segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Subsídios para compreender os conceitos jihadistas do Hamas e do Estado Islâmico

15/mai/2024 V 2.1 – REDAÇÃO ORIGINAL INICIAL EM 15/SET/2023

Não existe o termo Alcorão. “Al Quran” significa em português “O Corão”, que por sua vez se traduz do árabe como “A Recitação”. Maomé, é um termo que também não existe, pois é Muhammad, em árabe, Mahmud em farsi (língua persa do Irã) ou Mehmet (em turco). Em árabe e nos países árabes do Oriente, como Indonésia e Malásia, os formatos Mohamed o Mohamad, também são corriqueiros e utilizados igualmente em vários das diversas línguas árabes regionais. O árabe com o qual o Quran está redigido é o árabe clássico, similar, mas como diferenças dos diversos dialetos árabes regionais.

O Quran só é válido em sua redação original, todas as outras são definidas como versões do Quran.

O Quran foi recitado entre dezembro de 609 e o ano de 632 (primeiras décadas do século 7), portanto ao longo de 23 anos, só parou por que Maomé morreu aos 40 anos de idade. Ele escutava o anjo Gabriel (Jibril, em árabe) e repetia. Não é um texto histórico, mas um texto composto por versos, frases curtas com mandamentos, determinações e explicações.

Determinações aos judeus aparecem 81 vezes no Corão, mas a palavra “judeu” 29 vezes.

Allah, não significa o substantivo Deus, em árabe, e sim Único, como “adonai ehad” (em hebraico). Em árabe, o substantivo deus é “ilahun”. Em turco deuses é “tanrilar”. Em farsi, língua persa do Irã, deuses é “khdoai-yaan”. Em malaio é “tuhan”. Em indonésio é “Dewa”. Portanto o Único é uma coisa e falar sobre “outros deuses” é outra coisa.

Muçulmano, "musli" significa submisso, crente.

Ao longo dos 23 anos, praticamente uma geração de esforços de Maomé e dos seguidores dele para a conversão de árabes tribais politeístas que cultuavam meteoritos (pedras que vinham do céu jogadas pelos deuses) e de judeus e de poucos católicos que existiam na Península Arábica, a instância passou de ampla tolerância para amplo ódio. Ao longo da história a tolerância em relação aos monoteístas foi a norma. Exceto em tempos de guerra e conquistas é claro. A Era de Ouro do judaísmo da Península Ibérica, dos séculos 13 a 15 foi exatamente no Califado de Córdoba muçulmano sunita. O final daquele califado foi em 1492, quando os reis católicos aceitam a rendição do califa que decidiu não combater e logo em seguida culpam os judeus por apoiarem os muçulmanos pelos 700 anos anteriores, tempo que durou a Guerra da Reconquista da Península Ibérica pelos católicos, e expulsam os judeus. Os católicos que viviam no Califado de Córdoba não foram culpados por absolutamente nada.

No século 7, na Península da Arábia, existiam algumas tribos judaicas, ainda oriundas da fuga do Império Romano ocorrida no século 2, no ano 137 quando o imperador Adriano destrói Jerusalém, escraviza parte dos judeus e dispersa outra parte. Antropologicamente existem duas ou três tribos atualmente na Arábia Saudita, absolutamente muçulmanas sunitas, mas que conservam rolos ou parte de rolos da Torá como legado histórico tribal. Outro exemplo da manutenção linguística judaica entre muçulmanos pode ser visto na tribo Hussein que controla a Jordânia, pois eles são a tribo Hashemita. E Hashem, é um dos nomes principais para o Deus único pelos judeus, enquanto hashem não tem significado em árabe.

 

Três palavras árabes que intencionalmente confundem a coisas

JIHAD – Originalmente é luta interna pessoal que um muçulmano tem com ele mesmo, de forma permanente, para se tornar um muçulmano melhor. Só termina com a morte. Mas JIHAD foi transformada em Guerra Sagrada, que pode ser tanto contra infiéis como contra outros ramos islâmicos. O entendimento do Hamas é que a JIHAD guerra é permanente como a JIHAD pessoal e também só termina com a morte. O Hamas já definiu algumas vezes que a paz não existe, mas a esquerda política em todos os países parece não acreditar no que diz e no que escreve o Hamas que ela defende.

TAQKYA – É a cobertura de cabeça, similar mas diferente de uma kipá judaica, com vários formatos regionais árabes e não árabes, cuja finalidade é a mesma do uso de cobertura na cabeça no judaísmo ou no catolicismo. Mas Taqkya também é um dispositivo teológico que define que se deve mentir para o inimigo (o que está especificamente correto). É o uso deste dispositivo que dá margem ao duplo discurso: um em inglês para o mundo, e outro em árabe para o público interno.

SHAHADA – É a frase de fé islâmica que está em diversas bandeiras de países muçulmanos e especificamente nas bandeiras da Al Qaeda (preta com letras brancas), Estado Islâmico, (circulo preto com letras brancas) e Talibã (branca com letras pretas: “Só existe Allah e Maomé é o profeta de Allah”. Mas shahid é o mártir, em árabe, e shahada é uma operação de martírio, como as dos homens e mulheres-bomba homicidas-suicidas. Anos atrás isso deu grande confusão com crianças cantando numa escola que “viviam pela shahada” e isso foi traduzido erradamente como se vivessem pelo martírio e não pela frase de fé.

 

Os principais pontos do Corão sobre os judeus

[2:39] Aqueles que descrerem e desmentirem os Nossos versículos serão os condenados ao inferno, onde permanecerão eternamente.

[2.83] E quando nós (Allah e o anjo) fizemos o pacto com os filhos de Israel (determinamos) Vocês não vão servir a outro senão o Único (Allah).

[2.88] E eles (os judeus) disseram: Nossos corações estão fechados. Não, Allah os amaldiçoou por causa da descrença deles; tão pouco eles acreditavam.

[3.67] Ibrahim (Abraão) não era judeu ou cristão, mas ele era um homem correto, um muçulmano e ele não era um dos politeístas.

De fato a interpretação contemporânea do Islã é que todas as pessoas nascem muçulmanas, desde Adão e as que não são muçulmanas se perderam no caminho e devem retornar. Maomé ao recitar fala sobre “convertidos”, e isso valeu até 50 ou 60 anos atrás. Depois, deixou de existir a conversão para o islã. Quando alguém de outra religião ou politeísta abraça o islã, atualmente é chamado de reversão ou retorno. A conversão ocorre apenas entre os ramos do islã. Por exemplo, alguém que é sunita pode ser converter ao ramo xiita, como é o caso de praticamente todo o Hezbollah no Líbano formado por ex-palestinos sunitas.

[4:89] (sobre os inimigos) Agarre-os e mate-os onde quer que os encontre: e em qualquer caso, não leve amigos ou ajudantes de suas fileiras.

[4:93] Quem matar, intencionalmente, um crente, seu castigo será o inferno, onde permanecerá eternamente. Allah o abominará, amaldiçoá-lo-á e lhe preparará um severo castigo.


O inferno é citado 105 vezes no Corão, quase em todas como sendo a garantia de morada eterna dos pecadores entre os muçulmanos e dos que não acreditam no islã.

Aqui temos um ponto focal: se um muçulmano assassinar outro muçulmano, vai para o Inferno. Então como justificar as guerras entre eles e o terrorismo suicida entre muçulmanos? Sendo o suicídio também punido com a danação no Inferno? Aliás, somente os sunitas são terroristas suicidas. A primeira definição dos clérigos jihadistas das escola de pensamento Salaf (ou Salafi, Salafistas) de grupos terroristas foi chamada de TAKFIRISMO, criada pela Irmandade Muçulmana do Cairo (fundada em 1928). Kufar, ou kafir é um infiel. Takfir é tornar alguém infiel. Assim os clérigos criavam uma afirmação teológica de que os alvos do ataque não eram mais muçulmanos e sim infiéis. Isso evoluiu para o conceito muito mais simples e direto: aqueles que morrerem no ataque eram infiéis, aqueles que sobreviveram eram muçulmanos, pois a primeira definição takfiri não explicava como infiéis sobreviviam. Na versão atual, emanada do Corão, um mártir sempre foi um mártir e é função daquela alma morrer realizar o martírio por Allah, levando com ele tantos infiéis quantos forem possíveis. Em que pese o Quran definir que um mártir só faz isso dez vezes indo ao Paraíso e voltando para a Terra. Um muçulmano normal só volta no Dia do Juízo Final. Neste aspecto as três religiões monoteístas definiram exatamente a mesma coisa.

Para os xiitas, que seguem apenas o Quram e seus clérigos, os sunitas não são considerados muçulmanos, acusados de terem escrito o Sunan Profético para criar as respostas às situações que não gostavam do Quran, enquanto o Quran é considerado um livro “completo e perfeito” pelos xiitas, não admitindo acréscimos. Já os sunitas não consideram os xiitas como muçulmanos exatamente por não aceitarem os séculos de acréscimos posteriores. Existem outras nove escolas minoritárias de pensamento islâmico, todas excludentes. Os sunitas são a imensa maioria ente 1,4 bilhões de muçulmanos no mundo. Os xiitas, literalmente Xiat Ali (Seguidores de Ali, o genro de Maomé) são a maior minoria. Do total de muçulmanos, apenas 240 milhões são árabes.

[4:102] Para os incrédulos (infiéis), Allah preparou um castigo humilhante.

[5:17] Na verdade, blasfemam aqueles que dizem que Deus é Cristo, filho de Maria.

[5.33] A punição para aqueles que fizerem Guerra contra Allah e seu profeta e se esforce para fazer maldades na terra é apenas que eles deverão ser assassinados ou crucificados, suas mãos e seus pés deverão ser cortados em lados opostos ou eles deverão ser aprisionados.

[5:51] Ó você que acredita! Não tome os judeus e os cristãos como seus amigos e protetores: eles são apenas amigos e protetores uns dos outros. E aquele entre vocês que recorre a eles em busca de amizade é um deles; é certeza de que Allah não guia as pessoas injustas.

Ou seja, na primeira metade do século 7, já existia o mandamento para um muçulmano não fazer acordos com judeus ou cristãos, pois o faria deixar de ser muçulmano e passar a ser um deles.

[5.60] Diga (a todos): Devo eu informá-los da pior retribuição de Allah? Pior é aquele que Allah amaldiçoou e sobre quem lançou a ira Dele, e daqueles que fez a partir de macacos e porcos e daqueles que servem o Shaitan.

Ou seja, quando um clérigo muçulmano afirma numa mesquita que os judeus são descendentes de porcos e macacos, ele não está sendo “antissemita”, mas apenas repetindo o que foi escrito no Corão no século 7. Ademais, os judeus são servos de Satanás, e ponto final.

[9:5] Quando os meses proibidos tiveram passado, mate os idólatras onde os puder encontrar e faça-os prisioneiros, sitie-os (obs: cerque militarmente as cidades deles), e se deite em espera por eles em todos os lugares para montar uma emboscada. Mas se eles se arrependerem e praticarem as orações e pagarem o zakat (imposto), então deixe-os livres. É certo que Alla é o que mais perdoa e é misericordioso.

[47:4] Então, quando vocês encontrarem aqueles que não acreditam (infiéis não muçulmanos em batalha), atinja (os) pescoços deles até que você os tenha massacrado, então faça prisioneiros para depois obter resgate para diminuir os custos da guerra. Isto é um mandamento. Se Allah tivesse desejado, Ele poderia descarregar a vingança sobre eles [por Si próprio], mas [ele ordenou a luta armada] para testar alguns de vocês por meio de outros. E aqueles que morrerem pela causa de Allah, jamais ele deixará de atender as necessidades deles.

Portanto, o que vimos o Hamas fazer em Israel no dia 7/out/2023 é um MANDAMENTO, uma MITZVÁ do Quran, escrita na primeira metade do século 7 aplicada na primeira metade do século 21, por uma vertente jihadista que não acredita na paz e na convivência. Numa discussão num perfil evangélico parte das pessoas que comentavam escreviam: “Mas o Alcorão permite sequestrar pessoas?” Não só permite como manda fazer. Existe muito mais.


O Estado Islâmico - ISIS

O ISIS publicou 15 edições de uma revista denominada DABIQ logo que se instalou na Síria. Inicialmente não se entendia quem lá estava cortando cabeças de terroristas da Al Qaeda e as colocando em cercas de ferro numa cidade síria. Depois se entendeu que o ISIS era um split da Al Qaeda do Iraque que considerava Bin Laden um sujeito suave. A primeira atuação do ISIS foi a autoproclamação de um califa (o primeiro califa sunita desde 1921) e exigir que todos os muçulmanos do planeta jurassem fidelidade ao califa, podendo usar as mídias sociais para isso. Depois de alguns meses, todos os muçulmanos que não juraram fidelidade passaram a não ser mais considerados muçulmanos e sim pessoas sem religião. Ou seja, um grupo inicial de 10.000 pessoas decretou que 1,4 bilhões de muçulmanos passaram a ser pessoas sem religião.

A visão específica do ISIS é que o ser humano é monoteísta. Quem não é monoteísta não é um ser humano. Quem não tem religião não é um ser humano. O que se parece com um ser humano e evidentemente não é um animal só pode ser um demônio. E a guerra que travaram na Síria e Iraque foi dos verdadeiros muçulmanos, apenas eles, contra os demônios, pavimentando a chegada do messias muçulmano o Mahdi. Isso foi dito por eles no número um da revista Dabiq. Este nome é o local onde está prevista a batalha final entre o bem e o mal na narrativa islâmica. Várias batalhas entre muçulmanos e entre muçulmanos e Cruzados aconteceram em Allepo, na Síria. e em todas as ocasiões havia a certeza de que era a tal batalha final e que Dabiq era Allepo. Apenas esta cidade foi considerada como sendo Dabiq.

Mas os demônios que eles mataram em combate, assassinaram, executaram barbaramente e sequestraram, lá na Síria e no Iraque não eram nem judeus, nem cristãos, nem politeístas e sim as tropas sunitas sírias e iraquianas declaradas ateias, as tropas xiitas iraquianas, iranianas e do Hezbollah, declaradas ateias e civis sírios e iraquianos majoritariamente sunitas e a população Yazidi curda, monoteístas de religião própria (estes foram os únicos alvos não muçulmanos do Estado Islâmico na Síria e no Iraque.

Elevaram a ideologia takfirista a um outro patamar declarando a imensidão muçulmanas no mundo, não como infiéis, mas diretamente como demônios. Obviamente qualquer outra população, em qualquer outro país que não tivesse jurado fidelidade ao califa, composta por demônios, igualmente era. E não interessa se você não acredita. Eles acreditavam e os que restaram ainda acreditam.

Existiu um receio pelo fato do recrutamento e adesão ser pela internet e mídias sociais de grupos do ISIS florescerem em todos os países. Ao contrário disso, evidenciando que o martírio é parte do plano, talvez 150.000 a 200.000 pessoas se deslocaram de seus países e aderiram ao ISIS na Síria, inclusive brasileiros. Deste contingente 10.000 eram muçulmanos uigures da China de etnia turcomena. Entre os ocidentais a grande adesão, e pode ter chegado a mais de 70.000 pessoas, foi de católicos e evangélicos convertidos ao jihadismo através da internet. Deste contingente 110.000 foram mortos na Síria e no Iraque sem que o ISIS, como movimento, chegasse a lugar nenhum, mas o martírio individual destes 110.000 foi um fato relevante teológico de realização espiritual para cada um. Não procure lógica geopolítica porque não existe.

Alguns textos da revista Dabiq colocados na voz de Amirul-Mu’minin, que é um título e não o nome de uma pessoa, significando literalmente "Comandante dos que tem Fé" (aplicado aos líderes da Al Qaeda, do Talibã e do Estado Islâmico.

Amirul-Mu’minin disse: "Oh Ummah do Islã (comunidade de todos os muçulmanos do mundo), de fato o mundo hoje está dividido em dois campos e duas trincheiras, e não existe um terceiro campo presente. O campo do islã e da fé, e o campo dos kfur (descrentes, infiéis) e da hipocrisia. O campo dos muçulmanos e dos mujahidim (combatentes, guerreiros sagrados), e o campo dos judeus, dos cruzados, dos aliados deles, e com eles o restante das nações e religiões dos infiéis. Todos liderados pela América e pela Rússia, e sendo mobilizados pelos judeus."

Amirul-Mu’minin disse: “Portanto, apressem-se, ó muçulmanos, para (irem) o seu Estado. É sim seu Estado. Corram, porque a Síria não é para os sírios, e o Iraque não é para os Iraquianos. A Terra é de Allah. 'Na verdade, a Terra pertence a Allah. Ele faz herdar quem Ele quiser de Seus servos. E o [melhor] resultado é para os justos' [Al-A’raf: 128].

O Estado é um Estado para todos os muçulmanos. A Terra é para os muçulmanos, todos os muçulmanos. Ó muçulmanos em todos os lugares, quem quer que seja capaz de realizar a hijrah (emigração) para o Estado Islâmico, então deixe-o fazer isso, porque hijrah à terra do Islã é obrigatória.”

O Mensageiro de Allah (sallallāhu ‘alayhi wa sallam) (Mohamad) disse: “Vocês invadirão a Península Arábica e Allah permitirá que vocês a conquistem. Vocês então invadirão a Pérsia e Allah permitirá que vocês a conquistem. Vocês então entrarão em Roma, e Allah permitirá que vocês a conquistem. Então vocês lutarão contra o Dajjal (o Falso Messias islâmico), e Allah permitirá que vocês o conquistem.” [Sahīh Muslim] (coleção de hadiths do século 9 compilada pelo persa  ibn al-Ḥajjāj (815–875), parte da Suna, considerado o segundo livro mais importante para o islã sunita depois do Quran.


Sobre o Hamas

O Hamas foi fundado em 1988 e possui um estatuto. O grupo é oriundo da Irmandade Muçulmana do Cairo, fundada no Egito em 1928. Até aquele momento não existia o conceito jihadista, de guerra Santa. O Império Turco Otomano, muçulmano sunita não árabe, dominou o oriente médio de 1299 até 1917. Jerusalém, a partir de 1517. Inexistiu a jihad por mais de meio milênio. Ao mesmo tempo que as Potências Ocidentais redividem o Império Otomano pelo tratado de Sévres, de 1923, o jihadismo é criado, como resposta no Cairo, sob domínio britânico. E começam a matar judeus na Palestina do Mandato Britânico, sem qualquer conexão com um Estado de Israel que ainda estaria 25 anos futuro.

A Irmandade Muçulmana é a criadora do takfirismo, o dispositivo teológico islâmico que permite anular o caráter muçulmano (à revelia e sem conhecimento) dos muçulmanos que serão assassinados. O mais conhecido foi Anuar Sadat, fuzilado durante o desfile militar de 1981 em comemoração à vitória egípcia na Guerra do Ramadã (Guerra do Yom Kippur que eles perderam, mas venceram). Condenado a morte pela Irmandade Muçulmana por ter feito a paz com Israel. O autor do plano foi o médico pediatra egípcio Ayman al-Zawahiri. Depois seria o número 2 da Al Qaeda assumindo o comando quanto Osama bin Laden foi eliminado.

Portanto a Al Qaeda é originada na Irmandade Muçulmana em 1981, o Hamas em 1988, o Taliban durante e através da Al Qaeda no Afeganistão e o ISIS – Estado Islâmico na Síria-Iraque é um split da Al Qaeda no Iraque, por integrantes mais radicais ainda que consideravam a Al Qaeda muito suave.


No Estatuto do Hamas

Introdução, quinto parágrafo: “... Nossa luta contra os judeus é muito grande e muito séria.” (obs: não é uma luta contra os sionistas, contra os israelenses, contra os judeus religiosos ou de direitas política isentando os da esquerda política – a luta do Hamas é contra todos os judeus).

Artigo sete: “O Dia do Juízo final não virá até os muçulmanos combaterem os judeus (matarem os judeus), quando os judeus estiverem escondidos atrás de pedras e árvores. As pedras e árvores vão dizer ‘oh muçulmanos, oh Abdulla, tem um judeu atrás de mim, venha e o mate. Apenas a árvore Gharkad, não vai dizer isso porque ela é uma das árvores dos judeus.” (Isto faz parte dos escritos teológicos sunitas, uma das estórias (hadits) de al-Bukari. A árvore citada é uma espécie comum e curiosamente foi escolhida em votação popular como a árvore nacional em Israel há muitos anos atrás).

Artigo 13: “Iniciativas e as assim chamadas soluções pacíficas e conferências internacionais, estão em contradição com os princípios do Movimento de Resistência Islâmica. Abusar de qualquer parte da Palestina é abusar diretamente contra a religião (islâmica). O nacionalismo e a o Movimento de Resistência Islâmica são partes de sua religião. Seus membros se alimentam dela. Por uma questão de içar a bandeira de Allah sobre sua terra natal, eles lutam. Allah vai prevalecer, mas a maior parte das pessoas não sabe.”

(segundo parágrafo do artigo 13) “Não existe solução para a questão palestina exceto pela Jihad (Guerra Sagrada). Iniciativas, propostas e conferências internacionais são todas uma perda de tempo e esforços em vão...”

É muito claro que desde sua fundação o Hamas descartou a paz e preconizou o terrorismo, a luta, a guerra e o conflito. Qualquer governo, grupo político partidário, ou mesmo os judeus de esquerda política que SE RECUSAM A ACEITAR O QUE O HAMAS ESCREVE só podem ser classificados como “ingênuos extremistas”. Não existe paz pelo lado do Hamas. É simples assim. O Hamas se pauta pelo estatuto dele há 35 anos, enquanto o ocidente progressista fica a ver flores, abelhas e borboletas.

Artigo 22: diz que os judeus, através do dinheiro assumiram o controle de todas a mídias, criaram revoluções para “ceifarem” os frutos, estiveram por trás da Revolução Francesa, da Revolução Comunista e da maioria das revoluções das quais se ouviu falar. Criaram sociedades secretas como a Maçonaria, Rotary Club, Lions Club para sabotar as sociedades e obter os interesses sionistas. Com o dinheiro controlaram os países imperialistas e os instigaram a colonizar países para explorá-los a espalhar a corrupção.

Os judeus estiveram por trás da Primeira Guerra Mundial para destruir o Califado (Império Otomano – o Califa foi deposto por um muçulmano sunita turco, o Ataturk, ao final de uma guerra civil e não por judeus), ganhando muito dinheiro com a guerra. Eles obtiveram a Declaração Balfour e criaram a Liga das Nações através da qual dominaram o mundo. Os judeus estiveram por trás da Segunda Guerra Mundial para ganhar dinheiro com os armamentos e pavimentar o caminho para o Estado deles. Foram os judeus que instigaram a troca da Liga das Nações pelas Nações Unidas com o Conselho de Segurança para permitir a eles dominarem o mundo. Não existe uma só guerra no mundo sem o dedo dos judeus.

(Se alguém não entender que o Hamas se posiciona contra todos os judeus desde o início e isso não é uma questão política, mas racista religiosa, então esta pessoa é mal-intencionada.)

Artigo 28 – “… Não podemos deixar de relembrar a cada muçulmano que quando os judeus conquistaram a Cidade Sagrada em 1967, eles se puseram na entrada da mesquita de Aqsa e proclamaram que Maomé está morto, e seus descendentes são todas mulheres.”

(Tenho certeza de que você não acredita que isto possa estar num estatuto de um grupo muçulmano palestino. Mas está. De onde eles tiraram essa estupidez é impossível saber. Em 1929 Haj Amin Al Husseini, o mufti – autoridade religiosa islâmica de Jerusalém, colocada no cargo pelo governador britânico e não por muçulmanos, ex-tenente do exército Turco na WWI e afiliado à Irmandade Muçulmana -, comandou um pogrom contra os judeus de Hevron, Jerusalém, Haifa e outros lugares, instigando os muçulmanos com o libelo de que os judeus iriam destruir Al Aqsa. Agora em 2023, o Hamas continua dizendo a mesma coisa. Al Aqsa, o Domo da Rocha e toda a Esplanada das Mesquitas são controladas pelo Waqf, autoridade religiosa muçulmana da Jordânia, desde a Guerra dos Seis Dias, em acordo direto firmado por Moshé Dayan.

Artigo 15 - "É necessário incutir na mente das gerações muçulmanas que o problema palestino é um problema religioso e deve ser tratado com base nisto". Aí vem setores humanistas, progressistas, de esquerda judaica e não judaica e não judaica, como IBI, que publicam que o conflito entre palestinos e israelenses não é um problema religioso. Repetindo o que o ministro das relações exteriores da Arábia Saudita declarou em entrevista na TV, "Os europeus e ocidentais são uns idiotas quando imaginam que sabem mais sobre o Oriente Médio e sobre o islã, do que nós". O Hamas diz que o problema é religioso e o IBI no Brasil diz que não é.

Artigo 31: "Paz e silêncio não seriam possíveis exceto por debaixo da asa do islã. A história passada e presente é a melhor testemunha disto. É dever dos seguidores de outras religiões parar de disputar a soberania do islã neste região, porque o dia em que esses seguidores assumirem não haverá nada além de carnificina, exílio e terror." Mas o IBI no Brasil diz que o problema não é religioso...

Artigo 32: "O plano sionista é ilimitado. Depois da Palestina os sionistas aspiram expandir-se do Nilo ao Eufrates. Quando eles tiverem digerido a região que ultrapassaram, eles aspirarão uma maior expansão, e assim por diante. Seu plano está incorporado nos 'Protocolos dos Sábios de Sião' e sua conduta atual é a maior prova do que estamos dizendo." Quem, vendo apenas a propaganda pró Hamas no mundo, poderia imaginar que no estatuto deles, se justificam nos Protocolos dos Sábios de Sião, uma comprovada falsificação cristã russa ortodoxa, criada pela polícia secreta (Okarna) do Tzar Nicolau, imperador russo, em 1903, baseado num livro de 1895 que tinha a ver com Maquiavel e Mostesquieu conversando no Inferno? O livro de 1895 não é contra os judeus. Assim, para o Hamas os judeus pretendem dominar o mundo, que é libelo antissemita centenário e deplorável.

Existe mais, porém isso é o fundamental.

A saber, a expressão original do Grande Israel, que nunca foi pretendido pelo sionismo, mas sim por alguns grupos minoritários tem duas versões diferentes. A da direita judaica dos anos 1921 a 1948 pretendia o território total da Palestina do Mandato Britânico, mesmo quando a Inglaterra já tinha realizado, unilateralmente, a Primeira Partilha da Palestina, criando o Reino Hashemita da Jordânia em 1921. É o mapa abaixo em poster do Irgun de 1947. Em qualquer lugar da Internet onde se encontre este poster ou este desenho de mapa, vai estar escrito "do Nilo ao Eufrates", mesmo que o mapa não mostre isso, em absoluto. São legendas simplesmente mentirosas, fakes.



A segunda é uma visão religiosa ortodoxa judaica despojada de qualquer senso de geografia, numa alusão ao Reino de Salomão há 3.000 anos atrás. Todavia o Reino de David não ia do Rio Nilo ao Rio Eufrates e sim do RIO DO EGITO. Contemporaneamente todos imaginam que o Rio do Egito é o Nilo. Mas não é. O Rio do Egito, como pode ser encontrado em mapas do século 19 para trás, é o Wadi Gaza, bem no meio da faixa de Gaza e o Rio Eufrates referido, que todos imaginam que seria lá em Bagdá, é de fato o ponto norte dele, acima de Alepo na Síria. Seja qual for a interpretação nunca ela fez parte do sionismo nem da política do Estado de Israel.

As 3 opções de mapa do Grande Israel Bíblico do Rei David, A, B e C.
 Ainda assim sem sentido algum no mundo contemporâneo.
É apenas um sonho místico e não um projeto político.


O mapa mentiroso do Grande Israel na visão antissemita.



Jihad Islâmica

Em pronunciamento por escrito no dia 5 de abril de 2024, o texto começa desta forma:

"{E não pense que aqueles que foram mortos pela causa de Allah estão mortos, antes, eles estão vivos com seu Senhor, sendo providos.}"

Isto vai ao encontro do texto do Livro da Jihad como visto mais acima no texto, mostrando que a crença é absolutamente válida e normal entre eles.


O Tormento no Túmulo e as 72 virgens no Paraíso

Primeira definição: não existe a promessa de um mártir receber 72 virgens no Paraíso, no Corão. Ela é derivada de interpretações e tradições não canônicas, principalmente de algumas narrativas conhecidas como hadiths. Os hadiths são relatos das palavras, ações e aprovações atribuídas ao Profeta Muhammad e são uma fonte importante na compreensão e prática do Islã. Foram compiladas ao longo de vários séculos após a morte de Maomé e funcionam como a Mishná, a tradição oral judaica. No entanto, sua autenticidade varia, e nem todos são considerados igualmente confiáveis. A ideia das 72 virgens é proveniente de alguns desses hadiths, mas é vista como controversa e questionada por muitos estudiosos islâmicos, especialmente devido à falta de autenticidade verificada.

A ideia em si sobre as recompensas no Paraíso para os mártires é mencionada em vários hadiths, mas a especificidade do número de virgens pode variar. Alguns dos hadiths que são frequentemente associados a essa crença incluem narrativas que falam sobre as recompensas celestiais para os crentes piedosos e mártires.

Ibn Kathir em sua Tafsir da Surah Al-Rahman (55), verso 72, afirma que o Profeta Maomé disse: “A menor das recompensas para as pessoas no Paraíso é uma morada onde existem 80.000 servos e 72 esposas, sobre os quais fica um domo decorado com pérolas, águas-marinhas e rubis”. É daí que vem a ilação do conceito das 72 virgens, tentando interpretar o místico através da lógica onde esposas, só podem ser virgens. Já sobre os 80.000 servos, é melhor deixar isso para lá.

Outros hadiths mudaram o caráter: esposa é uma coisa, virgens são outra coisa. E criaram a figura da houri, uma virgem mágica de olhos negros cuja função é praticar o ato sexual com o mártir e permanecer virgem para a próxima vez. Com uma esposa, ou 72, a relação seria mais, digamos, convencional e não mágica. Outros hadiths definem que a ereção do mártir é será permanente, para dar conta das 72 virgens. Isso pode parecer até uma declaração estranha, mas para alguns setores muçulmanos ela é aceita. E esta é a grande questão. No hadith original citado acima Maomé disse “pessoas” e não “mártires”. Dentro da escola de interpretação jihadista o privilégio é só para os mártires. E não importa se você não acredita nisso. O que importa é que os mártires sunitas acreditam nisso.

Ainda nos anos 2000, o FBI encontrou um manual de recrutamento da Al Qaeda nos Estados Unidos, durante uma prisão e o colocou de forma pública no portal deles. Lá, está claramente determinado que não se deve recrutar nenhum muçulmano que seja frequentador diário das mesquitas ou que seja conhecedor do Corão. O alvo para recrutamento é o frequentador ocasional ou o muçulmano afastado sem contato com a religião, ao qual se pode incutir uma filosofia e teologia jihadista que difere da main stream islâmica tradicional. Tendo o candidato pouco ou nenhum conhecimento, vai aceitar o que seus clérigos disserem.

Já há alguns anos que a crença de que o mártir irá ao Paraíso ficar com 72 virgens, mesmo que inexistente nesta forma explícita dentro do Islã sunita se tornou verdadeira para quem acredita nela. Então a pergunta necessária é: o que se diz para uma mulher-bomba suicida? É simples: é dito a ela que vai se transformar numa houri, numa das 72 virgens eternas no Paraíso. Novamente: não importa se você não acredita nisso: elas acreditam. Isso foi revelado em interrogatório por uma mulher bomba que foi presa antes de acionar os explosivos.

Fosse apenas isto, seria simples. Como então explicar que adultos, adolescentes e até crianças, peguem facas e partam para matar judeus em Jerusalém e serem mortos após conseguir esfaquear alguém ou tentando esfaquear alguém? Porque uma mãe, um pai, avós aceitam que suas proles pratiquem operações de martírio, comemorem que seu ente querido seja um mártir depois disso?

Existe uma pensão, uma compensação financeira mensal, para a família, esteja o mártir morto ou preso em Israel. Um bolsa-martírio. Isso ajuda, todavia não explica.

O Islã, como um todo tem uma crença do que se chama TORMENTO DA MORTE ou TORMENTO NO TÚMULO. Entre a morte e sepultamento corpo e alma estão juntos e sentem tudo que acontece. No momento do sepultamento a alma é recebida, ali mesmo à cova, por dois anjos maus que a vão julgar. O julgamento é com perguntas sobre a prática religiosa. Se a pessoa pratica como deve e praticou a jihad pessoal ao longo da vida a alma vai para o Paraíso e a sepultura será larga e confortável. Mas se a pessoa pecou, por menor que tenha sido o pecado (e aí tem aquela questão de todas as pessoas serem transgressoras, em qualquer religião) a sepultura será extremamente apertada, a alma vai para o Inferno e pior, o peso da terra vai quebrar as costelas que vão perfurar a carne e os vermes vão comer o corpo e tanto corpo como a alma vão sentir absolutamente todas as dores decorrentes disto. Terrível, não é?

Para os católicos a frase é simples: quem não pecou que atire a primeira pedra! O que jogou a primeira pedra estava mentindo, certamente. Sendo assim, O TORMENTO NO TÚMULO indica ao muçulmano que depois de morto, morte normal, por doença, acidente ou crime, a coisa vai ficar muito complicada e dolorida. Sim, Allah pode interromper os tormentos. E aí surgem as exceções mais profundas e pouquíssimo comentadas que incentivam o martírio.

O mártir está livre do TORMENTO NO TÚMULO! Uau, espetacular. Os pais de três filhos que ainda não chegaram a puberdade e morreram, estão livres do Tormento no Túmulo, portanto enquanto a civilização ocidental se compadece de crianças palestinas do Hamas mortas, a visão deles não é exatamente esta. O mártir pode nominar 72 familiares (quando estiver com o Profeta no Paraíso) que serão poupados do Tormento no Túmulo. E poderá escolher entre eles 10 que irão para o Paraíso, quando morrerem, não importa a causa da morte. É muito duro escrever sobre isso e afirmar que um garoto de 14 anos ou uma menina de 15 que pegam uma faca de cozinha para atacarem judeus e serem mortos pela polícia, ou mulheres fingindo que tem bombas apenas para serem abatidas por policiais como aconteceu recentemente no metrô de Paris e não em Jerusalém, acreditam absolutamente nisto e estão realizando a operação de martírio, não para libertar a Palestina, não para proteger a mesquita de Al Aqsa, não para varrer os judeus para o mar, não para criar um mundo só islâmico, mas para obterem as benesses teológicas além da vida citadas acima.

Por isso tudo explicado e explicitado acima cada uma das vítimas palestinas do Hamas que morreram nos ataques israelenses de retaliação sobre o dia 7/out/2023, e cada vítima palestina das várias outras guerras contra Israel que eles lançaram são mártires, mortos em combate com o inimigo, livres do Tormento da Morte, livrando 72 parentes do Tormento da Morte e indo ao Paraíso, numa consumação alucinada da Pirâmide de Maslow, onde o objetivo do ser humano é a realização espiritual. Eles se realizam na morte por Allah.

Não importa se você não acredita. Eles acreditam e acreditam muito. Sobre esta questão de não acreditar nas "certezas" sobrenaturais e além da vida dos muçulmanos, por favor, olhe para si mesmo. Seja você católico, cristão, kardecista, judeu, ou de religiões de matriz africana, ou hindú, ou sick, ou de religiões orientais japonesas, coreanas ou chinesas, ou mórmon, ou seja qual for, você tem crenças sobrenaturais e além da vida. Por que imaginar que as suas são verdadeiras e as deles não? Apesar disso ser comum, entre os seres humanos (a minha religião é verdadeira e a do outro não é), trata-se de uma consideração muito equivocada, pois cada nicho religioso tem suas certezas sobrenaturais e além da vida e as pessoas inseridas nestes nichos agem de acordo, sempre, com suas próprias crenças. Novamente, olhe para você mesmo, para conseguir entender o outro.

E isso nos leva ao discurso do Nasrallah que se imaginava iria incendiar o cenário, mas não foi a lugar nenhum, exceto ao afirmar que ao contrário do que esperavam dele do Hezbollah entrar na guerra, o grupo estava já na guerra desde o dia 8 de outubro. Apenas escaramuças, foguetes de RPG lançados contra áreas abertas, um punhado de mísseis lançados sem nenhuma consideração tática e hoje, dia 11 de novembro de 2023, já com 68 combatentes do Hezbollah mortos. Lançam foguetes, a artilharia ou aviação de Israel atingem a equipe instantes depois. Ao contrário dos sunitas, os xiitas realizam o martírio apenas em combate franco e aberto. Pode parecer algo bizarro afirmar que a declaração de Nasrallah confirma que desde o primeiro dos 68 mortos, todos são mártires, escaparam dos Tormentos da Morte, livraram 72 parentes dos Tormentos da Morte no futuro e estão no Paraíso. Tanto que Nasrallah, em nenhum momento reclamou que seus soldados estão sendo mortos pelas forças de defesa de Israel. Porque morrer em martírio faz parte do plano.

Morrer em martírio permite salvar seus entes querido do Martírio no Túmulo e isso não é pouco. Mesmo que não vão todos ao Paraíso, escapar das punições é um privilégio.

HADITHS BÁSICOS COMO REFERÊNCIA

169th âyat-i karîma da Âl-i ‘Imrân Sûra, “Não pense que aqueles que foram mortos por Allah, como mortos. Ao contrário, eles estão vivos” (Al-Qawl-ul fasl)

Estudiosos islamicos disseram que a vida no túmulo é parte da vida que virá e que o tormento no túmulo é um dos tomentos da vida que virá (Maktûbât-i Rabbânî)

“O tormento no túmulo é verdade.” [Bukhârî] (Bukhari é uma das duas principais coleções de hadiths.

“Allah criou algumas pessoas para que elas atendam as necessidades de outros. Pessoas que se dedicam às necessidades dos outros estão a salvo do tormento no túmulo.” [Tabarânî]

“Um mártir está a salvo do tormento no túmulo.” [Ibn Mâja, Bayhaqî, Imâm-i Ahmad]

“O túmulo de uma pessoa que não pratica namâz (as cinco orações diárias) será cheio de fogo, que vai queimá-lo dia e noite. Um tinnim (dragão-serpente demônio criado por Allah para torturar infiéis e pecadores), vai mordê-lo em cada momento do namâz (ou seja, cinco vezes por dia). [Qurrat al-‘uyûn] (obs: se alguém precisa de um reforço positivo para ir a mesquita e fazer as cinco orações diárias, nada melhor que esse.

Hadrat Imâm-i A’zam (falecido no ano 767 quando era o líder supremo sunita, declarou: “A alma sendo retornada ao corpo no túmulo, o túmulo esmagando os infiéis e alguns muçulmanos pecadores e o tormento no túmulo são verdades”. [Qawl-ul fasl].

Hadrat Imâm-i Rabbânî (1563-1624) um dos maiores estudiosos islâmicos, declarou: “A sepultura esmagando o corpo vai acontecer. “ (Maktûbât-i Rabbânî, Vol. 3, Carta 17).

Imâm-i Ghazâlî (falecido em 1111) um dos maiores juristas sunitas, persa, declarou: “O tormento no túmulo será infligido tanto no corpo como na alma.” (Ihyâ-i ‘ulûmiddîn)

Todas as citações além destas em https://www.myreligionislam.com/detail.asp?Aid=5844

A lista completa de versos jihadistas do Quran pode ser vista em https://www.answering-islam.org/Quran/Themes/jihad_passages.html

O QUE O HAMAS NÃO CUMPRE DE SUA PRÓPRIA FÉ
Existe um livro teológico muçulmano específico sobre a guerra. É o livro 19 da Suna: KITAB AL-JIHAD WA'L-SIYAR - "O Livro da Jihad e das Expedições" (todas as guerras travadas durante a vida do Profeta).

2:190 - E lutem por Allah contra aqueles que lutam contra vocês e não ultrapassem (transgrida) os limites. Realmente Allah não ama os transgressores.

4:76 - Aqueles que acreditam lutam por Allah e aqueles que não acreditam lutam pelo demônio. Então lute contra os amigos de Satan; a estratégia do demônio é de fato muito fraca.

O Sagrado Profeta (que a paz esteja sobre ele) deu instruções claras sobre o comportamento do exército muçulmanos. Ele disse:

"Preparem-se para a Jihad em nome de Allah e pela glória de Allah. Não ponha as mãos em velhos a beira da morte, em mulheres, em crianças e bebês..." (obviamente o Hamas violou uma determinação direta do Profeta Maomé.

"... Vocês não podem mutilar corpos do mortos, nem matarem uma criança, uma mulher, nem um homem idoso. Não danifiquem árvores, não as queimem com fogo, especialmente as frutíferas. Não mate o rebanho do inimigo, preserve para sua alimentação. Se você passar poar pessoas que dedicaram suas vídas a serviços religiosos (sacerdotes, clérigos), deixe-os em paz." (obviamente o mandamento do Profeta Maomé de não matar crianças, mulheres e idosos nada diz ao Hamas).

4319 e 4320 - Uma mulher foi encontrada morta depois de uma das batalhas; então o Mensageiro de Allah (Mohamad) desaprovou (4319) e proibiu (4320) matar mulheres e crianças. (mais uma ordem direta do Profeta que o Hamas não segue).

4321-4322-4323 - são um questionamento por terem acontecido mortes de crianças em batalha durante um ataque noturno a politeístas e elas teriam sido pisoteadas por cavalos; o Profeta afirma que não tem problema (e isso é usado para determinar que se as mortes de mulheres e crianças inimigas não forem intencionais, é permitido).

ISRAEL PERTENCE AOS JUDEUS - É O QUE ESTÁ NO KORAN - MAS O HAMAS TAMBÉM NÃO CUMPRE ISTO

Koran (5:21), “Ó meu povo! Entre na Terra Santa que Deus decretou para você e não dêem as costas a sua fé, caso contrário vocês serão derrubados como perdedores.”

Muhammad ibn Jarir al-Tabari (838-923 EC), um comentarista clássico do Koran, escreveu que a observação é “uma narrativa de Deus… sobre as palavras de Moisés… à sua comunidade dentre os filhos de Israel e sua ordem para eles seguindo a ordem que Deus lhes deu, que entrassem na Terra Santa”.

Al-Tabari, foi o fundador da "tafsir", a ciência da exegese (explicação sobre o Koran). Na virada do século 8 para o 9, portanto ANTES da redação do Livro da Jihad, ele definiu: "Uma das regras chave da exegese islâmica pela qual o estudo islâmico está ligado é que a autoridade PARA INTERPRETAR, reside apenas nas mãos do Profeta e dos que acompanhavam o Proeta (Maomé). Ninguém pode ir ao texto e interpreta-lo livremente para seus próprios propósitos. Isso é realmente importante porque o se o Profeta ou um de seus companheiros deu uma interpretação, nós estamos comprometidos com ela." E obviamente o Hamas ignora isso solenemente.


GUERRA IRÃ X IRAQUE KHOMEINI RETIRA CRIANÇAS DOS PAIS E MANDA PARA A BATALHA
É um fato que o aiatolá Khomeni, líder da Revolução Islâmica (xiita) no Irã editou uma fatwa que permitia crianças serem enviadas para a guerra sem o consentimento dos pais. Durante a Guerra Irã x Iraque milhares de meninos foram retirados de sala de aula e levados diretamente para instalações militares, cumprindo a fatwa. Não recebiam treinamento. A missão destas crianças era avançar por campos minados de Saddan Hussein, explodindo as minas e morrendo. Crianças órfãs também tiveram o mesmo destino. Isso foi feito pelo Irã para preservar a vida dos soldados adultos. Absolutamente nenhuma ONG, partido político ou país, contestou esta prática no Irã. Não é possível saber se esta fatwa foi revogada ou ainda está em vigor.








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