Sem tirar os submarinos de Israel, um avião com míssil ar-mar, manda essa fragata para o fundo poucos minutos depois de receber a ordem. Então qual é o problema?
Se algum de vocês lembrar de um texto antigo meu quando eu mostrava como seria o ataque nuclear terrorista aos Estados Unidos, mais especificamente Nova Iorque, ou São Francisco, ou contra as principais cidades portuárias européias como Roterdã e mesmo Londres, já sabe o que vou dizer. Se não: aprenda.
Nada mais simples que enfiar uma arma nuclear num conteiner e explodir antes do navio atracar, ou seja, antes de qualquer controle possível. Exploda ao passar pela Estátua da Liberdade ou debaixo da Golden Gate. Ou no rio Tamisan a 20 km de Londres, ou na entrada de Roterdã na Holanda. Bum! Está feito. Sem defesa. Sem sinal anterior. Sem possibilidade de antecipação.
Então é mais simples ainda colocar essa arma num navio militar, virar a direita quando estiver em águas internacionais no Mediterrâneo, dar força total e explodir o mais próximo da costa de Israel que conseguir chegar. As águas internacionais estão a cerca de 32 km da costa. Uma fragata dessa em força máxima deve conseguir fazer 1 km por minuto. Uma explosão nuclear no mar, sem obstáculos, além da onda de choque, prova com tsunami. É um cenário horrível. Mesmo que o navio seja atacado, o artefato poderá ser explodido de diversas formas e... Israel termina. Não totalmente devastado, mas contaminado. Tel Avi ou Haifa, dependendo de onde for, acabam mesmo. Não haverá o que fazer.
Ahmadinejad está dizendo o tempo todo que irá varrer Israel do mapa. Fica mostrando mísseis cada vez mais poderosos, mas o ataque não deve ser tão óbvio assim. O navio me preocupa e assusta. Não podemos imaginar que não está na ideologia xiita o suicídio ritual, pois não está mesmo. Mas o martírio em combate está presente e foi muito utilizado na Guerra Irã-Iraque.
E se vimos que no caso da Flotilha turca Israel agiu de forma militarmente burra e errada, o cenário fica cada vez mais complicado. A alternativa correta, para defesa de Israel seria afundar os navios quando entrassem no Mediterrâneo e aí vem a armadilha: não teriam arma nuclear alguma e Israel teria cometido uma agressão "bárbara" que levaria a uma imediata declaração de guerra iraniana.
Sinuca de bico? O que você faria? Qual seria sua decisão? Me sinto mal sabendo que isso ocorre no instante da troca do Estado Maior do IDF e quando o novo vice, deste grupo de generais, declarou publicamente que os distúrbios nos países árabes foram determinados por Deus. Será que as palavras Sodoma, Gomorra, Dilúvio, Cruzadas, Inquisição, Holocausto também determinadas por Deus contra nós (na visão ultra-ortodoxoa), não lhe dizem nada?
Espero estar gordamente enganado.
José Roitberg - jornalista
Um comentário:
No fim das contas, os navios iranianos não fizeram a provocação. Mas no dia que escrevo este adendo, há uma notícia circulando a partir da própria mídia iraniana, dando conta de que sua marinha está colocando mísseis mar-terra nos navios militares com funções de não-combate direto, como eram os navios do caso acima. Por outro lado, Israel mais um submarino Dolphin alemão, este com capacidade para lançar armas nucleares (notícia completamente aberta das agências internacionais)
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