Considerações sobre História do Rio de Janeiro e dos Judeus no Rio de Janeiro, edição em vídeo, informática, fotografia e outras tralhas
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Senhor ladrão, por favor confirme
Como pode uma empresa que está sendo multada em 300 milhões de reais agir de forma tão débil mental? Então o cliente não tem credibilidade e a Claro espera que o ladrão responda ao torpedo com um "sim, este telefone foi roubado, por favor desative-o e libere a cliente de qualquer responsabilidade..."
Eu nem acredito no que estou a relatar. Mas é a vergonhosa verdade da relação telecomunicações X cliente, num Brasil onde nem todas as áreas podem ser desregulamentadas ou deixadas ao seu próprio bom senso. Só um caso destes (imagine quantos são por dia) deveria fazer dobrar a multa dessa empresa que opta por ser safada e desrespeitar quem paga suas contas. Prefere ser cordial com o ladrão.
E aprovetiando. Hoje se vc entrar no site da Amazon americana, vai encontrar uma promoção da gigante da telecom AT&T que não conseguiu entrar no Brasil oferecndo Blackberries e super telefones de 450 a 600 dólares, por apenas um centavo, na compra de um pacote de telefonia celular. Vivemos numa teletranbicagem das mais insuportáveis.
José Roitberg - jornalista
terça-feira, 28 de julho de 2009
Ahmadinejad deve ser bem recebido no Brasil
Relações internacionais e diplomacia são jogos de cachorro grande. Não há respostas verdadeiras para as perguntas. Não há certezas. Não há nada simples. Não há nada preto e branco. As coisas na maior parte das vezes não são o que parecem, ou pior, são ditas mas não são publicadas, como ocorreu com a cobertura extremamente parcial e ignorante da grande mídia à este evento.
Tudo que os participantes falaram contra Israel (judeus e não judeus) foi publicado basicamente. Tudo que palestinos falaram contra palestinos e contra o Hamas, não foi publicado. Os comentários do ministro Celso Amorim foram pinçados e tirados do contexto. Ele falou por 34 minutos e as matérias apontam para quatro ou cinco linhas de coluna de jornal. Lamentável.
Nosso ministro das relações exteriores foi abertamente claro sobre a posição brasileira em relação ao Oriente Médio. Claro e público, mas não publicado. A frase que vimos hoje nos jornais foi mais ou menos: o muro construído nas áreas palestinas é insuportável... mas ele continuou e isso não foi impresso, "essa foi minha primeira impressão. Depois de alguns dias você se acostuma,,,"
Tudo que foi dito nestes dois dias sobre Ahmadinejad vindo ao Brasil ou lá em Teerã foi varrido do papel jornal, como se o que aconteceu não tivesse acontecido: negação da verdade, revisionismo do dia anterior. O representante da Turquia no evento foi enfático na ameaça nuclear do Irã à Turquia, à Jordânia, à Arábia Saudita, ao Egito e é claro à Israel. Disse que pela primeira vez desde sua independência um dirigente saudita foi à Turquia. O rei Faiçal foi duas vezes lá este ano e não foi para comprar tapetes. Lembre que Turquia e Israel possuem um acordo de cooperação militar válido e ativo.
Ahmadinejad deve ser recebido bem no Brasil porque somos brasileiros e tratamos bem as pessoas. Ahmadinejad não é inimigo do Brasil e é um falastrão no poder no Irã. Ele, pessoalmente, nada pode fazer para ditar a política de seu país. O Irã e seus projetos de conquista do mundo, de transformação de cada um de nós em muçulmanos é um sonho retórico, uma utopia islâmica irrealizavél de Estado e não de uma pessoa. Do Conselho de Aiatolás, não de um em especial.
Além disso para o estado Xiita dominar o mundo precisa eliminar os Sunitas, que são a maioria e o poder nos outros 53 países muçulmamos e encarar de frente a Al Qaeda, sua inimiga mortal. Se você fosse o líder do Irã e tivesse que escolher onde jogar a bomba, jogava em Israel matando judeus, cristãos, católicos e palestinos (isso não é problema pois são sunitas) ou jogava na cabeça da monarquia sunita que controla Meca e a Kaaba não permitindo a peregrinação obrigatória dos xiitas iranianos? O que é mais importante para um estado muçulmano conquistar? Jerusalém ou Meca? Saddam tentou. E também tentou varrer o Xiitas iranianos do mapa, numa guerra de 10 anos com 1 milhão de mortos. Quem tem o poder de resistir e retaliar: Jerusalém ou Meca?
Alguém em sã consciência sabendo da quantidade de mísseis norte-coreanos que foram levados de navio para o Iraque e para o Irã acha que os xiitas precisam perder tempo enriquecendo urânio para fazer sua própria bomba? Um país que fornece os foguetes tem as bombas. Se vende uns, vende outros.
Há uma avaliação de dois pontos sobre o terrorismo internacional: (1) se obtiverem arma química, radiológica, bacteriológica ou nuclear, vão usar e, (2) se usarem o mundo, todas as leis, sistemas de transporte, todas as relações internacionais e comerciais mudam e ninguém sabe para que lado - um ataque e a civilização atual muda para a nova realidade - talvez por isso ainda não tenham feito pois o grau de imprevisibilidade é total. Uma bomba hoje não destrói uma cidade: ela redefine a civilização, por menor que ela seja.
Por traz de Ahmadinejad há um sistema. Há diversos escalões políticos e operacionais para baixo e escalões religiosos para cima. Ahmadinejad não controla a Guarda Revolucionária e nem o Hezbollah iraniano ou libanês. Ele está no meio disso e é o porta-voz do que lhe dizem para falar. Testa de ferro para os conspiradores.
Ainda fico impresisonado com o alinhamento automático ocidental a favor dos rivais eleitorais de Ahamadinejad, ainda mais quando a menina de 16 anos morreu baleada numa das manifestações. Todas as outras mortes são irrelevantes e se opta por tornar algo emblemático porque alguém gravou. As outras mortes foram mais confortáveis para as vítimas ou seus parentes? Mas aquela oposição a ele é exatamente do partido que governava, planejou e executou os ataques contra a Embaixada de Israel e contra a Amia! Vou eu ter um segundo de consideração com este grupo político porque ele é contra o grupo de Ahmadinejad? Eles que se danem! Eles JÁ FIZERAM! Eles JÁ NOS MATARAM! Eles mandaram seus filhos e netos marchar sobre campos minados iraquianos para poupar seus soldados adultos. E fizeram isso tudo quietos! O Ahamdinejad fala para caramba. Suas primeiras declarações de negação do Holocausto fizeram o barril do petróleo disparar; A insistência, concursos, convenções mantiveram a alta. De uns meses para cá o que ele fala não afeta mais o preço do petróleo.
É complicado para os brasileiros entenderem que confirmadas as imensas reservas do pré-sal, o Brasil passa a ter a maior reserva mundial de petróleo (tirando o Alasca) num momento em que os países produtores tradicionais estão vindo rapidamente ladeira abaixo no gráfico de suas reservas. Nos anos 1970 tinha-se a certeza de que a essa altura já não haveria mais petróleo. Não há nada mais na região do Golfo Pérsico além do que existe neste momento. Aqui estamos começando e as empresas árabes, iranianas, americanas, inglesas, francesas, holandesas, japonesas, venezuelana e chinesas vão explorar petróleo aqui. Não imaginem por um minuto que isso não vai acontecer. O Brasil não dá conta sozinho nem do investimento nem da escala de produção. Vai ser um petróleo caro numa era de escasses. A balança do poder mundial vai mudar rápido, isso sem levar em conta o etanol brasileiro.
Ahmadinejad é fruto de um país, de uma ideologia. Se você quer reclamar, se você não concordar com o que o Irã é, proteste contra o Irã. Não proteste contra o porta-voz do Irã. Aquilo lá não é uma ditadura como alguns de seus aliados. Possui todas as instituições para o bem e para o mal. Para a nossa realidade e para a realidade deles. Não compre esse discurso de que Ahmadinejad é Hitler porque nega o Holocausto. Hitler foi Hitler por que realizou o Holocausto. Todos os líderes nacionalistas e panarabistas falaram a mesma coisa: Gamal Adbel Nasser, Saddam Hussein e até mesmo Anuar Sadat que atacou no Kippur, assinou a paz alguns anos depois e foi assassinado pelo embrião da Al Qaeda, um grupo egípcio radical islâmico onde estava Mohamed Al Zahawiri o atual número 1 ou 2 dessa excrescência taliban. A banalização de quem é um hitler de uns anos para cá já tirou até o significado do nome: o outro é um hitler, eu não.
Em português "radicais" já foram apelidados de xiitas, e depois de talibans. Hoje hitlers são lançados à direita, à esquerda e ao centro, dependendo de quem os joga.
O ministro Celso Amorim deixou bem claro que um dos pontos da visita recente de Lieberman o amado por poucos e odiado por muitos, ministro das relações exteriores israelense, foi o de pedir ao Brasil como um interlocutor aceito por Israel, pelo Irã, Síria, palestinos, Líbia e outros árabes, que mostre ao Irã que o caminho correto é o uso pacífico da energia nuclear, até por que eles precisam se preparar para o fim do petróleo deles enquanto podem. Não sei se você sabe mas a eletricidade no Irã é quase toda fornecida em usinas que queimam petróleo e o país nunca teve a visão para construir sequer uma refinaria: precisa importar todo seu combustível e milhares de derivados de petróleo, até para fabricar plásticos e asfalto. Todo o gás que tinha foi queimado e está queimando nos respiros dos poços. A matriz energética por lá é quase inexistente.
A idéia geral não é se preocupar com quem o Irã enforca ou deixa de enforcar segundo suas leis, mas impedir que Israel e outros países sejam atacados por uma arma nuclear, ou pior: que tenham que atacar o Irã e nunca saberemos se havia ou não arma nuclear envolvida. Conhecemos essa história com o Iraque. O necessário é impedir uma guerra de consequências imprevisíveis e não protestar contra violação de direitos humanos no Irã. Há 1 bilhão de muçulmanos para fazer isso, mas no fim das contas não fazem por que vítimas e algozes são xiitas iranianos enquanto os outros são em quase sua totalidade sunitas, logo, os xiitas que se danem, estando no poder ou na ponta da corda...
A interlocução do Brasil pode surtir efeito para levar o Irã ao uso pacífico da energia nuclear. Precisamos apoiar isso. Precisamos enxergar a geopolítica e não notícias picadas que nos levam a cometer graves erros de julgamento.
Na época das outras manifestações contra a vinda de Ahmadinejad ao Brasil eu não participei. Agora resolvi ser mais enfático pois já estou vendo circular aquelas bobagens de "vote na enquete..." A vitória cantada em verso e prosa foi qual mesmo? Alguém acha que o cancelamento da viagem teve algo a ver com as manifestações? Israel se pauta por um punhado de radicais brasileiros nas ruas gritando palavras de ordem? O Irã vai se pautar por um punhado de cidadãos brasileiros reclamando de sua política? Além disso, enquanto se davam tapinhas nas costas, toda a missão comercial iraniana já estava no Brasil - chegou antes. Todos os acordos foram assinados e a visita transcorreu sem nenhum incidente, protesto ou exposição na mídia. Mas, ELE não veio...
Amigo e amiga: a questão é a bomba não o burro.
José Roitberg - jornalista
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Vejam só a opinião grosseira e ignorante de um judeu reacionário
(esta é a segunda versão do texto - na primeira eu fiz umas generalizações e depois não me senti confortável com elas, até porque não posso atribuir a todos os comunistas e socilialistas as opiniões das entidades que assinam o manifesto original lá embaixo. Neste caso preciso generalizar sobre as instituições pois não há assinatura do responsável, portanto, o texto original foi emitido em nome de todos os membros de tais instituições. Tenho certeza de que suas lideranças não falam por todos os membros e peço desculpas por qualquer um que não concorde com suas lideranças e tenha se sentido ofendido pela versão 1 deste texto)
Vocês são uns imbecís!!!
Dizer que o líder máximo atual do islamo-fascismo mundial tem um discurso semelhante ao ministro israelense dsa relações exteriores???
Vocês acham que enganam alguém com essa propaganda comunista da época da sua avó?
Quer dizer que o Liberman quer varrer o Irã do mapa, quer eliminar os iranianos da face da terra, e se possível culpá-los pelo Holocausto, se é que existiu... Quer dizer que o Lieberman enforca homossexuais em execuções em massa em praça pública, transmitindo pela TV e publicando em jornais oficiais? O Lieberman manda enforcar pessoas encontradas bêbadas nas ruas? O Lieberman MANDOU EXPLODIR A ASSOCIAÇÃO MUTUAL IRANIANA EM BUENOS AIRES??? ICUF assinando isso???
Quero deixar claro que detesto o partido do Lieberman e as idéias que prega. Mas vocês tiveram uma bosta de 3,5%¨(se não me engano - Meretz) dos votos na última eleição em Israel. São uma minoria pelega, inimiga dos judeus! São aterrorizados pelo conceito da democracia! Continuam chamando a bosta do comunismo falido de "democracia socialista." A minoria perdeu, agora aguenta! Se perdeu é porque ninguém acredita nas babaquices de vocês.
Até hoje não consigo entender como pessoas cultas que nem vocês defendem um regime político que exterminou a religião judaica e todas as outras por praticamente duas gerações - no fim, fracassou como em tudo que fez. Defender tal ideologia é compartilhar com suas determinações, portanto são judeus suicidas que pregam sua própria perseguição e extermínio ideológico, social e das instituições comunitárias.
Como é que vocês são tão ingênuos a ponto de defender um conceito político ideológico de trucidou dezenas de milhões de seus próprios cidadãos, a maioria por se expressar contra o que vocês pregam ou simplesmente para utilizar sua população como mão de obra descartável?
Será que vocês não respeitam nem mesmo 20 milhões de soviéticos comunistas mortos na Segunda Guerra Mundial, 1,5 milhões dos quais judeus?
Será que vocês não respeitam os dezenas de milhares de oficiais soviéticos fuzilados no momento da captura pelos nazistas?
Não respeitam os comissários comunistas fuzilados sumariamente junto com os judeus nas aldeias e cidades soviéticas que iam caindo sob a bota nazi, e que constavam da mesma ordem operiacional: "eliminar imediatamente judeus e comissários do partido comunista."
Não respeitam os milhões de soldados, cabos e sargentos soviéticos, todos muito mais comunistas do que vocês, que foram trucidados pela máquina do Holocausto nos mesmos campos de concentração, trabalho escravo e extermínio?
Não falam porra nenhuma sobre a negação do Holocausto do Ahmadijedad!!!
Não respeitam nem os líderes comunistas que co-patrocinaram a partilha da Palestina e deram sua aprovação pública e decisiva para a criação do Estado de Israel. Na foto acima, o primeiro embaixador soviético junto com seus adidos militares ao entregar suas credenciais em Tel Aviv, em agosto de 1948 - a União Soviética foi a primeira a enviar embaixador para Israel. Em troca, Israel lhes enviou para Moscou, Golda "Meir" Meirsohn...
Vocês são um bando de ignorantes! Falem mais, falem muito essas asneiras.
(obs: se quiserem publicar em qualquer lugar, retirados ou não os palavrões, tem toda a autorização prévia, mas vejam se acertam o nome - um título bom é "Vejam só a opinião grosseira e ignorante de um judeu reacionário". Antes que vocês imaginem que essa autorização é arrogância minha o algo idiota pois eu sei que não publicarão, porque os covardes são vocês, eu estou publicando! Se este texto for publicado em qualquer outro lugar que não ICUF e ASA só autorizo se o texto original também for publicado, para que minhas palavras não sejam retiradas do contexto)
Ah, isso não é falta de educação, é o tal do diálogo que vocês tanto pregam. Vocês tem o direito de falar as merdas extremamente ofensivas de vocês e assim dão a qualquer um o direito de falar suas próprias merdas sobre o que vocês escrevem.
Grande abraço,
José Roitberg - jornalista
Boca no Trombone
Os indesejáveis
Avigdor Liberman, ministro das Relações Exteriores do atual governo de Israel, acaba de concluir viagem de dois dias ao Brasil. Líder do Israel Beiteinu, partido de extrema-direita que se caracteriza pelo discurso xenófobo e se opõe à criação de um Estado palestino, Liberman tem sido recebido com frieza e manifestações de repúdio pelos países onde tem passado.
Ironicamente, anuncia-se a visita ao Brasil de outro personagem sinistro: Mahmoud Ahmadinejad, presidente reeleito do Irã, cujo discurso guarda semelhanças com o do chanceler israelense na intolerância e no fanatismo.
São igualmente indesejáveis as presenças em solo brasileiro de políticos avessos ao diálogo e que constroem suas carreiras fincados na intransigência. O ódio deve ser condenado, seja qual for a bandeira sob a qual se abriga.
Rio de Janeiro, 23 de julho de 2009
Amigos Brasileiros do Paz Agora
ICUF - Ídisher Cultur Farband (Argentina)
ASA – Associação Scholem Aleichem de Cultura e Recreação
Meretz
terça-feira, 21 de julho de 2009
Ocultar autalizações no Windows Vista
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Google limitado a mil consultas....
Agora restam questões? Para que adianta o sistema dizer que eu tenho 146.000 mas so me permite ver 1.000? Será que tem 146.000 mesmo ou isso é cascata? Mandou eu mudar as palavras chave... Parece piada! Se eu mudar, como vou encontrar essas ous 145.000 tralhas...
Bizarro e inesperado. Clique na imagem para ver grande.
TV Pública no Brasil
Entendeu que lambança? O governo define como TV Pública a TV Estatal... Não tem nada de pública... É feita por órgãos do governo federal. TV Pública em qualquer lugar do mundo é a feita pelas pessoas. É a TV Comunitária, muitas vezes a cabo e com abrangência apenas até de bairro. É o espaço público para as pessoas organizadas ou desorganizadas da sociedade veicularem conteúdo.
Enquanto o governo federal tentar passar este conto da TV Pública Estatal insistindo no nome, o projeto é bom pois ao invés de digitalizar cada canal, haverá uma central de produção e difusão de TV Digital para todos os canais Estatais. Perfeito. Bastava apenas não tentar enganar todo mundo.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Hamas repete programa infantil que defende homens-bomba
Plantão | Publicada em 16/07/2009 às 10h53m
O Globo
RIO - Era para ser um programa infantil, mas o "Jovens Pioneiros", exibido pela televisão Al-Aqsa, do Hamas, é conhecido por forçar os limites do que a maioria das pessoas considera um conteúdo apropriado para crianças.
Um episódio do programa que gerou polêmica e que foi ao ar há dois anos retratava duas crianças palestinas assistindo a imagens na TV de sua mãe se preparando para a execução de um bombardeio suicida. O programa foi repetido recentemente, desta vez com plateia no estúdio.
O jovem âncora desafia: "E aqui nós dizemos ao ocupante (Israel) que vamos seguir a doutrina, a doutrina da mártir mujahida (guerreira sagrada) Reem Riyashi, até que libertemos nossa terra natal de suas mãos ilegítimas". Reem Riyashi matou quatro israelenses em um ataque na fronteira entre Gaza e Israel, em 2004.
No vídeo, uma atriz, interpretando o papel da mãe, prepara os explosivos para sua missão, enquanto ignora as perguntas de seus filhos sobre o que está fazendo. "Mamãe, o que você tem nas mãos: um brinquedo ou um presente para mim?", diz a filha.
A menina então vê uma reportagem sobre o bombardeio suicida e canta "Só agora eu entendo o que era mais importante do que a gente".
O grupo israelense de monitoramento Palestinian Media Watch condenou publicamente o programa quando ele foi exibido pela primeira vez.
Dr. Eyed Sarraj, um conhecido psiquiatra palestino que vive em Gaza, preocupa-se com o impacto da glorificação dos homens-bomba para as crianças. Segundo ele, as crianças em Gaza foram tão traumatizados pela violência entre Israel e Palestina que sua percepção de vida e morte é deformada.
A maioria da população na região pode assistir à TV Al-Aqsa se tiver o receptor de sinal certo, mas não é possível precisar quantos de fato sintonizam o canal ou quantos viram essas imagens. Como o produto é realizado pelo Hamas, é provável que a audiência seja mais restrita aos afiliados políticos do grupo.
Há dois anos, a emissora criou um personagem no estilo de Mickey Mouse que encorajava a "resistência violenta" contra Israel e simulava o uso de uma AK-47 e granadas.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Nazistas e Árabes
Bem a intenção nazista era de limpar a Alemanha de judeus. Para isso foram sendo retiradas por lei todas as possibilidades de sustento, trabalho, ensino, direitos políticos e convívio social. O conceito iniciado em 1933 era o de tornar a vida de 500 mil judeus num país de quase 58 milhões de pessoas, insuportável. Com isso, esperáva-se que os judeus imigrassem, fossem embora da Alemanha. Essa política deu certo e em setembro de 1941 quando a imigração passou a ser proibida, mais de 250 mil judeus tinham ido embora. Mortos entre 1933 e 1941 foram poucos, resultado de violência da SA e SS ou mais como criminosos políticos por serem comunistas do que por serem judeus. Por outro lado, na Polônia país recriado após a Primeira Guerra Mundial, com mais de 3 milhões de judeus em sua população, as agressões e matanças de judeus eram tão frequentes que geraram protestos de comunidades judaicas em vária partes do mundo como nessa pouco conhecida foto, de um protesto em Londres.
Após não conseguir se livrar de pouco menos de seus 250 mil judeus e encontrar mais 3 milhões na Polônia e 5 milhões na URSS (sobre os quais as forças alemãs realmente não conheciam o total, bem como de informações mais simples sobre as forças armadas soviéticas), os nazistas partiram imediatamente para as matanças rápidas com "grupos de ação" e muita ajuda de policiais, civis e militares dos países então "liberados" do jugo soviético, onde o antissemitismo se manifestava culpando os judeus pela revolução comunista, é implementada a Solução Final: a indústria de extermínio, roubo de propriedades e pertences mais inidividuais dos exterminados, seu reaproveitamento e reutilização e o encobrimento de toda a operação.
Onde eu quero chegar? Hitler, fechando o Parlamento Alemão assumiu todos os poderes e pode criar as leis que oficializavam a perseguição aos judeus. Ou seja: o antissemitismo nazista era legal, era um dever do cidadão e do Estado. Outros países também discriminavam minorias de forma pesada. Os EUA viviam no auge de seu apartheid. O Japão ocupava partes da Ásia continental e tratava as populações locais como sub-raça, sub-humanos, igualzinho ao tratamento nazi aos judeus. A Inglaterra e França tinham suas colônias africanas onde todo o tipo de racismo e discriminação ocorria. A URSS tinha uma das mais pesadas discriminações do mundo ou impedir a manifestação religiosa da população. Portanto, quem tinha direito ou vontade de reclamar do racismo do outro?
Com a possibilidade de promulgar qualquer lei necessária e fazer tudo dentro da legalidade constitucional alemã, Hitler nunca ousou passar um lei de expulsão dos judeus, o que era a intenção original do regime, pois isso, o mundo talvez não aceitasse. nenhum país estava expulsando ninguém naquela época. Então, podendo expulsar, de 1933 a 1941, o regime nazista não expulsou.
Mas apenas poucos anos depois, com a vitória das forças democráticas aliadas às socialistas, Israel é criado, atacado pelas nações árabes, que ao perder a guerra não hesitam: expulsam cerca de 750 mil judeus confiscando suas propriedades pessoais e comunitárias e removendo sua cidadania, tornando-os apátridas. Muitos vieram para o Brasil.
A medida que o mundo foi se abrindo para a democracia, o uso democrático da lei não foi questionado. Cada país tem o direito de legislar. E o que os nazistas não conseguiram fazer em 8 anos, os arábes fizeram quase completamente em alguns meses. Os judeus que restaram foram expulsos de vez em 1956.
Agora vemos a Venezuela, democracia para todos os efeitos, com uma câmara de partido único aprovando todas as decisões de seu líder, Chávez. Aprovando confiscos de terra e propriedade, cassações de concessões estatais, expulsão e nacionalização de empresas, termo semelhante ao da arianização nazista,perseguição aos jornalistas, fechamento de emissoras de TV e agora a promessa de acabar com as rádios não estatais na Venezuela, o que ele vai conseguir com certeza.
A cada semana ou mês, uma nova lei é aprovada e a "revolução" vai sendo feita dentro da legalidade, como pelos nazistas. Em relação a Comunidade Judaica Venezuelana estes anos de Chávez tiveram o mesmo efeito dos anos iniciais de Hitler. Usando o antissemitismo de quadros partidários em manifestações com palavras de ordem e pixando entidade judaicas, com abusos policiais sem sentido e sem efeito posterior contra entidades e lideranças judaicas, alianças com Irã e Síria, existência do Hezbollah da América Latina em seu território, o confisco do maior shopping center de Caracas antes de ficar pronto - era de propriedade de um judeu e construção por empresa judaica, com exposição racista mentirosa de rabinos e líderes comunitários na TV, com discursos ambíguos onde nunca se sabe o que ele realmente quer dizer (igualzinho o formato de trabalho da SS nos guetos europeus) o objetivo vai sendo realizado: cerca de metade da comunidade judaica venezoelana já abandonou o país.
Acada cerimônia relacionada com o Holocausto - Shoa - fica-se bradando: "Nunca Mais", mas o que nunca mais? O racismo e o antissemitismo ou apenas o extermínio? Bradar contra o extermínio é uma atitude que não leva a nada por parte do exterminado, ainda mais se você estiver no Sudão, no Darfur... E bradar um nunca mais contra o antissemitismo parece um brado contra o vento. Ninguém ouve.
José Roitberg - jornalista e diretor do Vaad Hashoa Brasil
Cinemas proibidos na Arábia Saudita
Membros da Al Qaeda presos no Kwait
Racismo em jornal do Paquistão
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Enem – MEC Pune Quem Respeita o Sábado Com Cárcere Privado
Escrevi um artigo anterior onde definia a violação constitucional criada pela marcação do ENEM para um shabat e ainda por cima em Sucot, importante data judaica. Essa violação era apenas do artigo quinto da Constituição no que diz respeito à liberdade de credo e culto, sendo o culto a expressão do credo no dia-a-dia. No Brasil ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em função da Lei. ENEM não é lei: é portaria do Ministério da Educação. Lei é algo elaborado coletivamente por nossos representantes eleitos, e aprovada por eles em nosso nome. Portaria é algo assinado por um ministro ou chefe de departamento como bem entender, sem submeter sua funcionalidade ou validade ao escrutínio da sociedade. E os brasileiros adoram portarias e não reclamam desta forma de legislar e estabelecer o controle – ilegal – sobre a sociedade.
Vou deixar claros alguns pontos. Eu não sou um judeu ortodoxo ou que se considere religioso. Estou defendendo aqui a Constituição Brasileira e não o direito deste ou daquele grupo. O artigo quinto, não fala dos direitos das minorias. Fala dos direitos individuais de cada cidadão. A Constituição é a Lei aprovada pela maioria que em nosso país preserva os direitos das minorias até o nível individual. Em vários países isso não acontece, principalmente nos "democráticos" comunistas ou teocráticos.
Dentro do judaísmo existe até uma definição para quem respeita o sábado, como definido na lei das leis, na lei que originou todas as outras, os Dez Mandamentos: "respeitarás o sábado." O judeu que respeita o sábado é chamado de "shomer shabat", o que guarda o sábado. Portanto há os que guardam, os que não guardam e os que guardam em parte. Uma minoria guarda completamente. Mas tratamos de direitos constitucionais individuais. Não se pode definir que todos os judeus religiosos guardam o sábado, pois não teríamos os ramos conservadores, liberais, reformistas e outras. Os ortodoxos são uma maioria entre os judeus religiosos.
O judaísmo tem três pilares: torah, avodá (trabalho) e guemilut hassadim (justiça social). Neste caso, avodá não é o seu trabalho para o seus sustento, mas o trabalho pelo judaísmo em geral, voluntário ou remunerado. As pessoas normalmente se dividem entre estes pilares e muitas conseguem atuar em dois deles, pouquíssimas em três. Mas são a essência do judaísmo e interdependentes: não existe um sem os outros dois. Quem está especificamente direcionado ao pilar torah, guarda o sábado.
Entre estes grupos e até mesmo alguns considerados ortodoxos há um relaxamento do que pode e não pode ser feito no sábado. Como exemplo, o deslocamento. Não é aceitável nas grandes cidades que uma definição religiosa de não usar veículos – de quando eram puxados por animais, pois o animal também deverá descansar no sábado, bem como os empregados e na época, escravos, até mesmo a terra - e se deslocar apenas a pé até a sinagoga se sobreponha à realidade das distâncias. Melhor ir com veículo que não ir.
Mesmo em grupos tidos como ortodoxos há uma visão de que o judeu deve fazer "o que é possível" dentro da sua realidade e do local onde vive. E isso basta. Não fazer o que é possível, para estes grupos é errado. Então quando há uma exceção como uma prova pública no shabat isso entra claramente no "desta vez não é possível guardar o sábado completamente" e isso deveria bastar – na minha opinião.
Para manter-se apenas dentro da lei judaica é preciso viver em alguns lugares bem específicos de Israel. Não imagine por um momento que Israel é um país que para no sábado. Lá é mais fácil e mais simples parar. Nos núcleos ortodoxos tudo para. Mas os serviços públicos essenciais, o serviço médico, bombeiros, polícia, todos os ramos militares e toda a estrutura de turismo não para. Alguns serviços ao público, como ônibus e trens, por exemplo, param por força de acordo sindical. O aeroporto, por outro lado, não para.
Agora que as inscrições para o ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio estão abertas escutei por aí que há um campo no formulário para o candidato marcar se respeita o sábado. Não há. Li em notas curtas em vários jornais brasileiros que o MEC fez um acordo com judeus e adventistas do sétimo dia: não fez. Apenas "disse" que há uma exceção. Não a encontrei em nenhum lugar do site do ENEM, nem no formulário de inscrição. Se está escondida dentro de um dos dois pdfs de legislação pouco me importa, porque uma exceção destas deveria estar claramente indicada, no bom portal que abriga tudo relacionado ao ENEM, algo, pelo menos como "últimas notícias." Não podemos assumir que as crianças que vão se inscrever entendam ou saibam manusear e abrir arquivos em pdf.
Neste caso a decisão do MEC publicada pela imprensa, aparentemente sem uma portaria ou qualquer texto oficial que a ampare, diz que tal aluno "poderá começar a responder a prova a partir do por-do-sol." Ora... Com isso o Ministério da Educação criou o crime anunciado, a punição coletiva criminosa com cárcere privado e tortura para quem respeita o sábado!!! Porque o aluno que optar por responder ao ENEM a partir do por-do-sol terá que se deslocar até o local de prova no horário normal (violando seu direito ao culto) e ficará em sala isolada das 12h30 até às 17h30, cinco horas de cárcere privado e tortura, aguardando o por-do-sol como punição por ser temente a Deus e cumprir seus mandamentos!!!
Essa situação é inadmissível tanto para indivíduos judeus quanto para indivíduos adventistas do sétimo dia, os atingidos por este serviço de deseducação federal! O agravante deste crime que o Estado Brasileiro está prestes a cometer é que será cometido por adultos contra menores de idade e aí vai-se também o Estatuto do Menor e do Adolescente! As leis rasgadas na frente de todos. Os direitos individuais jogados no lixo! Se o Estado puder jogar este ou aquele direito individual no lixo no momento em que desejar sem a reação da sociedade, o Estado se verá compelido a repetir e a violar outros direitos fundamentais individuais da mesma forma!
Isso não é um desabafo individual ou em defesa de um grupo! É uma questão de princípios. Nenhum direito meu está sendo violado pelo ENEM, mas os direitos de outras pessoas estão e se todos se calarem, quando o meu direito for violado, todos também se calarão!
Já há discurso antissemita em portais da internet e blogs por conta desta questão. A retórica é simples e fulminante: "segundo a Constituição todos são iguais perante a Lei portanto se pune a todo os não-judeus e não-adventistas com a obrigação de chegar no horário sob pena de encontrar as portas fechadas e não poder fazer a prova, enquanto judeus e adventistas poderão chegar ao por-do-sol." Como qualquer discurso antissemita, não importa que não seja verdade e que os dois grupos "privilegiados" tem que chegar no mesmo horário de todos os alunos e aguarda 5 horas para começar a fazer a prova, espera que vai detonar seu desempenho e capacidade para responder às questões. O antissemitismo vai ainda mais longe, quando estes autores dizem claramente "que é uma manobra de judeus e adventistas para fraudar o ENEM e fazer as provas já com os resultados em mãos."
Esta aberração não precisava acontecer. Para que marcar essa prova insignificante e não obrigatória para um fim-de-semana e não para um dia normal onde tais problemas não existiriam? Ninguém responde a isso.
Mas se o ENEM não é obrigatório, por que criar este caso todo? O ENEM era uma prova, contestada por alunos, por professores, por diretores de escolas, por educadores criada para avaliar o ensino de segundo grau (ou médio) no Brasil: gerar uma estatística para nortear as políticas públicas de educação. Não era uma prova para avaliar o aluno. Muito menos, não era uma prova que agora é a primeira fase OBRIGATÓRIA do vestibular de todas as universidades federais do país. Portanto, o que tinha uma finalidade agora tem outra. Não fazia diferença participar ou não da prova. Agora se o aluno quiser ter ensino público superior Estatal Federal é obrigado a fazer o ENEM. Portanto, o cidadão é obrigado a fazer algo e violar sua crença por algo que não é Lei, portanto isso é ilegal sob todos os aspectos.
Agora vou defender uma alternativa: ignore as universidade federais. Elas são o melhor exemplo da falência do MEC. Centros de excelência são apenas centro de funcionários grevistas, com publicações de fortíssimo caráter antissemita e anti-Israel. Há falta total de condições de ensino e de aprendizado. Isso se aplica a quase todas as unidades sucateadas, com algumas exceções louváveis. Ignore a possibilidade de estudar de forma paga pelo governo porque você não paga seu estudo e não recebe instrução realística: é uma troca justa. Eu sou ex-aluno da UFRJ e posso falar isso com a maior tranqüilidade.
E nestes anos de ENEM qual foi o verdadeiro impacto dele no ensino médio no Brasil? Por acaso algo melhorou nas escolas públicas? Claro que não! O ensino público é considerado uma doença crônica no Brasil.
Agora vou criar outro caso. O filósofo Santayana tem uma frase célebre: quem não conhece o passado está condenado a repeti-lo. A parte de umas poucas reclamações de famílias de judeus que guardam o shabat, ninguém mais se importa com a questão. Estas famílias estão repetindo o passado, por ignorá-lo. Tudo que diz respeito ao "caso ENEM" nada mais é que o cerne da "Questão Judaica" de Bruno Bauer na Europa Central na primeira metade do século 19. Era um momento em que se discutia se os judeus poderiam ou não ter direitos políticos plenos – as mulheres também não tinham. Na Inglaterra, na França e nos Estados Unidos os judeus tinham direitos plenos. No Império Austro-Húngaro, nos Estados Germânicos, na Península Ibérica, no Império Turco-Otomano e no Império Russo, não tinham. A Rússia desta época era "livre de judeus" confinados ao assentamento de Pale – região da Europa Central do Mar Báltico ao Mar Negro, onde se encontram Polônia, Ucrânia, Lituânia, Estônia, Bielorrúsia, Bessarábia e outras regiões onde nossos antepassados viveram por Lei, não por escolha. Era uma região tampão cheia de judeus entre os dois impérios rivais – Russo e Austro-Húngaro. Mesmo no Brasil pré-independente os judeus não tinham direitos plenos e sequer podiam construir uma sinagoga no térreo com frente para a rua!
Bruno Bauer levanta a seguinte questão: como poderiam os judeus ser funcionários públicos, policiais, militares, políticos (votar e ser votados) se seguiam suas leis religiosas e não as leis do Estado válidas para todos os cidadãos? Note que nessa época havia cidadãos e não-cidadãos nos Estados... Se houvesse uma sessão do Parlamento no sábado os políticos judeus iriam? O soldado judeu estaria no quartel no sábado ou lutaria? Um judeu na limpeza pública carregaria lixo no sábado? E nas outras dezenas de datas especais e jejuns obrigatórios judaicos, dizia Bauer. Mas ele estava errado. Errado de forma inversa a que o governo brasileiro está hoje.
Para Bauer, todos os judeus seguiam a risca as leis religiosas judaicas, o que é o discurso antissemita até os dias de hoje. Como em qualquer época, havia os que seguiam e os que não seguiam. Aos que seguiam, que optassem por não ser servidores públicos ou políticos por exemplo. Para o governo brasileiro todos os judeus não seguem à risca as leis religiosas judaicas. Também é uma forma de antissemitismo. Não posso permitir que um pensador ou um Estado defina o que eu sou. Eu é que defino. Penso, logo reclamo!
Para se ter uma idéia de como Bauer estava errado – no fim das contas alguns estados deram direitos plenos e outros deram parciais – cerca de 70 anos depois desta discussão, na Primeira Guerra Mundial, de uma comunidade de cerca de 500.000 judeus alemães, cerca de 100.000 fizeram serviço militar obrigatório de guerra – soldados e oficiais - e participaram do conflito onde 12.000 judeus alemães morreram em combate. Um número significativo recebeu medalhas por coragem e mérito em combate. Portanto na mesma Alemanha de Bauer o judeu "secular" e o religioso conviviam em sociedade, cada um cumprindo com sua parte na sociedade em geral e na comunidade judaica.
Não se pode admitir que uns 150 anos depois da Questão Judaica ser debatida à exaustão, definida e resolvida, que as pessoas que não conhecem nada disso, porque história é chato para caramba – mas cai no ENEM – iniciem novamente este processo, por um lado lamentável, em sua excência, por outro lado que levou os judeus a serem cidadãos como quaisquer outros em quase todos os países. Você pode não se dar conta, mas judeu e cidadão é algo muito recente na história da humanidade.
Como exemplo cito que todos os homens de minha família que tiveram idade para serviço militar no Brasil desde os anos 1930 se tornaram oficiais da reserva sendo que dois são ex-combatentes da FEB. Quase todos os de minha família também serviram como mesários, apuradores e presidentes de seções eleitorais em dezenas de pleitos. Em ambos casos sempre de forma voluntária, pois são atividades que são direitos do cidadão e vamos sempre nos comportar pelos direitos e deveres. Em nenhum momento fomos mais ou menos judeus por causa disso. Eu pessoalmente deixei de trabalhar nas eleições quando alguns anos atrás elas caíram no Iom Kippur, e aí não tem negócio: meu direito a liberdade de crença e culto deve prevalecer e prevaleceu sem nenhuma dificuldade. Fato que não aconteceu nas últimas eleições presidenciais com muito judeus.
Para fechar: quando eu citei acima que é uma questão de princípios e de confronto entre deveres do cidadão e seus direitos individuais, disse que não se pode deixar o governo violar estes direito. O governo deve ser o zelador destes direitos. Se deixarmos as violações ocorrerem daremos força a que continuem. Pois bem judeus trabalharam nas eleições passadas, obrigados por Lei e judeus não votaram (ou não deveriam ter votado – eu não votei) porque o Iom Kippur não termina no por-do-sol como o Estado não entendeu, mas uma hora depois, quando as seções já estavam fechadas. Protestamos e não adiantou na eleição lá atrás. Protestamos e não adiantou na última eleição no Iom Kippur. Agora temos o ENEM no shabat e o que virá em seguida?
José Roitberg - jornalista
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Kodachrome 1935-2009
Kodachrome
1935-2009
An Appreciation
When Kodak announced they were discontinuing the film that put color photography on the map, the news was somewhat akin to hearing about the loss of an old friend, someone with whom I shared a history. Kodachrome was my film of choice for over 2 decades, as it was for many photographers I crossed paths with over the years, one of whom went as far as having 'KR135 36' on his license plates.
Kodachrome had a terrific run. Seventy-four years to be exact. Oddly enough, two unemployed jazz musicians concocted Kodachrome - one of the most complex film processes ever created - in the bathtub of the apartment they shared. What's also striking is that the film that brought us "nice bright colors", "the greens of summers", and made "all the world a sunny day", was born during the Great Depression, a place in usually viewed in grittier shades of gray.
What's interesting is how many advances were made in the field of camera technologies during Kodachrome's seven-decade reign as the finest color film money can buy. At the time of its debut, cameras had three basic controls, none of which required batteries. There was a shutter-speed dial, aperture ring, and focusing barrel. That's it. And autofocus was still a good 50 years down the pike.
As for exposures, you used a hand-held selenium-cell light meter or a variation of the sorts clipped onto the camera's accessory shoe. It wasn't built-in, and in many cases it didn't even link to the aperture ring or shutter dial. Nor was there a choice of Program mode, Aperture-priority, Shutter-priority, or any 'creative' (sic) Scene modes designed to eliminate the need to think before taking a picture. But thinking is something you had to do when shooting Kodachrome.
Never a truly fast film – the original Kodachrome emulsions had single-digit ISO ratings – most pros stuck to the ISO 25 and 64 versions, while keeping a few rolls of the 200-speed version tucked away for light-starved shooting scenarios. Not having the option of cranking up sensitivity levels to 800, 1600, 3200, 6400, or beyond, Kodachrome shooters learned to navigate carefully among their exposure options when shooting under lighting conditions less than optimal. A few independent labs advertised 'pushed' processing for Kodachrome, but the results usually had the look of last-ditch attempts at covering up one's mistakes.
And as tight as Kodachrome's grain structure was, that's how tight its exposure range could be under contrasty lighting conditions. While you could afford to be 'sloppy' when shooting negative film and to a lesser extent other slide films, with Kodachrome you only had about a third-of-a-stop wiggle room. Over or under a half-stop often made the difference between a dead-on exposure and a blown exposure.
As a boating and marine photographer I often faced the challenge of having to capture the textures of bright white sails and hulls while maintaining some semblance of detail in the darker waters and shadows. Polarizing filters helped control glare and make the clouds pop from their deep blue surroundings, but they also resulted in a 2 to 3-stop loss of light. Needless to say, exposure times were critical, and as with any photographer worth his or her salt, I learned to 'read' the light, and shoot accordingly.
The passing of Kodachrome reminds me of a day long ago when my father and I stood on the rooftop of our Brooklyn apartment house and watched in the distance as the first commercial jetliner, a Boeing 707, lifted off the runway at Idlewild Airport. For my father, who was a master mechanic who could dismantle, repair, and rebuild anything containing pistons including P-51 Mustangs and Hellcats during WWII, the event was particularly poignant. As we watched the gleaming silver jet bank over our home he wistfully said to no one in particular 'They finally got all of the kinks out of propeller-driven aircraft engines… they finally got it 'right'… and soon there'll be no need for them."
The last time I shot film was August 2000. Fittingly it was photographing a couple of antique speedboats on Lake Hopatcong. And though I learned the art and craft of photography using sheet film and a 4x5 camera, I've never looked back. Is digital perfect? Nope, and maybe it never will be. But just as jets have relegated piston-powered aircraft to private enthusiasts and regional puddle-jumpers, film will always be around, and considering our culture and human nature in general, we'll surely be seeing numerous revivals of various photographic processes.
And just as we'll never see another Lockheed Constellation or DC-3 taxiing down the runway at JFK, so goes Kodachrome. But then again, no aircraft from Boeing, McDonald-Douglas, or Lockheed can ever lay claim to having a best-selling record or national park named after it.
-Allan Weitz
What's interesting is how many advances were made in the field of camera technologies during Kodachrome's seven-decade reign as the finest color film money can buy. At the time of its debut, cameras had three basic controls, none of which required batteries. There was a shutter-speed dial, aperture ring, and focusing barrel. That's it. And autofocus was still a good 50 years down the pike.
As for exposures, you used a hand-held selenium-cell light meter or a variation of the sorts clipped onto the camera's accessory shoe. It wasn't built-in, and in many cases it didn't even link to the aperture ring or shutter dial. Nor was there a choice of Program mode, Aperture-priority, Shutter-priority, or any 'creative' (sic) Scene modes designed to eliminate the need to think before taking a picture. But thinking is something you had to do when shooting Kodachrome.
Never a truly fast film – the original Kodachrome emulsions had single-digit ISO ratings – most pros stuck to the ISO 25 and 64 versions, while keeping a few rolls of the 200-speed version tucked away for light-starved shooting scenarios. Not having the option of cranking up sensitivity levels to 800, 1600, 3200, 6400, or beyond, Kodachrome shooters learned to navigate carefully among their exposure options when shooting under lighting conditions less than optimal. A few independent labs advertised 'pushed' processing for Kodachrome, but the results usually had the look of last-ditch attempts at covering up one's mistakes.
And as tight as Kodachrome's grain structure was, that's how tight its exposure range could be under contrasty lighting conditions. While you could afford to be 'sloppy' when shooting negative film and to a lesser extent other slide films, with Kodachrome you only had about a third-of-a-stop wiggle room. Over or under a half-stop often made the difference between a dead-on exposure and a blown exposure.
As a boating and marine photographer I often faced the challenge of having to capture the textures of bright white sails and hulls while maintaining some semblance of detail in the darker waters and shadows. Polarizing filters helped control glare and make the clouds pop from their deep blue surroundings, but they also resulted in a 2 to 3-stop loss of light. Needless to say, exposure times were critical, and as with any photographer worth his or her salt, I learned to 'read' the light, and shoot accordingly.
The passing of Kodachrome reminds me of a day long ago when my father and I stood on the rooftop of our Brooklyn apartment house and watched in the distance as the first commercial jetliner, a Boeing 707, lifted off the runway at Idlewild Airport. For my father, who was a master mechanic who could dismantle, repair, and rebuild anything containing pistons including P-51 Mustangs and Hellcats during WWII, the event was particularly poignant. As we watched the gleaming silver jet bank over our home he wistfully said to no one in particular 'They finally got all of the kinks out of propeller-driven aircraft engines… they finally got it 'right'… and soon there'll be no need for them."
The last time I shot film was August 2000. Fittingly it was photographing a couple of antique speedboats on Lake Hopatcong. And though I learned the art and craft of photography using sheet film and a 4x5 camera, I've never looked back. Is digital perfect? Nope, and maybe it never will be. But just as jets have relegated piston-powered aircraft to private enthusiasts and regional puddle-jumpers, film will always be around, and considering our culture and human nature in general, we'll surely be seeing numerous revivals of various photographic processes.
And just as we'll never see another Lockheed Constellation or DC-3 taxiing down the runway at JFK, so goes Kodachrome. But then again, no aircraft from Boeing, McDonald-Douglas, or Lockheed can ever lay claim to having a best-selling record or national park named after it.