quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Brasil Acima de Tudo é Alemanha Acima de Tudo?

por José Roitberg´

A música "Gott erhalte Franz den Kaiser" (Deus Preserve (Salve) Franz, o Imperador), que se tornou o hino da Alemanha em 1922, foi composta por Joseph Haydn em 1797 para o aniversário de Francis II (1768-1835), imperador do Sacro Império Romano e Áustria. A letra surgiu apenas em 1841, pelas mãos do poeta Hoffmann von Fallersleben tornando a música velha de 44 anos antes, em "Das Lied der Deutschen" (A Canção dos Alemães).

Naquele momento histórico não existia a Alemanha como país. O nome correto era Confederação Germânica (Deutscher Bund 1815–1866), um agrupamento político de 35 estados monárquicos e quatro cidades republicanas livres. Foi a Revolução Industrial que acabou obrigando, economicamente, a remoção de barreiras comerciais entre estas 39 'nacionalidades' alemãs, através da criação da União Alfandegária Germânica (Zollverein), com a participação da maioria dos estados em 1834.

E foi sobre a Zollverein que von Fallersleben escreveu na canção. A letra elogiava o livre comércio de bens germânicos entre os estados e isso iria aproximar os alemães para a formação de um povo único, acreditava ele.

A primeira linha de "Das Lied der Deutschen" é: "Deutschland, Deutschland über alles, über alles in der Welt" cuja tradução aceita é 'Alemanha, Alemanha acima de tudo, acima de tudo no mundo'. O que von Fallersleben pretendia em 1840 é que o país, Alemanha, o conceito de uma nação que ainda não existia, estivesse acima dos problemas pessoais e individuais do povo alemão fragmentado em 39 pequenos estados. O “todos” para ele, não eram todas as outras nações do mundo, mas os povos germânicos.

Mas, sempre tem um mas: a palavra alemã "alles" é utilizada para dois significados: todos e tudo, que são diferentes nas línguas latinas, mas não em alemão. Aí, a tradução que ficou para o Hino da Alemanha (que não é o hino nazista) durante o período nazista hitleriano foi o brado simples "Alemanha acima de tudo", criado nove décadas antes, já com outro sentido, com o desejo da Alemanha de realmente dominar o mundo e se sobrepor a todas as nações.

Na gramática alemã o termo "über allen" significa "acima de todas as outras pessoas", e foi a escolha dos Aliados para finalidade de propaganda de guerra do durante a Segunda Guerra Mundial. Naquele momento, com o genocídio de judeus, ciganos, deficientes físicos e mentais, e prisioneiros civis e militares, além da escravização dos povos conquistados, fazia sentido.

Este problema gramatical do termo "alles" é semelhante ao "you" em inglês, podendo significar "você" ou "vocês". A aí, o tradutor pode quebrar a cara.

Quem tornou a canção o hino da Alemanha, foi o presidente Social Democrata, Friedrich Ebert, em 1922 e não, Adolf Hitler em 1933. Hitler manteve a primeira estrofe, removeu as outras, trocando-a por uma canção nazista, criando um novo hino baseado no velho.

No caso brasileiro, o lema "Brasil acima de tudo, e Deus acima de todos", o slogan da campanha de Jair Bolsonaro agora em 2018, é citado, obviamente, como um discurso nazista. Mas também não é.

"Brasil acima de tudo" era o grito de guerra da Brigada Paraquedista do Exército Brasileiro e hoje, é uma saudação comum entre os militares, frequentemente dita, também como 'ponto' final ao se cantar a Canção do Exército.

O Coronel Cláudio Tavares Casali (Pqdt 46.363-88/1) escreveu um artigo completo sobre a origem do lema e é algo surpreendente.

Em 1968, o país vivia a turbulência das ações armadas terroristas contra o Estado e o povo brasileiro. No início de 1969 um grupo de oficiais paraquedistas "criou um grupo nacionalista e não xenófobo chamado Centelha Nativista". No Rio de Janeiro estavam os capitães Francimá de Luna Máximo (Pqdt 8.201-61/9) e José Aurélio Valporto de Sá (Pqdt 8.259-61/11).

O entendimento do grupo era muito similar ao de von Fallersleben em 1840: "... teriam que ressuscitar os valores que existiram em Guararapes de nacionalismo não xenófobo, de amor ao Brasil e de criar meios que reforçassem a identidade nacional e evitassem a fragmentação do povo pela ideologia e exploração de dissenso da sociedade dividindo o povo nos termos da velha luta de classes do marxismo."
Sempre lembrando que o marxismo levou ao Internacional Socialismo, onde o Império Soviético tinha a petulância de alegar que ocupar militarmente outros países como Ucrânia, Bielorrússia, Uzbequistão, Cazaquistão, Geórgia, Azerbaijão, Lituânia, Moldávia, Letônia, Quirguistão, Tajiquistão, Armênia, Turcomenistão, Estônia, Polônia e Hungria, era algo “democrático”.

A Centelha Nativista era um movimento de concepção cristã, e possuía uma oração a ser proferida em suas solenidades. Dos sete pedidos a Deus, escritos em 1969, dois se destacam em 2018 e com certeza não foram atendidos.

"Livrai-nos da traição, da indiferença, da omissão, da covardia dos vendilhões da Pátria, e dos que solapam os valores permanentes da nacionalidade.

Livrai-nos dos que, pela comunicação social ou pelos livros, se empenham em poluir a vocação cívica e patriótica de nosso povo,"

Parece bem atual 50 anos depois, né?

A data da Batalha de Guararapes foi instituída como “Dia do Exército Brasileiro” pelo Decreto sem Nr, de 24 de março de 1994

O capitão Valporto criou o lema "Brasil acima de tudo". Foi questionado, já na época, devido ao brado alemão “Deutschland über alles”, cuja origem já detalhamos acima.

Em 1975, o Coronel Acrísio Figueira (Pqdt 800–52/4), então Comandante do 26° Batalhão de Infantaria Paraquedista estava em visita oficial ao Fort Bragg, nos EUA, sede dos paraquedistas norte-americanos. Lá ele viu que os militares da guarnição se cumprimentavam com "Air Born" e respondiam "All the Way". Em tadução livre "Paraquedista", "Até o Fim". Voltando ao Brasil "o Coronel Acrísio, visando a aumentar os laços de camaradagem e espírito de corpo de sua unidade militar, encampou a antiga ideia de seu subcomandante, Tenente-Coronel Valporto, um dos fundadores da Centelha, e introduz a saudação “Brasil” – “Acima de tudo”.

Em 15 de Janeiro de 1985, o General Acrísio Figueira assume o Comando da Brigada de Infantaria Paraquedista e passa a adotar, em definitivo, o lema e o brado “BRASIL, ACIMA DE TUDO”.

Pessoalmente eu acredito que tal e qual outras palavras, designações e lemas, que hoje fogem ao seu domínio original, fogem ao seu significado original, como "gay" (alegre), "fascista" (regime político adotado na Itália, Hungria, Portugal e Espanha), a própria suástica indiana, símbolo do deus Ganisha para boas jornadas físicas e espirituais (e por isto roubada pelos nazistas para a bandeira deles), "bundão" (que deveria ser apenas um traseiro grande) e tantas outras, o lema "Brasil Acima de Tudo", criado em contexto totalmente diferente do "Alemanha Acima de Tudo", mas também com a intenção de unir povo de forma patriota e evidentemente não nazista, vai ter um significado pejorativo para aqueles que o quiserem atribuir.

Outro exemplo desta vinculação de símbolos nazistas com o que não é nazista está no fato do juramento à bandeira no Brasil e na maioria dos países ser feito com o braço direito esticado e ligeiramente inclinado para cima. Temos fotos disto no Brasil desde o século 19, desde antes de Hitler nascer. Vemos isto nos juramentos do Hezbollah e de outros países árabes. Não importa aos que usam estas imagens e argumentos fajutos e falsos (fake), que a saudação nazista fosse uma modificação deste movimento, também antes utilizado pelos soldados alemães com o braço, além de esticado e ligeiramente levantado, ter uma rotação para a direita e não estar perpendicular ao corpo. Mas quem sabe isso? Agora você sabe.

É meu dever, como jornalista e pesquisador, dar a quem quiser, a informação histórica correta.

Alguns dos acontecimentos terroristas de 1968

Segundo BRILHANTE USTRA (p. 161) outros fatos marcantes no ano de 1968: - intensificação do movimento estudantil levando à morte, [...] o estudante Edson Luis; - “Jornadas de Junho”, com passeatas, depredações, queima de veículo; - explosão de bombas, saques e viaturas incendiadas de norte a sul do país; - assalto ao Hospital Militar do Cambuci para roubo de armas; - atentado a bomba no Consulado Americano em São Paulo; - atentado a bomba no QG do II Exército, com a morte do soldado Mário Kozel Filho; - “justiçamento” do Capitão do exército dos EUA Charles Chandler; - “justiçamento” do Major do exército alemão Edward Ernest Tito Otto; - atos de sabotagem em trens e fábrica de armas; e assalto ao trem pagador na ferrovia Santos/Jundiaí.

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Coca-Cola Café Espresso com 40% a mais de cafeína? Será que é muito?

por José Roitberg

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Encontrei em SP, dias atrás esta nova Coca-Cola e experimentei, é claro. Antes de tomar, contei para algumas pessoas e uma retrucou: ah... é aquela que sua sobrinha tomou semana passada aqui em Sampa e disse que ficou doidona e nem conseguiu dormir! Vai tomar mesmo?

Eta efeito placebo!!! Ponto para o marketing da Coca-Cola. Na lata, em destaque na frente temos "mais cafeína". Quase invisível do lado, na área marrom, uma marca definindo 40% a mais de cafeína. Mas quanta cafeína é isto? É prejudicial?

Como na versão japonesa, a bebida não tem cheiro de café, mas tem sabor de café.

Se fosse o Daniel Azulay ele iria desenhar a resposta e nós iríamos adorar. Eu vou pelos documentos e matemática.

As leis brasileiras sobre alimentos NÃO OBRIGAM a indicação da quantidade de cafeína que em refrigerantes, energéticos e outros. Mas cafeína é uma droga e não um alimento. Bastava um deputado criar a lei e todos nós saberíamos o que ingerimos desta droga de ação quase imediata, de perda de ação em poucas dezenas de minutos e não viciante.

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O site da Coca-Cola se antecipou à lei, há muitos meses atrás e nos diz quanta cafeína há numa lata de 350 ml de Coca-Cola normal no Brasil: são apenas 35 mg. E isso é muito ou pouco? Equivale a um cafezinho?

É pouco. Não equivale a um cafezinho. Segundo a Coca-Cola, uma xícara de café expresso de 60 ml contém 72 mg de cafeína, ou seja mais do que 700 ml do refrigerante, enquanto uma xícara de 60 ml de café coado contém apenas 60 mg de cafeína. Isso é a xicrinha. A xícara grande, a de 240 ml de café coado, pode variar de 95 mg a 200 mg de cafeína, dependendo de como for preparada. Já o café solúvel em geral tem apenas 23% da cafeína em relação ao mesmo volume de café coado.

Portanto, mesmo se a envazagem do novo produto fosse de 350 ml, com 40% a mais de cafeína, uma lata de refrigerante chegaria a 49 mg de cafeína, continuando com menos do que uma xícara pequena de café coado.

Mas a nova lata é a de 220 ml. Assim sendo, teria 22 mg de cafeína, mais os tais 40%, chegando a apenas 30,8 mg de cafeína, obviamente MENOS CAFEÍNA que uma lata de 350 ml.

Desta forma, alguém ficar doidão com uma latinha de 220 ml de Coca-Cola Café Expresso só pode ser resultado de efito placebo.

Obviamente precisamos comparar com o Red Bull atual, pois é uma curiosidade geral já que tocamos na cafeína. Oficialmente, segundo a marca, a lata de 100 ml leva apenas 30 mg de cafeína, portanto praticamente o mesmo desta nova lata de 220 ml da Coca-Cola.

Já as latas maiores são mais perigosas. A de 250 ml, possui 77,4 mg de cafeína, 10% a mais que uma xícara de café expresso.

A lata de 355 ml chega as 110,7 mg de cafeína enquanto a lata maior e muito consumida, a de 473 ml vem carregada com 147,6 mg de cafeína. Mesmo assim, equivale a somente duas xicrinhas de café expresso. O efeito placebo dos energéticos também é considerável.

Segundo a revista SuperInteressante, há mais umas curiosidades. Os refrigerantes de laranja, limão e uva, não contém cafeína. Os de guaraná, levam epenas 2 mg por lata de 350 ml. Então use estes a noite no jantar.

O chá forte inglês tem 40 mg por xícar enquanto uma cuia de chimarrão contém apenas a metade, 20 mg.

Os remédios analgésicos com cafeína possuem 50 a 65 mg por comprimido.

O limite de consumo humano aceito, mas não regulamentado, é de 250 mg de cafeína por dia.

350 ml de mate possui 39 mg de cafeína, portanto pouco mais que a Coca-Cola. Então se você é daqueles que toma 1,5 litros de mate por dia, você está ingerindo umas 167 mg de cafeína.

blakA Coca-Cola com sabor de café, denominada Coca-Cola BlāK (com este traço no A mesmo) foi criada na França em 2006, introduzida nos EUA, Canadá, República Checa, Eslováquia, Lituânia e Eslovênia. Foi descontinuada em 2008.

A atual Coca-Cola Coffee, anunciada com 50% a mais de cafeína como marketing, foi lançada em setembro de 2017 no Japão. A brasileira, lançada agora em agosto de 2018 é anunciada com 40% a mais de cafeína.

extra tags:
quanta cafeína tem na Coca-Cola
quanta cafeína tem no Red Bull
quanta cafeína tem no guaraná
quanta cafeína tem no mate
quanta cafeína tem no café

domingo, 24 de junho de 2018

Um ano de governo de Marcia Tiburi (PT-RJ)

Jornal da Nação, 04 de fevereiro de 2020

(obs: De acordo com decisão unânime do STF em 21 de junho de 2018, estão permitidas sátiras sobre candidatos e pré-candidatos às eleições de 2018. Então, vamos exercer este direito de liberdade de expressão imediatamente. 'Pelamordedeus' não confunda sátira com fake news, ok?
Por José Roitberg)

Ainda não compreendi como veio parar em meu email um artigo que irá ser publicado daqui a dois anos pelo Jornal da Nação. Como jornalista e cronista da 'urbanicidade' e incivilidade de nosso país, fiquei sem escolha e preciso compartilhar este vislumbre do futuro com meus leitores e amigos. Tudo o que segue abaixo foi publicado na página 3 da edição de 04 de fevereiro de 2020.

(início do artigo do Jornal da Nação de 4/fev/2020)

A governadora Marcia Tiburi (PT-RJ) completou um ano e um mês de mandato a frente do governo do Estado do Rio de Janeiro, após uma vitória inesperada e avassaladora nas eleições de outubro de 2018. Passado o primeiro ano, onde a governadora já habituou o cú dela a suprema cadeira do mando fluminense, a maior parte dos analistas políticos continua perplexa.

Suas previsões eleitorais diziam que a candidata petista, defensora aberta de liberação laica do cú e dos assaltos aos burgueses fluminenses, principalmente aos burgueses cariocas, apontava erradamente para um desempenho de 1,5% em outubro de 2018. Todavia o PT do Estado do Rio de Janeiro, manteve os algarismos, invertendo sua posição na sentença e chegou aos 51% ainda no primeiro turno, fazendo barba, bigode e cabelos do cú.

Como o eleitor e o leitor do RJ já se acostumaram e perceberam, da mesma forma que anos atrás ‘presidenta’ do PT passou ao vocabulário do dia-a-dia, o cú, saiu de sua clausura do noite-a-noite e se incorporou a todos meandros da sociedade. Cú, todos sempre tiveram. Mas falar de cú, do seu ou de outrem, era pouco social. Hoje é a mais saudável necessidade.

O primeiro ponto onde os analistas políticos se equivocaram, foi quanto à percepção do eleitor sobre o fato de ser burguês ou não. O povo acha que não é burguês, assim os tais assaltos pela lógica política do capitalismo não são contra eles. O povo acha que burguês é o rico. Enquanto rico tem certeza de não ser burguês, por ser de esquerda. Assim os 49% de repúdio previstos se transformaram em apoio eleitoral. Do outro lado estiveram também 49% de eleitores que se entenderam burgueses. Em nossa justiça anômala, “em dúvida pró réu” é o usual.

O grande problema do PT, é ter vencido uma eleição escolhendo a dedo uma candidata, com agenda intencionalmente repudiável em todas as instâncias, para perder a eleição. Existe um pequeno grupo de cientistas políticos afirmando abertamente que o eleitor sacaneou o PT lhe dando a vitória, mas muitos outros os contestam, declarando que o slogan “QUEM TEM CÚ TEM VOTO”, considerado bizarro e imoral nos três primeiros dias de campanha, ainda assim taxado de liberdade de expressão, tornou-se o maior sucesso eleitoral desde a campanha do palhaço Tiririca (SP) o qual obteve mais de um milhão de votos a deputado federal com o slogan absolutamente mentiroso “PIOR QUE TÁ NÃO FICA”. Ficou... Tiririca foi coerente, iniciando seu discurso de renúncia dizendo: “É pela primeira vez e pela última vez que subo à tribuna...” em 84 meses de mandato, onde recebeu legalmente de salários cerca de 2 milhões de reais e mais 8 milhões de reais de verbas de gabinete. (Tiririca foi eleito pelo PR de SP e renunciou em 6 de dezembro de 2017).

O QUE MUDOU NO RIO DE JANEIRO EM UM ANO DE GOVERNO DE MARCIA TIBURI – PT

A ministra Rosa Weber, presidente do TSE ainda não colocou em pauta o pedido de indiciamento de Marcia Tiburi, pelas suas declarações públicas de apoio aos assaltos e assaltantes no Rio de Janeiro, defendendo a posição deles (dos assaltantes) que não são mais vistos pelo PT como vítimas da sociedade, mas apenas como vítimas do capitalismo e da publicidade nas mídias. Segundo ela, os assaltantes “foram contaminados pelo capitalismo”. As declarações em entrevistas foram dadas antes dela se tornar pré-candidata em 2018. O indiciamento de Marcia Tiburi, pelo crime de Apologia ao Crime, foi protocolado por uma ala dissidente da OAB-RJ, pois à presidência da instituição não considerou as falas de Marcia Tiburi como nada além do mais puro exercício de liberdade de expressão e não podem ser imputadas à governadora exatamente por terem sido proferidas enquanto ela era apenas uma filósofa e sequer pertencia ao Partido os Trabalhadores.

Todos os banheiros das repartições públicas estaduais passaram a ter papel higiênico ultra macio de folha tripla.

“Vai tomar no cú”, deixou ser ofensa e injúria grave, para ser o cumprimento cordial entre petistas. “Camarada, vai tomar no cú”, “Claro nobre deputado, vamos todos tomar no cú”. Isso causou o pedido de demissão de apenas duas secretárias da Alerj, por se recusarem a liberar o cú e escrever o substantivo, não mais oculto, cú, nas transcrições.

O restante do Brasil permaneceu, nestes onze meses, com o cú onde sempre esteve. Há uma exceção. O presidiário ex-presidente Lula, agora é conhecido como “O Grande Cuzão”, mas de forma absolutamente positiva entre os correligionários do partido.

Cidadãos que se mantem retrógrados e conservadores, se recusam a usar o cú, e instituíram a gíria “Joãozinho” em seu lugar.

A direita política tenta já por seis meses junto ao STF a proibição da ‘Cartilha do Cú’ nos jardins de infância do Estado do Rio de Janeiro. Vários deputados dos partidos de direita política e da bancada evangélica afirmam que ninguém precisa do Estado se enfiando em seu cú (ou em seu Joãozinho, como dizem os evangélicos), enquanto a secretária de Educação de Marcia Tiburi. A ex-deputada Benedita da Silva, argumenta que a fase anal é muito conhecida na psicologia, e que o Estado tem o dever de ensinar a cada criança como usar seu cú corretamente e o que cada um pode fazer com seu cú em benefício de uma sociedade mais igualitária.

A Associação dos Psicólogos Freudianos entrou com uma ação de inconstitucionalidade afirmando que os anais de Freud são relacionados à sexualidade e não à agenda política. A APF também é contra a liberação cú, pois uma sociedade onde o cú deixa de ter seu efeito mítico e passa a ser midiático, a maior parte dos problemas sexuais deixa de existir e acusa a governadora por ter incentivado o seu declínio profissional.

Curiosamente, quem contesta do Freudianos, são as lideranças LGBTBTTSHAGs. Inicialmente o voto não hétero (para simplificar), foi dado no cú dos petistas sem hesitação, apesar de muita gente os ter avisado. Com os 51% da população adotando, a partir de primeiro de janeiro de 2019, a liberação do cú como plataforma política e pessoal, o movimento não-hétero se viu envolto numa contradição profunda: agora os héteros liberaram o cú, mas continuam héteros por definição política. Há juristas afirmando que o direito de ser definido como LGTB é um direito anterior que não pode ser sobrepassado pela atual liberação do cú. Portanto apenas quem liberava o cú antes da posse de Marcia Tiburi pode ser considerado oficialmente gay.

Outro segmento que votou em massa no PT foi o crime organizado, desorganizado e seus parentes, encantados com a premissa da filósofa sul-rio-grandense da defesa da prática do assalto no Rio de Janeiro. Mas passados apenas nove meses do mandato de governadora, a situação criminal ficou tão complicada que os assaltantes criaram uma associação, a ACUSA – Associação Criminosa Unida Santo Agostinho, para se defender, pois assaltaram tanto e compraram tantos bens de consumos capitalistas que rapidamente se tornaram burgueses e agora estão sendo assaltados. A ACUSA diz que os criminosos querem continuar criminosos e que o caminho que a governadora lhes deu, de fato foi meter a sociedade no cú deles e isto eles não aceitam mais.

A velha frase de trabalho “A bolsa ou a vida”, foi substituída por “A bolsa ou o cú”. A ACUSA, também informa que um número grande (segundo ela) de assaltantes foi confrontado com a resposta “o cú”, e não sabia exatamente o que fazer. A ACUSA também culpa o PT por confundir as vítimas fazendo-as preferir dar o cú que os 20 reais que tem no bolso, ou o telefone. A ACUSA declara que cú não é moeda de troca e nada se pode comprar com o cú dos outros e pede uma campanha de informação ao cidadão, pois resposta correta e aceitável é “a bolsa.”

Os 49% da sociedade fluminense burguesa que não votaram em Marcia Tiburi continuam sem tesão e sem praticar sexo. A Secretaria Estadual de Saúde contratou uma comissão de 50 médicos cubanos para tentar explicar como esta parcela da sociedade não praticante de sexo continua a ter filhos. O chefe da comissão cubana não quis dar declarações, afirmando apenas que “o estudo está em andamento”.

O nome mais dado aos meninos nascidos no Estado do Rio de Janeiro, nos onze primeiros meses do mandato de Marcia Tiburi do PT, foi Cuan.

“Cú do Mundo” agora tem endereço e o sindicato dos carteiros faz questão de entregar todas as cartas. Cú do Mundo agora é o Palácio Laranjeiras, à rua Pinheiro Machado.

(fim do artigo do Jornal da Nação de 4/fev/2020)

Não confundir Jornal da Nação, com o Jornal Nação.

FONTES

Se o leitor não consegue enxergar o contexto da liberação do cú como laicidade antropológica e imagina ser esta sátira uma grande bobagem, grotesca, mal educada e bizarra contra o PT, partido que meteu em todos os nossos cús, é porque o leitor AINDA não esta a par das entrevistas oficialmente gravadas e divulgadas da filósofa Marcia Tiburi, neste momento, pré-candidata do PT ao governo do Estado do Rio de Janeiro. Há muito material no Youtube. É só pesquisar pelo nome dela.

Sobre a possível apologia ao crime, a entrevista foi ao ar em dezembro de 2015 no programa Espaço Público da TV Brasil (estatal) e se encontra no Youtube desde então, postada oficialmente pelo programa de TV.

Sobre a libertação do cú, o vídeo foi gravado numa palestra/entrevista dela na LiterCultura (Festival Literário de Curitiba), em outubro de 2017, e também está no Youtube. Confesso não saber se o nome do evento está em português, querendo significar literatura e cultura, ou é uma mistura de inglês com português, significando lixo e cultura.

Existem ainda vídeos de Marcia Tiburi, publicados em abril de 2018, em manifestações contra a prisão de Lula, onde ela declara de cara limpa que todas as mulheres amam o Lula e querem casar com ele, depois dele ficar viúvo. Já todos os que se opõe a Lula, são homens frios, secos e sem tesão e são “comprometidos com um princípio heterossexual”. Diz ainda Marcia Tiburi que “a elite burguesa não faz sexo” e por isso inveja os trabalhadores. Ela diz que o Fascismo é um movimento de inveja contra as pessoas que são felizes.

No link abaixo há um outro vídeo onde Marcia Tiburi participava de um programa da Rádio Guaíba, quando chega o outro convidado, o Kim Kataguiri, do MLB. Se você ainda acredita que a esquerda radical pretende ter qualquer diálogo com todo o restante da sociedade brasileira que a esquerda taxa de fascista, então você precisa ver o que acontece em um minuto ao vivo no estúdio da rádio Guaíba com transmissão pela internet.

segunda-feira, 11 de junho de 2018

EXCLUSIVO: RUA HONÓRIO DE BARROS, NO RJ, VENCE O CONCURSO DE DECORAÇÃO PARA A COPA 2018 !!!

por José Roitberg

Estamos há 3 dias do início da Copa da RússiA e é com uma alegria safada minha comemoração do título atribuído por mim mesmo, pois nenhum jornal ou emissora de TV nem de rádio ousaram lançar concurso este ano.

Mas lá está a pequena Honório de Barros, na dúbia fronteira entre Flamengo e Botafogo, com seu único curto quarteirão, uma ruazinha absolutamente residencial na qual a cegonha me largou com dois meses de idade e os urubus me deram um pé no traseiro 28 anos depois. Vivi ali mais de um quarto de século.

E nas copas de 1966 e 1970 eu fui um dos garotos da rua colando as bandeirinhas do Brasil nos barbantes para os mais velhos pendurarem. Estas bandeirolas eram montadas nos postes pelos garotos mais velhos, já com 15 ou 16 anos. Enquanto os de 18 aos vinte e poucos se encarregavam de tarefas mais pesadas como grandes bandeiras utilizando cordas mais grossas e mais altas. Os mais velhos também não nos deixavam pegar nas tintas. Eles mesmos queriam fazer a bagunça.

Creio que apenas uma vez pintamos os paralelepípedos, mas depois da chegada do asfalto ele sempre levou tinta. Não tanto quando este ano.

Desde a Copa de 1962, pelo que me contaram, esta decoração era montada com o crowdfunding analógico tradicional: a molecada passando de apartamento em apartamento perturbando o moradores para contribuir com grana e intimidadoramente anotando, num caderno, quanto cada um deu Sempre funcionou.

A diferença entre o prêmio de hoje e outros recebidos pela rua, principalmente do saudoso e rosinha Jornal dos Sports, é que a Honório de Barros concorria com dezenas ou centenas de outras ruas residenciais da cidade. No prêmio de hoje não houve concorrentes.

Antigamente não havia uma só transversal do Flamengo ou da Tijuca deixando de se engalanar para as Copas. Hoje, apenas uma.

Nesta decoração de 2018, uma larga faixa verde e amarela no asfalto de uma ponta a outra da rua. Bandeiras dos principais times cariocas e das seleções participantes da Copa, além de uma curiosa bandeira do Brasil feita de tirinhas de plástico. Deve ter dado um trabalhão. Além das bandeirinhas de papel e plástico em barbantes é claro.

Fico imaginando o prejuízo, até o momento, do comércio que se abasteceu com bandeiras, bandeirinhas, cornetas, tintas tecidos, camisetas etc.

Nunca saiu de minha memória de guri com 9 anos de idade, o momento quando todos os moradores da rua se amontoaram na esquina da avenida Oswaldo Cru. para presenciar os caminhões de bombeiros trazendo a Seleção Canarinho de 1970 em desfile pela cidade, com o capitão Carlos Alberto Torres incansável segurando a furtada taça Jules Rimet, Lá no alto para todos verem.

Esbarrei com uma equipe da TV Câmara, lá pelo mesmo motivo. Acabei sendo entrevistado e deve ir ao ar. O crédito mais correto deveria ser 'José Roitberg - Jornalista e ex-morador dinossauro'. Mas não será assim.

Quis saber do reporter quantas ruas eles tinham conseguido filmar hoje, pois a equipe começou a trabalhar às 10 da manhã e eram três e meia da tarde. Aí veio a constatação. "Só essa. Rodamos horas e não encontramos mais nenhuma. Quando escurecer vamos até a Rua do Lavradio. Os donos dos restaurantes e bares fizeram uma decoração noturna que disseram estar bonita. Vamos conferir."

Enquanto estávamos lá, a produtora recebeu um zap informando que de fato não tinha nada na Tijuca e não precisava ir lá.

A entrevista foi aquele tipo povo-fala vapt-vupt com três perguntinhas. Na terceira fui questionado se imaginava o motivo de não haver decorações pela cidade, sequer bandeiras nas janelas. Espero que a TV Câmara colooque minha resposta no ar: "Falta de patriotismo. Falta de patriotismo, apenas isso."

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Será que você precisa de uma dock station para HDs?

por José Roitberg

Sempre que encontro uma solução interessante na área de informática opto por compartilhar com os amigos. E este é o caso da Dock Station distribuída pela Mymax do Brasil.

Sua utilização é muito simples. O ela tem uma fonte de alimentação externa e um cabo USB proprietário. Ligada ao seu computador, permite espetar até dois HDs SATA ao mesmo tempo. Não importa se são modelos grandes ou pequenos. Nas fotos de divulgação temos um de cada, e as especificações de vendedores não declaram que se pode colocar também dois grandes ou dois pequenos.

Esta unidade possui um interessante botão de CLONAGEM de HD. Assim, se vc colocar dois iguais, pode fazer uma cópia backup independente de software no computador, indicando que a Dock Station não é apenas um suporte, mas possui programa também. Eu não sei se permite clonar o conteúdo de um HD de menor capacidade para um de maior capacidade.


Este tipo de Dock Station substitui aquelas gavetas externas que eram muito chatas, pois a ideia era ter uma gaveta para cada HD, precisava montar, atarraxar etc. Na Dock Station é só encaixar os HDs que você tem jogados em sua casa ou trabalho. Hoje somos acumuladores de HDs.

A desvantagem da Mymax é não possuir o encaixe para HDs IDE mais antigos, mas até dá para entender que a opção por SATA é mais coerente.

A vantagem é possuir no mercado um modelo com USB 3.0, conexão muito mais veloz que a USB 2.0. Você pode identificar no seu computador ou notebook pela cor azul da tomada USB. Se não tiver USB azul, então não tem 3.0. Ao longo do tempo já compreendi que a 3.0 tem uma programação de controladores bastante diferente das anteriores 2.0 e 1.0. Por exemplo, HDs em gavetas que não abrem pela tomada 2.0. abrem normalmente quando conectados a uma tomada 3.0, mesmo que a gaveta não seja 3.0.

A maior parte das Dock Stations baratas no mercado são 2.0 e isto está indicado nas embalagens dela. Eu sugiro você comprar a 3.0 de qualquer modo, pois vai funcionar numa tomada 2.0.

Nos HDs antigos que já coloquei na Dock Station todos SATA 3, a velocidade de transmissão de dados pela USB 3.0 foi ótima, entre 80 e 85 MegaBits por segundo.

E o mais importante é que as Mymax, tanto 2.0 quanto 3.0 funcionam no Windows 10 direto. Quem usa 'o Win10 já entendeu que muitas tralhas USB mais antigas não são suportadas pelo sistema operacional como joysticks, tablets de desenho, gamepads e dock stations. Parece intencional para o 'propriotário' do computador gastar grana em acessórios novos.

PROGRAMAS IMPORTANTES PARA ACOMPANHAR

Se você tem os HDs mais antigos seus problemas são semelhantes aos meus. Você deve querer transformar os antigos HDs, em depósitos, principalmente de vídeos e para isso via precisar realizar duas ações pouco comuns, caso não queira formatar o HD velho, provavelmente com arquivos que você pretende deixar largados lá.

Tem que apaga a pasta do Windows e tem que unificar as partições, ainda mais se, como quase todas as pessoas, você dividia seu HD em partições diferentes, E através dos utilitários do próprio Windows não tem como fazer isto. você precisa de ajuda.

REMOVENDO A PASTA DO WINDOWS

Se você tentar apagar, vai dar de cara com avisos de não possuir autorização para isso, não tem acesso às pastas que deseja apagar. Mas o disco é seu, o sistema é seu. Como não há autorização? Reclame com o Tio Bill Gates ou resolva fácil.

Baixe e instale um pequeno aplicativo que modifica as chave do Registro chamado Obter Controle Total.

https://www.4shared.com/rar/M3aS3Pe3ba/Obter_Controle_Total.html

Isto vai instalar uma opção de menu com o outro botão do mouse sobre um pastas. A coisa é executada no DOS e na pasta do Windows vai demorar pois são dezenas de milhares de arquivos que precisam ter seu atributo trocado, mas você vai visualizando o que acontece. Depois é só apagar a pasta do Windows ou qualquer outra com acesso antes negado.

Para resolver a questão das partições em discos externos de foram simples e veloz baixe e instale o MiniTool Partition Wizard na versão free ou paga. Para mesclar partições a free é o suficiente.

https://www.partitionwizard.com/

domingo, 13 de maio de 2018

Até um artigo positivo sobre os 70 anos de Israel perpetua um erro perverso contra o sionismo

por José Roitberg

Inexiste algo mais importante politicamente que controlar o passado para controlar o futuro. Não importa o que aconteceu. Importa a narrativa histórica aceita pelo público.

No sábado a Globo e o G1 publicaram um longo artigo sobre os 70 anos de Israel e sua independência. Historicamente correto e um dos raros momentos em que as paginas da Globo em anos recentes não recorreu ao viés demonizador de Israel.

Eu pensei muito antes de escrever este post. Deveria eu atribuir o tal erro perverso, à propaganda antissemita? Deveria eu atribuir o tal erro perverso à ignorância? Quem me acompanha sabe: eu sempre vou para o lado da propaganda partidária emblemática. Mas neste caso, num artigo de um monte de parágrafos absolutamente corretos, apenas um ponto, que eu atribuo ao SUCESSO de décadas de propaganda racista contra Israel pelos detratores dos judeus e do Estado dos Judeus, aliado a uma VITÓRIA PALESTINA em controlar o passado, deixando a perversidade introjetada no pensamento até de gente bem intencionada quanto à questão.

"David Ben Gurion assinou documento do Museu de Arte de Tel Aviv em cerimônia de 32 minutos, perante apenas 200 pessoas, às 16 horas de 14 de maio de 1948. Divisão da Palestina, aprovada pela ONU, nunca foi aceita por líderes árabes; guerra teve início no dia seguinte", é o olho do artigo, o texto para chamar a atenção do leitor após o titulo. Onde está o erro?

Talvez boa parte dos leitores já tenha lido duas ou três vezes e não encontrou erro nenhum. Alguns talvez digam: 'Ah, parece que  Israel é quem começou a guerra...', mas ao longo do texto o início da guerra com o ataque árabe está bem pautado e esclarecido.

O erro que meus amigos e leitores podem não ter encontrado está em "DIVISÃO DA PALESTINA". Isto está conceitualmente errado e ainda assim os líderes políticos e religiosos judaicos dentro e fora de Israel continuam cometendo-o, e com isso dando o CONTROLE DO PASSADO ao Hamas, à Autoridade Palestina, a OLP, ao Irã, à Síria e a tantos outros. Mesmo os sionistas do século 19 e início do 20 falavam "Palestina", por falta de outro designativo adequado, mas falavam de uma futura Palestina Judaica e não de uma Palestina Árabe existente.

A ONU promoveu a Partilha da Palestina do Mandado Britânico, este era o nome. Não havia um país chamado 'Palestina' e a área britânica do mandado era composta por várias divisões administrativas com outros nomes adotados pelo Império Turco-Otomano entre 1475 e 1917. Neste período que podemos chamar de 'moderno' nunca houve um país lá, mas DEZ províncias administrativas (NO MAPA). É fundamental saber que o Império Turco-Otomano (muçulmano sunita) nunca denominou nenhuma das regiões administrativas como 'Palestina'.

Antes disso, retornando ao Imperador Adriano (Hadrian 76-138 DC)  no século 2, também nunca houve um país lá. Adriano, o primeiro grande genocida de judeus, matando mais de meio milhão, segundo Cassius Dio (156-235 DC) historiador oficial romano que publicou 80 volumes sobre a história do Império Romano, é quem removeu dos mapas o nome JUDEIA que existia até então e criou o no Syria Palaestina, mas não como um país, e sim como um província romana.

No mesmo momento Adriano riscou o nome de Jerusalém dos mapas e redenominou a cidade de Aelia Capitolina. Um nome incompreensível para a maioria, mas bem simples: Capital de Aelius, ele mesmo, cujo nome completo de nascimento era Publius Aelius Hadrianus. A tradução literal de capitolina é capitólio.

Pela verdade, em 1947, a ONU chamou oficialmente a região de Palestina, pura e simplesmente.

Eu tenho a compreensão de que os líderes políticos e religiosos judeus, os líderes sionistas judeus e evangélicos tinham PREGUIÇA de falar Palestina do Mandado Britânico após 1920, e diziam apenas Palestina. Não podiam imaginar como seus textos e discursos seriam utilizados contra eles no futuro, no controle do Passado, coisa que os governos de Israel desprezam desde o início afirmando que não vale a pena disputar a guerra da informação, apenas a guerra real. Erro grave, pois há muitos anos os inimigos de Israel já venceram a guerra da retórica e a cada ano que passa, mais pessoas bem intencionadas aprendem os conceitos históricos errados. Este Adriano que matou meio milhão de judeus entrou para a história ocidental como um dos "5 imperadores romanos justos de bondosos".

Desta forma no texto positivo da Globo temos a existência de um local ou país, chamado Palestina, que foi divido e parte dele usurpado pelos judeus.

quinta-feira, 10 de maio de 2018

Toda infraestrutura militar do Irã na Síria foi destruída

ataque contra irã na síria
por José Roitberg

As forças de defesa de Israel (IDF) lançaram um ataque em larga escala contra os alvos militares pertencentes a Força Qods da Guarda Revolucionária Iraniana no território da Síria na noite desta quarta para quinta-feira dias 9-10 de maio. Quds é o nome em árabe para Jerusalém e Qods é a escrita em farsi, língua persa do Irã.

Segundo a nota oficial do porta-voz do IDF, os seguintes alvos foram atacados:

- Locais iranianos de operação de unidades de inteligência militar da Força Qods.

- Sistemas de inteligência associados à Força Quds (antenas, radares, estações de rádio e monitoramento digital e de frequências analógicas).

- Quartel-general de logística da Força Qods (coordena movimento de tropas, suprimentos, transporte de munições e transportes militares em geral).

- Base militar iraniana ao norte de Damasco (capital da Síria).

- Locais de armazenamento de armas, munições e outros equipamentos da Força Qods no Aeroporto Internacional de Damasco.

- Postos militares e armas pesadas da Força Qoods, instaladas na Zona Tampão entre a fronteira de Israel e o interior da Síria.

- O lançador de mísseis utilizado para disparar contra Israel no dia 9 foi destruído.

- As baterias antiaéreas sírias foram atacadas e dispararam contra os aviões israelenses mísseis. No decorrer da ação foram destruídas baterias, radares e sistemas de lançamento de mísseis antiaéreos SA5, SA2, SA22 e SA17 do exército da Síria.


Vídeo de um míssil israelense atingindo um caminhão com bateria antiaérea SA 22 na Síria.

Todos os aviões de Israel voltaram às bases em segurança. Segundo fontes russas, que monitoraram o ataque, a incursão foi realizada por 28 aviões que lançaram, pelo menos 60 mísseis. O IDF também declarou que o comando militar russo na Síria foi avisado do ataque israelense.

missil 3

O IDF declarou que o ataque foi em resposta ao lançamento de 20 mísseis no dia 9 contra bases militares no norte de Israel pela Força Qods. Todos foram interceptados pelas baterias do Domo de Ferro e nenhum atingiu o território israelense. Que por sua vez foi uma retaliação iraniana ao ataque israelense do dia 8 contra a base de Al Kiswa ao sul de Damasco onde estavam 200 modernos mísseis Fateh 313 iranianos (na foto acima) recém-chegados ao cenário da guerra. Estes mísseis são de ataque ao solo, com alcance de 500 km e precisão de alvo aprimorada. Ali, de onde estavam podiam atingir qualquer ponto do território israelense, jordaniano e até mesmo o Canal de Suez. Eram uma ameaça real e desestabilizadora. Existe uma informação não-confirmada de quem um brigadeiro-general da Guarda Revolucionária estaria entre os 7 mortos no ataques do dia 8. Com este, já passa de 26 o número de generais iranianos mortos na Guerra da Síria. Já se compreendeu que os oficiais superiores iranianos vão para o combate e para a frente de batalha.

Anunciando o ataque após sua realização, o ministro da defesa de Israel, Avigdor Lieberman anunciou que praticamente toda a infra-estrutura militar iraniana em território sírio foi destruída. “Se chover sobre nós, vocês serão afogados numa enchente”, declarou Lieberman.

Em termos de legislação internacional temos um caso mais complicado. Qualquer ataque israelense contra território sírio, ou sírio contra território israelense é permitido pois a Síria nunca assinou sequer o armistício da Guerra de 1948-49, estando os dois países em estado de guerra permanente desde então. Mas o Irã não está em guerra aberta contra Israel, apesar de latir há quase 30 anos que irá varrer Israel do mapa, apoiar financeiramente e politicamente o Hamas com ajuda do Catar (único país muçulmano sunita) aliado do Irã e ter implantado o Hezbollah em solo libanês durante os 25 anos em que a Síria ocupou o Líbano.

O cidadão ocidental precisa compreender que o Hezbollah recém vencedor das eleições gerais libanesas, não é libanês e sim iraniano. Hizb e farsi é partido, partido político. Existe uma tendência ocidental de publicar o nome Hizballah, erradamente como Hezbollah, para descaracterizar intencionalmente a relação o nome com Allah. Hizballah é tão somente o Partido de Deus, o braço político da Revolução Iraniana do Aiatolá Kohmeini, sendo um dos tripés do regime xiita. Os outros dois são o Conselho Supremo dos Aiatolás (clérigos, pois o regime é uma estranha teocracia-democrática) e a Guarda Revolucionária (um grupo militar acima do exército e todas as outras forças armadas do Irã). Por este aspecto, o Irã está em guerra não-forma com Israel há décadas.

E nos últimos quatro anos também está em guerra contra a Arábia Saudita, Egito, Jordânia, Sudão, Barhein e UAE, travada em território do Iemen.

O ataque de hoje não significa o inicio imediato de uma guerra convencional entre Israel e Irã.

As reações internacionais são no mínimo curiosas. A Casa Branca condenou o ataque de ontem do Irã contra o norte de Israel e apoiou a reposta israelense de hoje. O novo secretário de estado norte americano, Mike Pompeo, declarou apenas o seguinte: “Causem danos à Israel e os Estados Unidos vão responder”.

O primeiro-ministro do Barhein, Al-Khalifa declarou que “qualquer país da região tem o direito de se defender” e apoiou o ataque israelense contra a presença iraniana na Síria. Jamais o Barhein, emirado árabe muçulmano sunita, havia apoiado uma ação do IDF.

O Hamas, apesar de ser muçulmano sunita radical, o grande apoiado pelo Irã xiita e que também ameaça desde sua criação como Irmandade Muçulmana de Gaza, matar todos os judeus de Israel, corajosamente apenas emitiu uma nota de repúdio ao ataque do IDF e o Hizballah, com seus 100 mil mísseis e vitória eleitoral no Líbano está quieto até o momento da publicação deste editorial.

Dentro de casa, o bizarro partido político Meretz, o 'psol de Israel' liderado atualmente pela parlamentar Tamar Zandberg declarou que irá "boicotar a inauguração da embaixada americana em Jerusalém". Assim é até melhor pois dispensa o governo de Netanyahu da vergonha de ser obrigado a convidar estes parlamentares. Mas pela verdade, precisamos declarar o seguinte: O inexpressivo Meretz com suas 3 cadeiras no Knesset é um partido de esquerda socialista fragmentado ideologicamente como PSOL. Existem os membros que querem o que acham melhor para Israel e também os que querem o melhor para os inimigos de Israel. Para entender quem é Tamar Zandberg, imagine o PSOL sendo presidido pelo Babá!

quarta-feira, 2 de maio de 2018

ENTEBBE DE PADILHA TINHA QUE TER ORIGEM PARA O ROTEIRO. VOCÊ VAI SE SURPREENDER COM O CERNE DA QUESTÃO.


por José Roitberg
O filme de Padilha tem o roteiro retirado do livro “Operation Thunderbolt: Flight 139 and the Raid on Entebbe Airport,” (2015) do professor doutor Julian Saul David pela universidade de Glasgow e professor da universidade de Buckingham. É considerado como uma das maiores autoridades em história militar e de forças especiais, com 12 livros publicados. A especialidade dele é analisar e explicar as tomadas de decisões feitas nos momentos cruciais no campo de batalha.
No livro, ele diz que Yoni Netanyahu (na foto) não tomou parte do planejamento de Entebe e que disparou contra um soldado de Uganda, contra as ordens do comandante da missão, quase fazendo o ataque falhar. O jornal Haaretz publicou em 24 de março uma entrevista com David Saul e o Haaretz elogiou o fato do filme não mostrar heroísmo das tropas de Israel. Ainda afirma que se Yoni não tivesse morrido, Israel não teria Bibi Netanyahu como político.
Não consegui descobrir se Saul David é judeu ou não, apesar do nome. Em nenhuma biografia dele é citada a religião ou a de seus pais.
A origem desta questão do livro de Saul David não é uma criação ou descoberta dele ou de suas pesquisas. Está mais para uma fraude acadêmica. O jornal israelense Yedioth Ahronoth, publicou um artigo no dia 2 de abril de 2007 (isto mesmo, há 11 anos atrás, e 8 anos antes do livro de Saul David), restabelecendo a verdade sobre o Raid em Entebe.
O artigo é baseado no material da jornalista Ariella Ringel-Hoffmanm que entrevistou 15 membros da tropa de elite Sayeret Matkal que estiveram em Entebe, no dia 4 de julho de 1976. Eles foram unânimes em afirmar que Yoni Netanyahu era o comandante da missão.
Os ataques contra Yoni vieram de outro participante da operação, Muki Betser, que por 20 anos (entre 1986 e 2006) afirmou que ele era o verdadeiro comandante da missão e não Yoni Netanyahu. Muki acusou Yoni de ter quase comprometido a missão com o tal disparo contra o soldado de Uganda como citado no livro de Saul David de 2015.

Assim, podemos claramente estabelecer uma linha de tempo para o livro de Saul David e o filme de Padilha. Saul David encontrou nas pesquisas dele as declarações publicadas pelo coronel Muki Betser ao longo de 20 anos e DECIDIU que estas declarações eram a expressão da verdade, construindo outra narrativa para a Operação Thunderbolt. Muki Betser encontrou acolhida para sua versão no jornal Haaretz, mas outras mídias israelenses o qualificaram como mentiroso e falsificador da história.
Os 15 membros da operação entrevistados por Ringel-Hoffman, desacreditaram todas as declarações de Muki Betser. Enquanto isto o jornal Haaretz de 16 de junho de 2006 (12 anos atrás) publicava um artigo assinado por Amir Oren onde se lê: "A dolorosa verdade, é que os comandantes de Netanyahu e seus amigos foram os primeiros a tentar esconder que a contribuição dele a operação foi marginal e negativa."
A pesquisa de Ringel-Hoffman também demonstrou que ao longo de 20 anos as declarações de Muki Betser mudaram, foram diferentes, e ilógicas.
É muito claro, hoje em dia, em que o papel de destruição do governo de Israel pelo jornal Haaretz e pela esquerda judaica é amplamente conhecido, que as ações de 2006 quando dos 30 anos de Entebe, para desmoralizar então o partido Kadima e o Likud foi uma destas atitudes horríveis, lesa-pátria e traidoras, promovidas pelos donos, funcionários e patrocinadores do Haaretz e 11 anos depois, esquecidas as origens da questão, o sr professor doutor Saul David a recoloca, desta vez em mídia mundial através do filme de Padilha, ovacionado pelo próprio Haaretz que muito justamente pode cantar vitória nesta questão.
O irmão mais novo de Yoni, Iddo Netanyahu, publicou em 2006 o livro "Sayeret Matkal at Entebbe: The Testimonies, Documents, Facts", com 718 páginas, já Muki Betzer escreveu o livro "Secret Soldier: The Autobiography of Israel's Greatest Commando," (Soldado Secreto: a Autobiográfica do Maior Comando de Israel), em 1996, no caso, ele mesmo é o maior de Israel.

quarta-feira, 28 de março de 2018

NESTA SEXTA-FEIRA OS PALESTINOS PODEM DAR O PASSO A FRENTE ESPERADO HÁ DÉCADAS E CRIAR UM PROBLEMA MUITO GRANDE PARA ISRAEL.

sniper-idf

por José Roitberg

Nesta sexta-feira temos Pessach e a Sexta-Feira Santa. Eu detesto o termo empregado normalmente pelos judeus de Pessach ser a Páscoa Judaica, para fazer os não judeus tentarem entender do que se trata. Em primeiro lugar, Pessach e Páscoa são momentos religiosos completamente diferentes e dissociados e se há alguma interação histórica, é a Páscoa que se trataria de um Pessach Católico, pois a Última Ceia de Jesus e seus apóstolos foi de fato um jantar de Pessach, já que todos lá eram absolutamente judeus.

O que isto tem a ver com os palestinos? Nada. Apenas uma data sensível, ótima para importunar os judeus.

O que está amplamente anunciado pelo Hamas para esta sexta-feira a a movimentação de um enorme número de palestinos da Faixa de Gaza para o seu lado da cerca na fronteira com Israel, para o início de seis semanas, anunciadas previamente, de protestos contra a inauguração da Embaixada dos EUA em Jerusalém, marcada para o dia 14 de maio.

QUAL SERIA O PROBLEMA DE MILHARES DE PALESTINOS VINCULADOS AO HAMAS EM GAZA ANDAREM ATÉ SEU PRÓPRIO LADO DA CERCA?

Em princípio nenhum problema. Podem ir lá com cartazes, com carros de som, gritar e cantar, protestar à vontade, pois estão no território deles.

Acontece que também é PRERROGATIVA EXCLUSIVA DOS PALESTINOS, criar um cenário de pesadelo há muito projetado: atravessar a cerca. Milhares de civis dispostos a morrer por Allah e alcançar o Paraíso que lhes é prometido através do martírio desde a mais tenra idade. Milhares de civis com seus filhos dispostos a derramar seu sangue por Jerusalém como lhes é ensinado nas escolas palestinas patrocinadas pela ONU há mais de 35 anos.

O cenário de pesadelo para Israel são civis, com suas camisetas brancas, ultrapassando a fronteira e andando Israel adentro.

O QUE FAZER?

Conversando com conhecidos ao longo dos anos eu sempre ouço uma resposta imediata: "mandar bala em todo mundo". Eu retruco: "Como? Você acha que se pode disparar contra milhares de civis e matá-los na frente de centenas de câmeras? Quantos soldados do IDF iriam se recusar a disparar?"

INFELIZMENTE, na minha visão militar e geopolítica, não há resposta satisfatória e no momento em que os Palestinos decidirem dar este passo além da cerca, a realidade do Oriente Médio irá mudar.

A Ética Judaica pode terminar na sexta-feira se o IDF atirar deliberadamente contra civis. Já receberam a ordem. Deixando claro: o tenente-general Gadi Eizenkot, chefe do Estado Maior do IDF ordenou o posicionamento de tropas dentro de Israel e a disposição de 100 snipers, atiradores de elite. As palavras exatas do general comandante, publicadas como citação dele na mídia israelense, são:

"Nós não vamos permitir a infiltração em massa dentro de Israel e danos à cerca, e certamente eles não irão chegar até nossas comunidades. As instruções são usar muita força. Nós colocamos no terreno mais de 100 snipers que foram movidos de todas as unidades militares, principalmente das forças especiais. No caso de perigo mortal, eles tem autorização para abrir fogo." O general também pediu que os manifestantes mantenham-se há 100 metros de distância da cerca.

NÃO SE PODE ASSUSTAR OU INTIMIDAR QUEM QUER MORRER

Por vezes eu penso que sou um imbecil por acreditar no Islã e no culto jihadista de martírio para aceder ao Paraíso. Mas eu apenas acredito no que os fundamentalistas islâmicos praticam abertamente na frente de todos. Eu apenas acredito no que eles publicam nas mídias deles. Eu apenas acredito nos discursos e práticas dos incentivadores dos martírios e também nas confissões dos mártires que não morreram e estão na prisão.

Da mesma forma que tomei pedradas virtuais ao defender que Israel não pode adotar a pena de morte para os terroristas que não morrerem em ação de matar israelenses, pois isto apenas completaria a missão de martírio deles, eu PRECISO GRITAR AQUI que abater civis palestinos que invadam Israel na sexta-feira É FAZER EXATAMENTE O QUE O HAMAS ESPERARIA QUE O IDF FIZESSE e é tornar o plano de martírio o mais bem sucedido da história.

Ninguém da Faixa de Gaza com até 40 anos de idade, que foi educado abertamente para o martírio pode ser intimidado com a perspectiva de tomar um tiro de fuzil se atravessar a cerca. Vão fazer isto de livre e espontânea vontade, com fervor religioso (coisa que o Ocidente não acredita apesar de todos os filmes e documentários produzidos e divulgados, como Sementes do Ódio, ainda numa época que nem existia DVD, ou Obsession).

EU NÃO QUERO VER O MUNDO MUDAR NA SEXTA-FEIRA

Eu não quero que a visão radical entre o Povo Judeu prevaleça neste caso. Eu não quero que por falta absoluta de outras alternativas, que não seja a do gatilho os judeus no mundo inteiro passem a ser condenados. Eu não quero que os palestino muçulmanos sunitas se imolem nas balas disparadas por judeus para derrotar os judeus.

Eu quero que mandem muito gás lacrimogêneo, muito spray de pimenta ou aquele spray fedorento que o IDF usa e ninguém suporta o cheiro, muito jato d'água e tinta, mas que não se dispare contra os palestinos civis que cruzem a cerca deliberadamente.

VAI ACONTECER SÓ NA FAIXA DE GAZA?

Se o planejamento foi inteligente, irá acontecer em frentes múltiplas, em Jerusalém, na altura de Natânia, e em outros pontos vulneráveis de Israel. O IDF já havia anunciado na semana passada que não iria permitir o acesso de homens em idade militar á Esplanada das Mesquitas nesta sexta-feira.

É preciso contar também com a certeza de que vão estar entre os civis, soldados armados do Hamas não só para proteger seu próprio povo como também para, deliberadamente através de ordens ou de ação individual inciar um tiroteio que levaria as tropas do IDF a responder.

Nos últimos dias houve incidentes intencionais de infiltração pelo Hamas, com características de martírio. No mais recente, três soldados do Hamas atravessaram a cerca durante a noite, armados com fuzis e granadas. Uma patrulha do IDF descobriu as pegadas deles e foi atrás. O combate rápido onde os três foram abatidos aconteceu há 20 km dentro do território israelense. A impressão que se tem é de que esta era a missão deles, pois atacar comunidades em território israelense já poderia ser feito a partir de 400 ou 500 metros da cerca apenas.

Quando os judeus brasileiros começaram a se preparar para o jantar de Pessach desta sexta-feira, tudo já terá a acontecido. Vamos torcer para que os palestinos mantenham o seu recorde serem os que nunca perdem a chance de perder uma chance e que o protesto seja muito visível, muito divulgado no mundo inteiro, mas todo do lado deles da cerca.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

JOVEM QUE FEZ AMEAÇAS AOS CENTROS JUDAICOS DOS EUA TENTA FUGIR DO TRIBUNAL EM ISRAEL.


por José Roitberg

Você lembra daquela "aumento sem precedentes do antissemitismo nos EUA" no início de 2017, quando havia várias ameaças diárias de bombas contra centros comunitários judaicos, sinagogas, instituições beneficentes e outras? Os Democratas entre a Comunidade Judaica Norte-Americana desde o primeiro telefonema ameaçador, acusavam os "nazistas apoiadores de Trump", então recém-empossado, por atacar as instituições judaicas.

Aí, o FBI, investigando corretamente, apesar da pressão burra e exposição xenófoba na mídia, encontrou o primeiro autor de um grupo de telefonemas ameaçadores. Tratava-se de um jornalista negro (e é preciso tipificar, neste caso, pois isso é importante no contexto), conhecido por ser autor de Fake News, já tendo sido demitido de empresas da mídia por causa disto, que decidiu incriminar uma ex-namorada branca, ameaçando em nome dela, fazendo-a ser considerada nazista, quando ela não era.

Os Democratas e a esquerda, uns preferiram não acreditar em primeiro momento e outros preferiram ignorar completamente. O sujeito já foi preso e vai ser colunista do jornalzinho da cadeia por vários anos.

Mas depois da prisão dele, as ameaças continuaram até que uma ação conjunta do FBI com a segurança digital da polícia de Israel achou o responsável pela imensa maioria das ameaças. Para surpresa do mundo judaico que se interessa por isto e para desespero dos detratores de Trump, não era um neo-nazista, mas um jovem, então com 17 anos, com dupla-cidadania, americana e israelense que vivia na cidade de Ashdot, no litoral entre Israel e Faixa de Gaza.

Ao mesmo grupo de pessoas que ignorou ou não aceitou a prisão anterior do jornalista norte-americano, juntou-se uma gama de outras pessoas, daquelas que acham que em Israel não tem nada de errado e não tem gente ruim, maluca ou criminosa, como existe em todas as sociedades do mundo.

Pois bem. No dia 5 de fevereiro, o jovem, hoje com 18 anos, e mantido preso já há vários meses em Israel, foi a uma audiência para ouvir as acusações contra ele no tribunal e ser dado o início ao seu processo. A mídia israelense, tanto a boa quando a má, insistem em chamar o sujeito de 18 de "teenager", adolescente, quando pelas leis de tudo quanto é país, inclusive as de Israel, é um adulto. Pessoalmente eu não entendo a campanha mundial já de mais de 10 anos para caracterizar a adolescência até os 23 anos de idade, como propõe hoje alguns cientistas que parecem não ter nada de útil para fazer.

Ao terminar a audiência, o jovem, cujo nome, e foto, estão em segredo de justiça por ordem do juiz do caso, ao passar da porta do prédio para o estacionamento, resolveu fugir algemado. E aí tem gente que ainda reclama da corrente nos pés do Cabral. Não é tortura! É para não tentar fugir. Correu mais de 100 metros até que seus guardas se jogassem sobre ele, metendo sua cara no concreto, o que foi bem merecido. A imagem da fuga existe pelas câmeras de segurança da Corte Distrital de Jerusalém.

Mas agora, temos as acusações formais e isto irá surpreender a todos os leitores e são as seguintes:

1) 245 telefonemas com ameaças à instituições judaicas e escolas judaicas nos EUA, aviação civil, entre janeiro e março de 217. Para fazer isto, ele usou um serviço de chamadas telefônicas pela internet com capacidade de disfarçar a voz de quem fala e manter a identidade em sigilo.

As ameaças tiveram também um custo financeiro, Vários aviões de passageiros precisaram descartar combustível e fazer pousos de emergência em outros aeroportos, caças militares decolaram para escoltar aviões ameaçados, escolas precisaram ser evacuadas, polícia, esquadrões anti-bomba, corpo de bombeiros e FBI precisaram ser acionados além de outras situações caóticas individuais causadas pelas ameaças.

2) 28 acusações de fazer ameaças telefônicas e dar falsas informações à polícia da Flórida.

3) 3 acusações de ameaça telefônicas na cidade de Atenas, na Geórgia (EUA).

Até o momento ainda não existem acusações relacionadas com ameaças telefônicas feitas por ele no ano de 2016, que principalmente atingiram companhias aéreas da Europa e da Austrália.

A defesa e a família, alegam que o jovem é VÍTIMA e não autor, por ter um tumor cerebral e estar no que é considerado pela medicina como dentro do espectro do autismo. O advogado dele declarou no Canal 10, da TV israelense que o rapaz tentou cometer suicídio por cinco vezes em duas semanas, em maio de 2017, já preso, mas a polícia israelense não confirmou.

A foto é dele com a mãe na audiência do dia 5. As fotos podem ser tiradas, mas os rostos não podem ser mostrados, enquanto a ordem de embargo judicial à mídia estiver em vigor.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

PENA DE MORTE PARA TERRORISTAS EM ISRAEL É UM ERRO GRAVE E BIZARRO


Na imagem horrível deste post, temos uma gravura germânica da Idade Média, mostrando como era a pena de decapitação na prisão de Ludwigsburg, pequena cidade ao norte de Stuttgard, que conta com um museu sobre tal prisão.


por José Roitberg

Começo logo dizendo que desta vez vou ELOGIAR os hareidim que mesmo estando na coalizão do governo que não aceitam, recusaram-se a votar a favor de uma nova lei que permitiria aplicar a pena de morte a terroristas que cometerem assassinatos em Israel.

Agora, em segundo lugar vou repudiar os hareidim pelo motivo que levou ao partido United Torah Judaism a se abster de votar com seus seis parlamentares. Não houve questão teológica ou geopolítica alguma, mas apenas uma queda de braço por que o ministro da defesa Avigdor Lieberman, apoia uma outra lei que permitiria supermercados ou mercados que quisessem de abrir aos sábados.

A primeira votação foi apertada, com 52 a 49 a favor da proposta do governo. Notes que a bancada governista possui 66 parlamentares. A legislação foi apresentada por Avigdor Lieberman, do partido Israel Beitenu (Israel é Nosso Lar).

POR QUE A PENA DE MORTE PARA TERRORISTAS HOMICIDAS SERIA UM ERRO GRAVE DA POLÍTICA ISRAELENSE?

O primeiro motivo mais óbvio e que está sendo descartado completamente pelo governo de Bibi Netanyhu é que morrer na ação de matar judeus É O DESEJO do terrorista. Ele só se torna mártir, com os favorecimentos divinos islâmicos a ele e aos parentes dele no Paraíso do Profeta se morrer! Portanto, executar o terrorista que não morreu na ação É COMPLETAR A MISSÃO DELE e retirá-lo da condição humilhante de estar preso pelos judeus e não ter sido capaz de realizar seu ataque conforme planejado, e elevá-lo a condição de mártir do islamismo sunita. Apenas esta definição deveria ser suficiente para sequer se pensar em criar tal lei.

O segundo motivo é tão óbvio quanto o primeiro e pode MOTIVAR UM AUMENTO DAS AÇÕES TERRORISTAS. A pena de morte DEVERIA desestimular os homicídios. Eu já fui muito a favor da pena de morte, mas já compreendi que em país algum onde ela é aplicada, desestimulou qualquer dos crimes onde ela possa ser o termo judicial final. Não há diminuição do número de homicídios dos EUA devido à pena de morte. Não há diminuição do tráfico de drogas para os países muçulmanos asiáticos devido à pena de morte. Não há diminuição da corrupção na China devido à perna de morte, com o agravante singular de ser cobrada financeiramente da família do executado o preço da bala que lhe foi disparada na nuca. E a pena de morte nunca foi fator deterrente do crime capital porque o criminoso sempre tem a certeza de que não será preso. Então a pena não o assusta. No caso do terrorismo islâmico sunita, não se pode assustar com a pena de morte quem deseja morrer. É preciso que ocidente compreenda a mente islâmica árabe sunita, especificamente. Funciona em outras condições CNTP. São diferentes mesmo, de nós. Nossas soluções não servem para eles. Ao definir que o terrorista homicida que sobreviver ao ataque será ou poderá ser excetuado após julgamento, apenas se dá INCENTIVO A NOVOS ATAQUES, com a certeza do martírio ritual antes, durante ou depois do ataque.

O finalmente o terceiro motivo. Eu tive amigos carcereiros em Israel. Fizeram o serviço militar e se voluntariaram para este trabalho horrível e necessário em qualquer sociedade. Um deles, é até um rapper de sucesso lá na Terra Santa. Conversei com ele e perguntei qual judeu gostaria de ser um carcereiro. Ele disse ser um deles, mas não conseguiu definir o motivo exato. Talvez tenha composto já uma letra a respeito disto. Então a terceira obviedade é: qual é o judeu que gostaria de ser mecier guillotin? Qual judeu que gostaria de ser o executor mór do Estado? Isto simplesmente NÃO COMBINA nem com a filosofia judaica, nem com o judaísmo religioso, nem com o momento atual da sociedade israelense e mundial.

Fôssemos nós como os jihadistas do Estado Islâmico, haveria fila de candidatos. Mas eu espero que a lei não seja aprovada e caso seja e entre em vigor, que nenhum judeu se candidate a ser executor judicial pelo Estado de Israel. Isto seria uma vergonha que existe em outros países, inclusive em países amigos e inimigos de Israel que não precisamos trazer para dentro do judaísmo do século 21.

Existem cada vez mais judeus nas mídias sociais e no mundo real clamando que 'nós' devemos ser iguais a 'eles'. Se enforcam no Irã, se cortam cabeças na Síria e no Iraque, se tem pena de morte no Egito, então nós temos o direito de fazer a mesma coisa.

Não temos não. Judeus não enviam seus rabinos para o cadafalso de forcas ao lado dos executados ou para as guilhotinas, mantendo Deus ao lado do punido. Isto simplesmente não faz parte do judaísmo e qualquer pessoa que pretenda que isso se torne parte do judaísmo é uma pessoa que perdeu suas raízes e sua coerência como ser humano. Seja um zé mané, seja um Avigdor Lieberman.