quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Previsões para 2009. O que deu certo e o que não deu? (em dezembro de 2013)

Estava relendo algumas matérias do meu blog e encontrei estas previsões de dezembro de 2008 para dezembro de 2009, atualizadas em 2011. Vamos a elas.

1)  (2008-2011) “Os cartões de memória SDHC tinham rompido a barreira dos 4GB. Um classe 10 de 8 GB custava 100 reais. Hoje está mais caro… Em compensação se pode comprar cartões de 32 GB. Se a velocidade for baixa, são baratos. Eu previ que em 2009 a indústria ia despejar cartões de 128 GB, mas isso não aconteceu.”

No final de 2013, os cartões classe 10 de 64 GB estão por aí sem dificuldades. Custam 100 dólares (250 reais). Um cartão de 8 GB caiu para apenas 45 reais e ainda continua sendo muito útil. Os cartões de 128 GB ainda não se consolidaram no mercado pois estão caríssimos, a 340 reais.

2) “Em 2008 eu não via utilidade para cartões de 32 GB, pois falávamos de fotos. Hoje com capacidade de vídeo 1080i até em telefones celulares o 32 GB é necessidade (para quem grava muitos vídeos) e é até pequeno.”

Para o usuário comum, aquele que fotografa vez por outra e não enche seu telefone com vídeos, 32 GB continua sendo muito. No caso das câmeras fotográficas, 32 GB continua sendo demais da conta, permitindo 800 fotos RAW de 40 MB ou 8.000 fotos em JPG de alta qualidade. Infelizmente a maioria das pessoas ainda não percebeu que anda com poderosas máquinas fotográficas e filmadoras, 24 h por dia e a produção de vídeos é mínima, até se considerarmos os pornôs. Na época do Super 8, parece que muito mais material de filmes pessoais e familiares foi produzido, que hoje. Um dos fatores ainda é a complexidade da edição de vídeo no computador, por mais simples fácil e gratuita que seja.

3) “Achávamos que câmeras de foto com 8 megapixels eram suficientes e fabricantes estava cancelando lançamentos de 12 megapixels, o valor das profissionais da época. Eu achava que 8 bastavam para qualquer uso e que a melhoria deveria ser do chip de captação que deveria crescer. Isso não aconteceu. Máquinas pequenas tem chips pequenos ainda com qualidade de imagem inferior, mas os 14 megapixels estão por todo o lado. Pessoalmente regredi em  2011 de uma máquina de 14 mp para uma de 12 mp com CCD maior.”

Em 2013 até mesmo eu já consegui comprar uma máquina fotográfica do sistema “mirrorless” com sensor enorme APS-C. Estas máquinas variam de 16 a 20 megapixels, dependendo do fabricante, são de preço médio a caro, usam lentes intercambiáveis e tiram fotos espetaculares. A máxima da máquina pequena com sensor pequeno entre 14 e 16 megapixels se consolidou no mercado, mas elas não apresentam imagens com nitidez e qualidade nem aproximadas às mirrorless: é como se fossem fotos de rascunho. Os fabricantes estão faturando alto com a venda de lentes para estas máquinas e não há interesse deles em colocar sensores APS-C em máquinas realmente pequenas com com zooms grandes. Já é comum, no mercado encontrar boas máquinas de sensor pequeno com zooms de 30 a 50 vezes o que é impressionante. AInda assim, um sensor APS-C não dá a qualidade de uma máquina profissional com sensor full-frame. Intencionalmente não há padrão de dimensionamento dos sensores para dificultar que vc compare esta com aquela marca.

4) “Previ que as câmeras de vídeo iam abandonar as fitas pelos cartões de memória e isso é um fato incontestável.

2013 - Mas não era imaginável que a própria câmera de vídeo estivesse com os dias contados. Cada vez mais se produz filmes full hd profissionalmente com câmeras fotográficas, há centenas de assessórios para facilitar o manuseio e as máquinas com suas lentes intercambiáveis são muito mais baratas que filmadoras com lentes intercambiáveis. Ganha o foto e o desfocado, ganha a criatividade e o peso e o menor volumes transportados.

5) O notebook popular sem hd e apenas com memória flash não é produzido por questões políticas. Em compensação em 2008 não se imaginavam os tablets que acabam sendo exatamente o que um notebook popular deveria ser.

2013- Impressionantemente, os hds em estado sólido não se consolidam no mercado, devido ao preço. O HD SSD mais barato custo 600 reais e é uma unidade de apenas 240 GB. Por este valor, se compra 3 HDs de 1 terabyte (3 Teras) e ainda sobre um troco. Os tablets não estão chegando a lugar algum e a tendência é que deixem de existir substituídos por telefones maiores. Não se vê aplicação comercial, industrial, pública, seja lá o que for, onde o tablet tenha se consolidado. O número de pessoas que compram tablets, hoje a menos de 200 reais é enorme, mas o que as pessoas fazem com eles, além de jogar joguinhos porcaria é um mistério. Nos EUA a venda de livros eletrônicos não para de crescer e no Brasil, com os mesmos equipamentos à venda ela “não para de começar a vender”.

6) As companhias telefônicas dava cartões mini-SD com apenas 128 MB em 2008. Hoje já dão com 2 ou 4 GB, apesar de você poder colocar até 32 GB no seu samrtphone por um custo muito baixo.

Em 2013, cartões mini SDHC com 8 ou 16 gigas são dados de graça ou comprados baratos nos mais diversos camelôs.

Aos poucos o padrão mini-SDHC está comendo o SDHC, mas continua com um problema insolúvel. É tão pequeno que sequer tem onde escrever nem ao menos o número do cartão para se poder diferenciar e identificar os cartões.

Isso parece que nunca será resolvido. Os cartões deveriam ser grandes para facilitar o manuseio.

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