL e vice versa, o que depois seria adotado universalmente no Brasil.
Outra questão complicada, resolvida pelos técnicos era de que a transmissão e recepção de TV preto e branco brasileira era no sistema norte-americano e precisa existir uma garantia de que os programas transmitidos em PAL iriam ser assistidos nas TVs que estavam no mercado e não eram PAL. As TVs no sistema norte-americano tinham 525 linhas enquanto as do sistema PAL tinham 625 linhas. Hoje, sua TV full HD tem 1080, enquanto as transmissões de TV digital a cabo, satélite ou pelo ar, tem 720 linhas. E você já sabe: a grosso modo, quanto mais linhas, melhor é a imagem.
A solução brasileira para garantir a compatibilidade de aparelhos existente com os novos foi criar o sistema PAL-M, adotado apenas no Brasil, que combinava a eletrônica do sistema PAL, com as 525 linhas do sistema NTSC.
A criação do PAL-M nos permitiu e o uso do sistema anteiro P&B norte americano de 525 linhas, nos permitiu assistir às séries de TV norte-americanas, tanto em P&B quanto a cores, o que não ocorreu em países como França e Inglaterra. Por outro lado, as produções francesas e inglesas também não passavam nos Estados Unidos.
Nas primeras TVs preto e branco no Brasil havia coisas terríveis com as quais se conviver. Chamavam-se sincronia vertical e diagonal. De repente, do nada, a imagem começava a rolar para cima ou para baixo e havia um potenciômetro na frente da TV para ajustar velocidade desta rolagem. Em grande parte das vezes não era possível parar completamente e assistia-se assim.
A rolagem vertical não era tão desagradável como a rolagem diagonal. Esta sim, impedia de assistir e lá levantávamos nós para agir em outro potenciômetro tentando parar aquela tragédia tecnológica com a qual todas as pessoas do mundo com acesso a TV conviviam.
De fato, éramos mais saudáveis pois saíamos das poltronas e sofás várias vezes ao longo de uma novela de 45 minutos, apenas para mexer nestes dois controles. Torcar de canal também exigia levantar e ir até o seletor, acioná-lo e ouvilo estalar até o dia em que quebra-se, isso fora as folgas, típicas do uso, que impediam sitonizar corretamente um canal. Uma das frases mais ouvidas e que já não mais existe era: “Menino! Não gire o canal tão rápido, que vai quebrar!”…
Claro que para aumentar e diminuir o volume era outra levantada.
Recordo-me da primeira TV a cores que tivemos, uma Telefunken de 14 polegadas que devia pesar uns 20 kg. Ela tinha um avanço considerável: a rolagem diagonal não acontecia mais. A vertical sim. E para encher o saco do consumidor, colocaram o potenciômetro desta regulagem atrás do aparelho…
Até hoje não se divulgou por qual canal a Embratel transmitiu os jogos de 1970 coloridos. Mas o fato é que o presidente Medici os assistiu, junto com algumas pessoas de seu círculo interno, tendo havido fotos oficiais. Uma delas, foi publicada pela VEJA número 91, em junho de 1970. Obviamente, estas transmissões, foram ilegais pela portaria de 1967.
Abaixo, em três fotos, a diferença dos programas que assistíamos no Brasil em preto e branco, comparados com o original que o público norte-americano assistia a cores.
As primeiras são da série de TV do Batman. Quando gente ficou decepcionada quando descobriu que o morcegão vestia roxo…
O sistema de cores escolhido pelo Brasil foi o PAL, criado pela Telefunken alemã em 1967, que rapidamente invadiu a Europa. O PAL significava Phase Alternative Line e podemos simplificar afirmando que as três cores básicas eram agora transmitidas de forma sincronizada o que aliviou a confusão de cores dos fantasmas do NTSC. Os fantasmas do PAL, costumavam ser brancos. Para o espectador, os confusos dois botões do NTSC, qualidade de cor e luminosidade da cor, foi substituído por apenas um de tonalidade em que sempre se tentava ajustar para o melhor tom de pele possível. O PAL permitia equipamentos tecnicamente mais simples que o NTSC e o sinal se propagava bem em áreas edificadas e montanhosas.
A escolha do sistema PAL para o Brasil foi realizada por uma comissão de estudos já em 1967, no mesmo ano em que foi criado. Então, uma portaria do Ministro das Comunicações Carlos Simas, proibiu a transmissão de programas a cores no Brasil até 1972. A portaria colocava em dúvida a validade do sistema escolhido. A portaria manteve sua validade e a primeira transmissão oficial a cores no Brasil ocorreu em 19 de fevereiro de 1972, quando em pool, as emissoras transmitiram a Festa da Uva de Caxias do Sul.
Muitos falam que o sistema que o Brasil deveria ter adotado era o SECAM francês (Sequential em Couleurs à Memoire). Como o nome diz, a transmissão era não sincronizada como no NTSC e a eletrônica do aparelho sincronizava tudo internamente. Os aparelhos eram tecnicamente mais complicados. Em compensação não existia mais a necessidade de qualquer ajuste de cor por parte do espectador. O SECAM foi adotado pela União Soviética e a fragilidade do sistema estava na sua péssima propagação de sinal em áreas edificadas o que mataria a TV no Brasil. Assim, foi descartado. O território russo é essencialmente plano também,
O BRASIL TRANSMITIA A CORES DESDE 1969
Foto do Arquivo de O Globo. lamentavelmente fotografada em preto e branco... Os jornais não eram coloridos. Não havia motivos para fotografar com Kodakcolor... |
Em 1969 o ex-Presidente Costa e Silva, ao inaugurar a estação de transmissão de TV da Embratel em Itaboraí, quase colocou o sinal colorido NTSC no ar para o Brasil inadvertidamente. Naquela época, a Embratel recebia o sinal norte-americano e quem trabalhava lá em Itaboraí já assistia TV a cores. Os técnicos brasileiros da Embratel criariam a interface que convertia o sinal NTSC em PAL e vice versa, o que depois seria adotado universalmente no Brasil.
Outra questão complicada, resolvida pelos técnicos era de que a transmissão e recepção de TV preto e branco brasileira era no sistema norte-americano e precisa existir uma garantia de que os programas transmitidos em PAL iriam ser assistidos nas TVs que estavam no mercado e não eram PAL. As TVs no sistema norte-americano tinham 525 linhas enquanto as do sistema PAL tinham 625 linhas. Hoje, sua TV full HD tem 1080, enquanto as transmissões de TV digital a cabo, satélite ou pelo ar, tem 720 linhas. E você já sabe: a grosso modo, quanto mais linhas, melhor é a imagem.
A solução brasileira para garantir a compatibilidade de aparelhos existente com os novos foi criar o sistema PAL-M, adotado apenas no Brasil, que combinava a eletrônica do sistema PAL, com as 525 linhas do sistema NTSC.
A criação do PAL-M nos permitiu e o uso do sistema anteiro P&B norte americano de 525 linhas, nos permitiu assistir às séries de TV norte-americanas, tanto em P&B quanto a cores, o que não ocorreu em países como França e Inglaterra. Por outro lado, as produções francesas e inglesas também não passavam nos Estados Unidos.
OS VÁRIOS BOTÕES DO SISTEMA NORTE-AMERICANO
A rolagem vertical não era tão desagradável como a rolagem diagonal. Esta sim, impedia de assistir e lá levantávamos nós para agir em outro potenciômetro tentando parar aquela tragédia tecnológica com a qual todas as pessoas do mundo com acesso a TV conviviam.
De fato, éramos mais saudáveis pois saíamos das poltronas e sofás várias vezes ao longo de uma novela de 45 minutos, apenas para mexer nestes dois controles. Torcar de canal também exigia levantar e ir até o seletor, acioná-lo e ouvilo estalar até o dia em que quebra-se, isso fora as folgas, típicas do uso, que impediam sitonizar corretamente um canal. Uma das frases mais ouvidas e que já não mais existe era: “Menino! Não gire o canal tão rápido, que vai quebrar!”…
Claro que para aumentar e diminuir o volume era outra levantada.
Recordo-me da primeira TV a cores que tivemos, uma Telefunken de 14 polegadas que devia pesar uns 20 kg. Ela tinha um avanço considerável: a rolagem diagonal não acontecia mais. A vertical sim. E para encher o saco do consumidor, colocaram o potenciômetro desta regulagem atrás do aparelho…
E O PRESIDENTE MEDICI ASSISTIU A COPA DE 70 A CORES
Foto da revista Veja, que era colorida, portanto conseguiram mostrar a novidade, mais ou menos |
Até hoje não se divulgou por qual canal a Embratel transmitiu os jogos de 1970 coloridos. Mas o fato é que o presidente Medici os assistiu, junto com algumas pessoas de seu círculo interno, tendo havido fotos oficiais. Uma delas, foi publicada pela VEJA número 91, em junho de 1970. Obviamente, estas transmissões, foram ilegais pela portaria de 1967.
A DIFERENÇA ESTÉTICA DE PRODUÇÕES A CORES ASSISTIDAS EM PRETO E BRANCO
As primeiras são da série de TV do Batman. Quando gente ficou decepcionada quando descobriu que o morcegão vestia roxo…
Em seguida temos Jornada nas Estrelas. Passaram uns dez anos até o público compreender que os uniformes na Enterprise eram coloridos e designavam as áreas de Comando, Ciências e Segurança da nave. Para nós, todos os uniformes eram iguais. Nas fotos abaixo você pode ver o que afirmamos lá em cima sobre o espectador precisar imaginar o que seria verde e vermelho. Note que o azul claro fica também com o mesmo cinza. Num campo de futebol era simples imaginar a grama verdinha.
E por fim a multicolorida série Perdidos No Espaço que abusava das paletas roxa, verde verde e amarela, além do prateado, mas que para nós, pobres brasileiros era quase tudo da mesma cor.
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